A Defensoria Pública do Estado do Maranhão emitiu no dia 12 de setembro, um ofício (Nº 1109/2022/DPEMA/NRI) exigindo esclarecimentos à Escola Municipal Maria Francisca Pereira da Silva, na cidade de Imperatriz, sobre exposição de crianças negras em um bloco de estudantes que retratavam o período colonial brasileiro no desfile de 7 de setembro.
A entidade Centro de Cultura Negra – Negro Cosme fez a solicitação denunciou o caso ao órgão público, exigindo também a investigação do Ministério Público do Estado.
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O desfile – que tradicionalmente ocorre na Avenida Getúlio Vargas, foi tomado pela cena de crianças negras trajadas de escravizadas e mucamas, enquanto estudantes brancas figuravam a nobreza. Em uma das imagens registradas do desfile, é possível notar uma das estudantes negras segurando um guarda-sol ao lado de uma criança branca que desfilava coroada, remetendo às cenas da época da escravidão.
O CCN Negro Cosme, em nota de repúdio, expôs a indignação e classificou a cena presenciada no desfile como “desproposital, inaceitável e contraproducente”, e reforça a luta diária contra a “mentalidade racista” ainda presente na sociedade.
A secretaria municipal de educação se manifestou sobre o caso para a imprensa. “O objetivo foi retratar o passado do nosso Brasil para refletir o hoje no sentido de que, o que foi retratado na encenação não aconteça nunca mais”.
A nota ainda dizia que: “a secretaria de educação reforça que apoia a manifestação da unidade escolar que compreende que está contribuindo para formação humana e cidadã e que apresentou um desfile digno, com marco histórico e cheio de fomento ao pensamento crítico”.
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