Novas denúncias de racismo envolvendo o Grupo Carrefour surgem no final de semana

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Novas denúncias de racismo envolvendo o Grupo Carrefour surgem no final de semana
Foto: Grupo Carrefour

Isabel Oliveira precisou tirar suas roupas para fazer suas compras e Vinicius de Paula relatou que recusaram a atendê-lo

Neste final de semana, dois casos de racismo aconteceram em diferentes estabelecimentos do Grupo Carrefour Brasil. No Atacadão, do Grupo Carrefour, uma professora precisou tirar suas roupas para fazer compras. Já no Carrefour, o cantor Vinicius de Paula, marido da jogadora de vôlei Fabiana, relatou que uma atendente se recusou a atendê-lo.

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Em um novo caso de racismo em mercados, dessa vez no Atacadão, uma professora tirou suas roupas após ser seguida por um segurança do mercado. O ato foi feito como forma de protesto. “Não somos ameaça”.

A professora Isabel Oliveira estava fazendo compras no Atacadão do bairro Portão, em Curitiba, quando percebeu que estava sendo seguida por um segurança. O mesmo continuou até que Isabel foi embora do mercado. “Eu só entrei para fazer as minhas compras, eu não estava trazendo risco para ninguém”, disse Isabel em suas redes sociais.

Em forma de protesto, Isabel voltou para o supermercado e tirou suas roupas e ficou só de calcinha e sutiã e terminou de fazer suas compras. A ação foi transmitida em seu perfil no Instagram. 

No vídeo, gravado pelo próprio marido, quando foi questionada por um homem no mercado o que estava acontecendo ela disse que estava fazendo aquilo para não ser seguida e mostrar que não ia roubar nada. Na postagem, ela disse “não somos ameaças”.

Em outro vídeo, bastante abalada, Isabel contou que foi seguida por mais de meia hora e se sentiu como uma marginal, ela chegou a questionar ao segurança o motivo de estar sendo seguida e o mesmo negou e disse que só estava cuidando do setor. Depois do ocorrido, ela ligou na delegacia, onde ouviu que o caso não se configurava como racismo e ele “só estava cumprindo o seu papel”.

“Eu tenho dois filhos, eu não quero que eles passem por isso”, disse a professora.

Em nota, o Atacadão disse que em uma apuração interna não houve indícios de abordagem indevida e que a empresa possui uma política de tolerância zero.

Outro caso de racismo no Carrefour

Em outro caso de racismo no Carrefour, o marido da Fabiana Claudino, bicampeã de vôlei pela Seleção Brasileira, Vinícius de Paula, relatou em seu Instagram que a atendente se recusou a atendê-lo.

No Twitter, ele explica que passou em um caixa preferencial vazio em um Carrefour em Alphaville, São Paulo, e que a atendente disse que não poderia atendê-lo por ser preferencial, mesmo vazio, mas quando ele estava indo para outro caixa viu a atendente passar uma cliente branca não preferencial no lugar dele. Em outro tweet, Vinícius comentou que ficou bastante abalado e chegou a chorar de dor pelo ocorrido.

No vídeo, ele aparece com sua esposa e advogado, Hédio Silva Jr, e na postagem escreveu que vai tomar as medidas cabíveis.

“O Carrefour é uma empresa que não aprende e não esquece nada. Uma empresa que mata negros, que humilha, que ultraja, que constrange. O que o Vinícius de Paula passou ontem é crime. Está absolutamente traumatizado do ponto de vista emocional, psíquico, e pelo jeito, o Carrefour não implantou nenhum programa significativo e substantivo (para combater o racismo), e dessa vez isso não vai ficar impune”, comentou Hédio Silva. 

No Twitter, o Carrefour fixou um tweet, do dia 4 de abril – antes do caso -, em que diz repudiar qualquer ato de intolerância e discriminação.

Em nota, o Carrefour disse que a atendente foi demitida imediatamente após o ocorrido.

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