Em fevereiro deste ano, o vereador Daniel Simões (PP) de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, anunciou que ficaria afastado por 30 dias para viajar à Miami em maio.

Pauleteh Araújo (PP), deveria assumir o cargo como vereadora suplente na ausência dele, mas foi barrada pelo presidente da Câmara Municipal José Reis (PODE).

Notícias Relacionadas


Na noite desta quarta-feira (04), ela se manifestou nas redes socais: “não é só por mim que estou lutando, mas eu represento muitas pessoas: eu sou negra, eu sou jovem, eu sou trans e não vou permitir que eu seja a primeira pessoa a não assumir o cargo de suplente”. E complementa, “não sei qual o medo que eles tem de eu assumir o cargo dos vereadores”.

Nesta terça-feira, o presidente disse ao jornal Nova Imprensa que recebeu uma recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, contrária à convocação de suplente quando o titular se afasta por período inferior a 120 dias.

Entretanto, de acordo com o documento enviado em março, a promotora Beatriz Oliveira pede que a Câmara se manifeste sobre a regra de convocação de suplentes.

De acordo com a Lei Orgânica do município, o vereador suplente deve assumir o cargo quando o titular se ausenta por, no mínimo, 30 dias.

Lei usada pelo presidente, em março deste ano, pelo suplente Luiz Carlos Cardim (PSDB) para a vaga de Mauricio da Costa (PSDB), que também havia se licenciado por 30 dias.

Agora, o MPSP apura se a norma é inconstitucional, pois não há nenhuma recomendação ao presidente no ofício enviado.

No início deste ano, Pauleteh, 27 anos, ganhou repercussão nas redes sociais por divulgar três vagas com prioridade para o público LGBTQIA+ no seu comércio. Ela é dona de um carrinho de de tapioca famoso na praia de Juquehy, em São Sebastião.

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments