Se hoje temos Dandara, Zumbi e conhecemos diversos reis e rainha do mundo real e ficcional temos que celebrar. Para quem é negro e foi criança ou adolescente nos anos 80 e 90, a referência de uma realeza africana era zero. Em 1988, Eddie Muprhy deu um fim a esse jejum representativo e nos presenteou com o longa “Um Príncipe em Nova York”. Depois de três décadas, ele volta como Rei Akeem na sequência, “Um Príncipe em Nova York 2” que estreou ontem no Amazon Prime Video.
Os sofás molhados pelo efeito Soul Glo são parte do passado e a continuação do filme vem em um momento muito especial onde a representatividade negra finalmente foi reconhecida como algo que impacta todo mundo.
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Por trás das câmeras, um dos destaques do novo filmeé Kenya Barris, um dos roteiristas. Barris tem como característica mostrar pessoas negras no controle da narrativa com doses generosas de comédia e deboche. Um exemplo é o super premiado Black-ish que ele assina (também disponível no Amazon Prime Video).
Com um elenco pesadão, Wesley Snipes, Tracy Morgan, Leslie Jones são os rostos que nós amamos, mas que não estavam na produção original.
Ainda sobre o casting, desde o ano passado, quando as primeiras cenas do filme começaram a circular na Internet, muitas pessoas comentaram que mesmo 30 anos depois, alguns dos atores da primeira versão do filme não envelheceram tanto assim, como foi o caso de Arsênio Hall um dos maiores comediantes negros dos EUA e melhor amigo de Akeem na história.
Arsênio Hall e Eddie Murphy: Foto – Divulgação Arsênio Hall e Eddie Murphy: Foto – Divulgação
Em “Um príncipe em Nova York 2”, a Realeza de Zamunda (país africano) retorna aos EUA, dessa vez para conhecer um filho americano de Akeem, fruto de um relacionamento de quando ele era solteiro. O herdeiro inusitado é Lavelle (Jermaine Fowler) que mora no Queens com sua mãe (Leslie Jones).
Boa parte da trama se passa no reinado africano onde muitas confusões prometem acontecer quando os “plebeus” do Queens se encontram com a nobreza de Zamunda.
Luxo, ostentação, penas, plumas, dançarinas, malas cheias de dólares estão presentes no reinado Akeem, que quando jovem, abriu mão da riqueza, limpou chão e banheiros de uma lanchonete até conquistar seu grande amor.
Pelo o que o trailer da continuação mostra, uma tensão de gênero acontece quando Lavelle volta com seu pai para Zamunda. Por tradição, o trono seria do filho americano do Rei, porém ele teve uma filha com a rainha, a princesa Meeka (Kiki Layne).
Será que Akeem será conservador como seu pai? Será que a Rainha de sangue americano, será sempre obediente como sua antecessora? E Meeka, a filha, fruto dessa relação, como aceitará a chegada de um irmão de outro país?
O que podemos afirmar é que Zamunda, seu povo, sua beleza, sua cultura, sempre terá o poder de nos remeter a essa sensação ancestral e factível de que a nobreza também nos pertence.
Um Príncipe em Nova York 2 já está disponível no Amazon Prime Vídeo . Não perca tempo e assista agora clicando aqui.
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