Sarau das Pretas propõe diálogo sobre racismo e direito das mulheres no SESC Avenida, em São Paulo

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Sarau das Pretas propõe diálogo sobre racismo e direito das mulheres no SESC Avenida, em São Paulo
Foto: Antonio Henrique Ribeiro

O coletivo “Sarau das Pretas” realiza atividades voltadas ao compartilhamento dos saberes e vivências que estruturam o seu trabalho até o dia 27 de outubro, no SESC Avenida Paulista, em São Paulo. As atividades são gratuitas.

A programação “Narrativa Pretas” propõe o diálogo com o público sobre o protagonismo feminino e negro, como também a história de luta e resistência da periferia. Serão bate-papos, oficinas e sarau que resgatam a ancestralidade e produzem reflexões acerca do preconceito e da intolerância.

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Confira a programação:

Escrita Criativa Mjiba: Espalhando Sementes da Literatura Negra Feminina“, com Elizandra Souza. Nesta quarta-feira (24), às 19h30, na Biblioteca, localizada no 15° andar. A entrada é grátis e a classificação é livre.

A palavra Mjiba, originária de Zimbabwe, da língua xona (falada em alguns países africanos), significa Jovem Mulher Revolucionária. Mjibas foram mulheres guerrilheiras que enfrentaram as tropas britânicas e lutaram pela independência do seu país. Este nome foi escolhido por apresentar o protagonismo de jovens mulheres negras, nas mais diversas linguagens artísticas.

O intuito é apresentar escritoras negras femininas periféricas, visibilizar suas produções e exercitar o fazer literário, no intuito de valorização da mulher negra e sua criação artística literária e da cultura afro brasileira, fortemente presente nessa literatura. Fomentar e difundir a produção literária negra feminina é pluralizar suas vozes e considerar que elas assumem um importante papel social e para a cultura negra popular.

Feminismo, machismo e racismo nas relações de gênero“, com Débora Garcia. Quinta-feira (25), às 19h30, na Biblioteca, localizada no 15° andar. A entrada é grátis e a classificação é livre.

O encontro busca trazer elementos para se discutir essas questões, além de indicar conteúdos para quem desejar se aprofundar nesses temas. Através de dinâmicas de grupos, leitura dirigida, e a partir do conhecimento de cada um, os participantes terão acesso a conceitos sobre o feminismo, machismo e racismo, tendo a possibilidade descontruir e/ou construir paradigmas sobre esses temas.

A proposta é construir um espaço de livre debate, e ao final do encontro, os (as) participantes construirão coletivamente um painel artístico, com colagens e textos sobre o que representou a atividade.

Ancestralidade no toque e molejo no Jo(N)Go da vida“, com Taissol Ziggy e Thata Alves. Sexta-feira (26) às 19h30, no Térreo. A entrada é grátis e a classificação é livre.

A valorização das danças populares e de matrizes africanas é uma das linhas de atuação do Sarau das Pretas, sendo o jongo a mais expressiva, devido à tradição jongueira da percussionista do grupo.

A oficina será desenvolvida em dois momentos. O primeiro será a parte expositiva de apresentação do conteúdo histórico, social e cultural do jongo. O segundo momento será destinado à vivência com o jongo, aprendendo os toques, os passos e a dinâmica da dança.

Na formação tradicional de uma roda de jongo, reúnem-se um casal e no mínimo dois tambores, chamados de tambu e candongueiro. Assim, os participantes poderão entender fielmente a dinâmica do jongo, além de terem maior respaldo na realização da atividade.

Dialogos sobre a ancestralidade“, com Ana Koteban, Nega Duda, Dirce Thomaz e mediação de Jô Freitas. Sábado (27) de outubro, às 16h30, na Biblioteca, no 15° andar). A entrada é grátis e a classificação é livre.

Ana Koteban (Integrante da Cia. Ballet Afro Koteban, Cientista Social e Pesquisadora de Cultura Mandingue do Oeste Africano), Débora Garcia (poetisa e gestora cultural com ampla experiência nas áreas do livro e da literatura, é também idealizadora e artista no coletivo Sarau das Pretas, sarau literário da cidade de São Paulo, protagonizado por mulheres negras) e Dirce Thomaz (Atriz, Diretora, Professora de Teatro e Militante dos Direitos Humanos e dos Negros, Fundadora da Cia. Invasores de Teatro Experimental Negro) debatem, com mediação de Jô Freitas, a importância da ancestralidade na literatura negra.

Nossos passos vêm de longe“, com Sarau das Pretas. Sábado (27) de outubro, às 19h30, na Praça (Térreo). A entrada é grátis e a classificação é livre.

Diante do cenário de empoderamento feminino pela garantia dos direitos das mulheres, jovens escritoras negras atuantes nas periferias da cidade de São Paulo, têm revelado por meio da literatura, de seus tambores e de seus corpos, as realidades de viver o feminino e o feminismo. Neste contexto foi criado o Sarau das Pretas, formado por Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves.

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