Na reportagem do Fantástico deste domingo (10), foi exibido o vídeo da cafeteria Starbucks no shopping do Rio de Janeiro, no momento em que a professora Mônica Rosa e o sobrinho Felipe, ambos negros, se sentaram no estabelecimento e um homem branco e desconhecido começou a xingá-los e ameaçá-los.
O caso ocorreu há um ano e meio e o agressor nunca foi identificado. As imagens só foram divulgas agora.
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Segundo o Ministério Público, para que o homem possa responder pelo crime de injúria racial e agressão, ele precisa ser reconhecido.
A violência deixou Felipe tão mal, que o atrapalhou de realizar um sonho. “Ele estava vivendo o melhor momento dele para passar no vestibular de medicina. Aquilo foi tão pesado para ele que ele foi muito mal na prova”, conta a professora.
Nas imagens, é possível ver que nem os seguranças controlam o homem em ataque de fúria. “Um shopping é um lugar que você vai e acha que vai ficar segura naquele lugar, e que tinha segurança, só que aquela segurança não era para mim. Eu não tenho o direito de ser protegida dentro de um shopping contra alguém que nega a minha existência.”, desabafa.
Em nota, a Starbucks Brasil diz que tem uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de discriminação. “Levamos todas as alegações a sério e estamos constantemente revisando nossas políticas e treinamentos para que nossos partners (colaboradores) e clientes sempre se sintam bem-vindos e respeitados em nossas lojas. Além disso, compartilhamos as imagens de segurança assim que solicitadas pelas autoridades policial e judicial e continuaremos cooperando com as investigações neste assunto. Tratando-se de uma investigação em andamento, outros questionamentos sobre o caso devem ser direcionados às autoridades competentes.”
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