Já está disponível no Globoplay o documentário ‘Elza & Mané – Amor Em Linhas Tortas’, registro que apresenta detalhes sobre o intenso romance vivido por Elza Soares e Mané Garrincha. “Deus escreve certo por linhas tortas. A minha foi escrita por pernas tortas”, resumiu Elza sobre sua história poucos meses antes de morrer. Este e outros depoimentos exclusivos da cantora, conhecida por uma voz e um estilo incomparáveis, roupas coloridas e penteados extravagantes já estão liberados em streaming. O lançamento acontece 60 anos depois do início do romance e também da conquista do bicampeonato mundial da seleção brasileira, que teve Garrincha como protagonista e Elza, a fonte de inspiração.
Dirigido por Caroline Zilberman e produzido pelo núcleo de documentários do Esporte da Globo, documentário foi disponibilizado nesta sexta-feira, 4 de março. “Imagine como o Brasil reagiria hoje se o melhor jogador de uma Copa vencida pela Seleção começasse a namorar fora do casamento uma estrela de primeira grandeza da música brasileira. Foi isso que aconteceu em 1962 com Elza e Mané. E aquele Brasil conservador, que estava prestes a entrar em uma ditadura militar, reagiu mal a esta união” resume Gustavo Gomes, gerente de formatos do Esporte da Globo.
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Dentre novidades do projeto, a presença de três entrevistas inéditas feitas com Elza, que morreu em janeiro, aos 90 anos, dão intensidade ao documentário. “Além desses três encontros, tivemos um quarto, no show que ela fez em Belém, em dezembro do ano passado e que acabou sendo o último da carreira dela. Acompanhamos os bastidores”, diz Caroline.
Dividido em quatro episódios, o documentário retrata ainda o período em que o casal foi exilado para a Itália, durante a época da Ditadura Militar, na década de 1970, e ficou próximo de Chico Buarque e Marieta Severo. Caroline conta que conseguiu arquivos da TV italiana que ainda não foram vistos no Brasil, além de ter gravado depoimentos com Caetano Veloso, Sandra de Sá e Lobão.
Através das redes sociais, a equipe de Elza comentou detalhes sobre a produção do documentário, classificando momento como “uma das maiores histórias de amor que o Brasil já viu”. “Um dia a rainha Elza confidenciou a Pedro Lourenço que tinha um sonho. Queria que a história fosse contata sem véu ou filtro, pelo seu prisma, pelo olhar feminino, sem poupar ninguém, nem a si mesma. Sem demonizar Mané, mas também sem protegê-lo, com fez o escudo do machismo“.
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