Homem negro em situação de rua é imobilizado e sufocado até a morte durante confusão no metrô de NY

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Homem negro em situação de rua é imobilizado e sufocado até a morte durante confusão no metrô de NY
Foto: Reprodução/Juan Alberto Vazquez

Na tarde de segunda-feira (1), um homem negro identificado como Jordan Neely, de 30 anos, que vivia em situação de rua e, segundo sua família, sofria com doenças mentais, foi imobilizado durante uma briga em um vagão do metrô de Nova York, nos Estados Unidos, e acabou morrendo depois de ser sufocado durante 15 minutos, por um homem branco de 24 anos, ex-fuzileiro naval dos EUA. O homem foi liberado pela polícia sem acusações. 

Testemunhas gravaram a confusão. Um jornalista chamado Juan Alberto Vazquez, que testemunhou o incidente, contou ao New York Post que Neely estava gritando, “de maneira agressiva”, além de ter reclamado de fome e sede, mas que não fez qualquer ataque físico aos passageiros do metrô. Ainda de acordo com Vazquez, depois que Neely jogou a própria jaqueta no chão, o rapaz de 24 anos se aproximou dele e a confusão começou. “Ele começou a gritar de maneira agressiva”, contou. “Ele disse que não tinha comida, não tinha bebida, que estava cansado e não se importa se for preso. Ele começou a gritar todas essas coisas, tirou a jaqueta, uma jaqueta preta que ele tinha, e jogou no chão.”, relatou a testemunha.

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O  jornalista relatou que Neely já estava no chão do vagão e que o ex-fuzileiro estava com seu braço esquerdo em volta do pescoço da vítima quando um segundo homem segurou seus braços e outro segurou seus ombros, depois de tentar se soltar novamente, Neely começou a perder as forças. O legista atestou a morte de Neely como homicídio por compressão no pescoço.

O vídeo com as imagens de Jordan Neely sendo imobilizado até ficar desacordado foi massivamente compartilhado e sua morte está gerando uma série de protestos, onde as pessoas criticam a postura da polícia de Nova York com relação ao tratamento recebido pelo assassino de Neely e as políticas públicas atuais que são hostis com a população de rua na cidade.

A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez classificou o caso como “nojento”, criticou o fato de o assassino de Neely ter sido solto e o modo como a imprensa tem noticiado o caso nos EUA.

“Mas porque Jordan estava sem casa e chorando por comida em uma época em que a cidade está aumentando os aluguéis e despojando os serviços para se militarizar enquanto muitos no poder demonizam os pobres, o assassino é protegido com manchetes passivas + sem acusações”, questiou ela.

Neely se apresentava imitando Michael Jackson nas plataformas do metrô durante anos. No Twitter, as pessoas estão compartilhando registros do rapaz se apresentando como o ícone do pop.

Carolyn Neely, tia do rapaz, conta que ele começou a apresentar um quadro depressivo depois do assassinato da mãe pelo companheiro, cadastro de Neely, quando ele tinha apenas 14 anos. “Isso teve um grande impacto sobre ele. Ele desenvolveu depressão e ela cresceu e se tornou mais grave. Ele era esquizofrênico, TEPT. Os médicos conheciam sua condição e ele precisava ser tratado por isso”, relatou a tia ao NYP.

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