No último final de semana duas pessoas negras sofreram racismo em unidades do Grupo Carrefour
Na edição desta segunda-feira (10) do #J10, da GloboNews, a jornalista Aline Midlej falou sobre os novos casos de racismo nos supermercados do Grupo Carrefour no último final de semana. Ela disse que a rede de supermercados tem a “obrigação moral” de explicar o que está sendo feito para combater o racismo e que “agenda antirracista dá trabalho”.
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Ela também classificou a nota de repúdio do Carrefour como “insuficiente” devido ao histórico racista que a rede possui.
“O Carrefour tem uma obrigação moral de explicar o que foi feito até aqui e que não está funcionando claramente, porque se estivesse funcionando a gente não teria esses dois episódios”, comentou Aline.
No último final de semana, dois casos de racismo aconteceram em dois supermercados da rede Carrefour. No Atacadão, em Curitiba, uma professora foi seguida por um segurança e ficou nua para provar que não estava roubando. No Carrefour do Alphaville, em São Paulo, Vinicius de Paula, marido da jogadora de vôlei Fabiana, denunciou que uma atendente recusou atendê-lo em um caixa preferencial vazio e atendeu outra cliente branca.
No caso do Atacadão, o supermercado disse que está comprometido com a transparência e a tolerância zero contra o racismo. No caso do Carrefour em São Paulo a atendente estava em período de experiência e foi demitida.
Em 2020, um homem negro foi espancado até a morte por dois seguranças brancos do Carrefour, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na época, a rede de supermercados se comprometeu com ações antirracistas.
“Agenda antirracista ela dá trabalho ela exige comprometimento diário”, disse a jornalista. Ela ainda complementa: “Combater o racismo internamente, de dentro para fora, exige trabalho, exige formação, investimento de pessoal, de recursos, e claramente isso não está sendo feito pela rede”.
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