O transplante capilar é uma técnica cirúrgica que insere fios de cabelo que preenche áreas necessárias do couro cabelo, preservando as raízes, mas que ainda precisa ser desmistificado quando se trato de cabelos afros.
O baixista Fernando Rosa, realizou o procedimento e tem feito tanto sucesso, que ele relata elogios até do cantor Lenny Kravitz pelo black power impecável.
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Em entrevista ao MUNDO NEGRO, a Dra. Carolina Carletti, diretora médica da unidade Brooklyn (SP) da rede Mais Cabello, explicou a alopecia androgenética, nome complicado para a calvície, afeta homens e mulheres, entretanto, os homens são os mais que realizam o procedimento.
“Apesar de a queda de cabelo intensa também atingir as mulheres, a doença é muito mais comum entre os homens. Geralmente, ela aparece a partir dos 20 anos, mas pode surgir mais tarde, por volta dos 50 anos. No entanto, há casos em que a calvície começa a se manifestar antes mesmo do homem chegar a essa faixa etária. A doença pode começar após a puberdade, geralmente, devido à herança genética. Os primeiros sinais costumam ser a diminuição do volume capilar ou a perda de cabelo, especialmente nas entradas e na coroa da cabeça”.
Se a perda de cabelo for uma grande preocupação, a doutora explica que a pessoa deve procurar por um tricologista (especialista em doenças do cabelo) aos 20 anos. “O especialista pode avaliar se já há uma queda mais intensa dos fios que justifique o início do tratamento. Como a doença é determinada, principalmente, pela genética, não existem formas específicas de prevenção. Entretanto, o tratamento pode frear o avanço da calvície. Dependendo do grau de acometimento da calvície, recomenda-se fazer uso de medicamentos que diminuem os efeitos do hormônio masculino nos folículos onde são produzidos os cabelos, além de medicamentos, vitaminas e procedimentos que estimulam o crescimento do cabelo”.
O tricologista é quem avalia quando pode fazer um transplante capilar. “Nem todos os candidatos são elegíveis devido a patologias associadas que possam interferir com os resultados do procedimento”.
A calvície masculina, feminina ou em casos de perda de cabelo por queimadura ou ferimento, pode ser feito o transplante. Mas em caso de queda de cabelo provocada por outro tipo de tratamento ou medicação e poucas zonas de cabelo “doador”, por exemplo, já não é possível.
O transplante capilar não é barato podendo variar entre R$15 e R$25 mil. O procedimento é feito sob anestesia local e permite que o paciente sinta o mínimo de dor possível depois e precisa é aguardar pelo resultado. “É normal que os folículos transplantados caiam duas ou três semanas após a cirurgia. Geralmente, o novo cabelo cresce entre 8 a 12 meses após a cirurgia”, diz a doutora.
Transplante capilar afro
Os fios de cabelo afro tem algumas particularidades em relação aos lisos. Os fios crespos e grossos são melhores para realizar a cobertura do couro cabeludo, pois ao enrolar, eles preenchem mais o local. Mas isso também torna o trabalho mais complicado.
“Quanto maior for o ângulo em que o fio estiver fixado no couro cabeludo, mais encaracolado o cabelo será. Dessa forma, a remoção do folículo da área doadora se torna mais delicada e demorada”, explica a doutora.
Ela também ressalta que “a calvície é uma doença provocada por fatores genéticos e hormonais. O tipo de cabelo é geneticamente determinado e essa característica não interfere no desenvolvimento da doença”.
O black power e a barba são características marcadas pelo baixista Fernando Rosa e relembra quando o cabelo começou a cair “Já há algum tempo notava algumas falhas no meu cabelo. Algo que já me avisava que futuramente teria que tomar uma iniciativa para manter o visual tão conhecido. Ao contrário do que muita gente pensa eu não esperei chegar em um nível crítico para poder fazer o transplante. Preferi já iniciar o tratamento para evitar a queda e corrigir as imperfeições que já existiam”.
O transplante capilar de Fernando entrou para a história. “Realizei um dos maiores transplantes do Brasil com mais de 10 mil fios implantados em uma única sessão”.
O procedimento renovou a autoestima do baixista. “Minha imagem, além da música, é uma das bases do meu trabalho. Sou convidado constantemente para várias ações devido também a minha aparência. Em especial pelo estilo marcante do meu cabelo afro”.
O baixista se destaca nos shows também pelo uso de tecnologia audiovisual, com releituras inéditas de clássicos da Soul Music, Funk e Disco.
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