No Dia do Cinema Brasileiro, celebrado hoje, 5 de novembro, o público poderá contar com um momento incrível: dois filmes negros brasileiros em cartaz nos cinemas. Até pouco tempo atrás, era muito difícil imaginar filmes brasileiros com um elenco marjoritariamente negro e fora de um contexto apenas violento e marginalizado. Entretanto, nos últimos anos, especialmente em 2023, temos visto uma verdadeira ascensão do cinema negro brasileiro.
Só em novembro, Mês da Consciência Negra, o público poderá assistir nos cinemas a cinebiografia “Mussum, O Filmis”, estrelado por grandes nomes como Ailton Graça, que estreou na última quinta-feira (2), além de “Ó, Pai Ó 2”, estrelado por Lázaro Ramos, e que entra em cartaz no dia 23.
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FOTO 3X4: Rudson Martins – Produtor de Elenco
Já o filme “Nosso Sonho”, que conta a história da dupla Claudinho e Buchecha, estreou em setembro e continua em cartaz. Recentemente, ultrapassou a marca de 450 mil telespectadores, se tornando o filme brasileiro com maior bilheteria de 2023.
Não estamos falando apenas de representatividade, estamos falando também sobre a oportunidade de mostrar a história das nossas referências, sendo biográficas ou não, com muita qualidade. Vale lembrar que “Mussum, O Filmis” foi o grande destaque do Festival de Gramado neste ano, levando seis Kikitos, incluindo o de Melhor Filme.
Quanto ao longa “Nosso Sonho”, foi pré-selecionado para representar o Brasil na corrida pelo Oscar 2024, na categoria Melhor Filme Internacional. Apesar de não conseguirem vencer essa disputa, a cinebiografia sendo grande destaque mundo a fora, e ganhou menção honrosa e três prêmios, incluindo de Melhor Filme, na 16ª Los Angeles Brazilian Film Festival no dia 26 de outubro.
Em 2022, nós também vimos “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos, e “Marte Um”, dirigido por Gabriel Martins, ganhando destaque em grandes premiações, com a grande excelência do trabalho realizado.
Claro que ainda há muito o que melhorar quando falamos sobre cinema negro brasileiro, mas é muito satisfatório ver que estamos caminhando para um espaço que surge cada vez mais oportunidades, não apenas para atores, mas também para diretores, produtores, roteiristas negros. Com os filmes, podemos fazer uma verdadeira transformação social em combate ao racismo e educação para a população negra brasileira!
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