O Pacto Global da ONU no Brasil, maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, reuniu – no dia 28 de novembro, em Genebra, Suíça, representantes brasileiros dos setores público e privado e da sociedade civil para o encontro: Diversidade, Igualdade e Inclusão: Movimentos de Direitos Humanos para Alcançar a Ambição 2030.
A agenda ocorre no âmbito do 11º Fórum Mundial de Empresas e Direitos Humanos da ONU, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de novembro, na sede da ONU, nos quais temas como diversidade de gênero e racial permearam as discussões dos principais painéis, trazendo à luz a importância de avançar em temas como a inclusão e equidade e de pessoas negras, indígenas e transexuais no ambiente corporativo.
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É a primeira vez que uma composição brasileira diversa em raça, etnia e identidade de gênero esteve em Genebra, dentro da programação oficial. Nomes como: Fernanda Ribeiro, Sócia e COO da Conta Black, Rachel Maia, CEO da RM Consulting, Raquel Virginia, CEO da Nhaí!, agência de ideias na área de diversidade, Lisiane Lemos, Executiva especialista em transformação digital, diversidade e Co-Fundadora do programa C101, Ana Fontes, Fundadora da Rede Mulheres Empreendedoras e Instituto RME, Juliana Souza, Advogada, Ativista e Presidente do Instituto Desvelando Oris, Du Migliano, CEO da 99 jobs, e Juliana Oliveira, CEO da Oliver Press Comunicação.
Reunir uma delegação tão diversa é parte da iniciativa do Pacto Global da ONU no Brasil para impulsionar o Movimento Raça é Prioridade, lançado recentemente em parceria com o CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), com apoio estratégico também da ONU Mulheres, cuja ambição é alcançar 1.500 empresas comprometidas em ter 50% de pessoas negras em cargos de liderança até 2030.
Para Tayná Leite, Gerente Sênior de Direitos Humanos e Gênero do Pacto Global da ONU, a agenda de diversidade e inclusão, tão difundida nas empresas nos últimos anos, não está descolada do debate sobre direitos humanos e empresas. “Uma visão corporativa ética e responsável precisa estar alinhada aos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos da ONU. Nossa missão é aproximar o mundo corporativo da agenda de direitos humanos de forma integral, estratégica e comprometida”, disse ela.
Fernanda Ribeiro trouxe em sua fala ser urgente envolver diferentes atores do ecossistema: organizações civis, governo e, principalmente, o setor privado. “Não apenas nas discussões relacionadas a Direitos Humanos, mas se faz necessário trazê-las para o campo das ações. Estarmos aqui na ONU, levantando essas discussões e, sobretudo, trazendo lentes de gênero é fundamental para a transformação do nosso cenário”, afirma.
Para Ana Fontes, única mulher negra brasileira que falou no painel “Confrontando o Racismo para Catalisar a Agenda de Direitos Humanos Empresariais”, a oportunidade de estar na sede da ONU, podendo falar de um tema que é tão essencial para o Brasil, como o combate ao racismo e soluções para apoiar as mulheres negras empreendedoras, é de extrema importância. “Para mim, é um marco histórico: por eu ser uma uma mulher de origem negra, idealizadora de uma organização de terceiro setor e podendo falar de uma temática tão fundamental que é combate ao racismo por meio do apoio às mulheres negras na geração de renda”, destaca.
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