Indo além do campo musical e artístico, o cantor John Legend também está trabalhando num projeto chamado ‘Unlocked Futures’, com o objetivo de acabar com o encarceramento em massa por meio da educação e da reforma política. O movimento também vai apoiar comunidades negras desproporcionalmente impactadas pelo racismo institucionalizado.
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o artista disse que também deseja trabalhar numa esfera de apoio político. “Eu venho de uma família negra de classe média baixa. Eu sabia como era ser de uma comunidade que pode ser negligenciada e ignorada“, disse ele . “Também cresci com muitas pessoas que foram perdidas no sistema de justiça criminal – familiares, bons amigos que passaram algum tempo na cadeia ou na prisão. Mesmo agora, se você voltar para nossa cidade natal e arredores, há tantas pessoas que estão lidando com o vício quando se trata de drogas. Por muito tempo, acho que a solução do governo para esses desafios foi não investir mais em pessoas, não desenvolver mais nossos jovens, não educá-los melhor, não prepará-los, mas encontrar maneiras de punir as pessoas por cair no vício, punir as pessoas por caírem no desespero”.
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Os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo, com cerca de 2,3 milhões de pessoas atrás das grades. Isso representa uma taxa de aprisionamento de aproximadamente 639 por 100.000 habitantes, uma das mais altas do mundo. O encarceramento em massa é resultado de políticas como sentenças obrigatórias, a “guerra às drogas” e a criminalização de delitos não-violentos.
Uma das características mais marcantes do sistema de justiça criminal americano é o impacto desproporcional que tem sobre a comunidade negra. Apesar de os afro-americanos representarem cerca de 13% da população dos EUA, eles compõem mais de 40% da população carcerária. Essa discrepância ressalta as disparidades raciais profundamente enraizadas no sistema.
O foco da Unlocked Futures’ é investir nas comunidades. “Deve haver uma resposta melhor do que [trancar] mais pessoas”, diz Legend. A campanha vai investir milhões de dólares em ações locais comunitárias a longo prazo, através de projetos educacionais e culturais. “Vimos a reação contra o progresso racial, contra a reforma da justiça criminal, e muito do trabalho que estamos fazendo é contrariar essa narrativa. podemos nos cansar de falar sobre isso, porque as pessoas que são contra o progresso e contra a justiça não se cansam de lutar contra ela.”
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