A juíza Juliana Grilo-El Jaick, do 4º Tribunal do Júri de São Gonçalo (RJ), manteve, nesta segunda-feira (4), a prisão do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, acusado de matar o vizinho Durval Teófilo Filho, em São Gonçalo. A defesa de Aurélio havia apresentado pedido de revogação de prisão em audiência de instrução realizada na segunda. A informação é do jornal O Globo.
Durval foi morto no dia 2 de fevereiro em frente ao condomínio onde morava, em São Gonçalo. A vítima foi atingida por dois dos três tiros disparados por Aurélio, quando voltava do trabalho. Aurélio disse acreditar que Durval era um ladrão, para a viúva de Durval, Luziane Ferreira Teófilo, no entanto, Aurélio atirou em seu esposo motivado por racismo.
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“Tenho certeza de que isso aconteceu porque ele [Durval] é preto. Mesmo eles falando que ele era morador do condomínio, o vizinho não quis saber. Para mim, foi racismo sim”, conta ela.
Foram ouvidas 11 testemunhas de acusação e de defesa na audiência, que teve início às 14h20. Luziane Teófilo, viúva de Durval, é assistente de acusação do caso. Aurélio não foi ouvido desta vez, por que uma das testemunhas faltou ao depoimento.
O advogado de Aurélio, Saulo Salles disse que Aurélio tem ficha limpa e endereço fixo, não havendo motivo para a sua prisão.
“Como ainda falta uma testemunha, Aurélio também não pode ser ouvido. Tudo é favorável ao Aurélio. Ele inclusive socorreu a vítima. Ele disparou os três tiros, mas foi em direção de Durval ao perceber que houve um equívoco. Não há nada de cunho racista. Vamos entrar com um novo pedido de revogação de prisão em favor dele na próxima audiência”, disse Saulo.
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