Um recente estudo elaborado por pesquisadores norte-americanos concluiu que a ação contínua de práticas religiosas ou espirituais podem contribuir para a saúde do coração, especialmente de pessoas negras. Profissionais da Mayo Clinic, organização de ciências médico-hospitalares, reconhecem que a importância da espiritualidade na vida e na saúde de pessoas pretas pode ser a chave para melhorar o atendimento ao paciente e reduzir as disparidades de saúde cardíaca dentro da comunidade. “As práticas religiosas e espirituais podem servir como amortecedores do estresse e ter efeitos terapêuticos ou podem capacitar as pessoas a praticarem comportamentos saudáveis”, diz LaPrincess Brewer, cardiologista e uma das autoras do projeto.

A pesquisa faz parte de um amplo estudo epidemiológico chamado de Jackson Heart Study, sendo baseada em fatores ambientais e genéticos associados a doenças cardiovasculares entre pessoas negras da cidade de Jackson, no Mississippi. Segundo os pesquisadores envolvidos, sabe-se que indivíduos da comunidade negra são desproporcionalmente afetados por doenças cardiovasculares, em comparação com a população branca. Conforme apontam pesquisas da American Heart Association, essas diferenças são motivadas por fatores de risco cardiovascular subjacentes, bem como pela desigualdade social e econômica.

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Foto: CNS /Gregory A. Shemitz.

“Eu encorajaria os profissionais de saúde a iniciar o diálogo sobre religiosidade e espiritualidade com seus pacientes como parte de uma história social abrangente e abordagens centradas no paciente para a prestação de cuidados de saúde”, diz LaPrincess Brewer. “Eu também encorajaria os pesquisadores a considerar esses fatores ao projetar intervenções de saúde do coração”.

Ao todo, 2967 pessoas participaram do estudo em questão. Eles passaram por uma série de testes específicos, com diversas avaliações sobre a ampla gama de fatores sociais e culturais em que estão inseridos, incluindo saúde do coração e as diversas formas que manifestam sua espiritualidade. O estudo destaca ainda que os resultados não foram baseados no tipo de religião ou espiritualidade dos participantes.

Foto: Luc Gnago/Reuters.

No entanto, os pesquisadores alertam contra o estabelecimento de relações causais entre práticas religiosas e a saúde do coração. Neste estudo, níveis mais elevados de práticas religiosas ou de espiritualidade estiveram mais associados a fatores de risco modificáveis, como dieta e atividade física, do que a medidas biológicas, como colesterol ou peso.

Mais informações sobre o Jackson Heart Study podem ser encontradas aqui.

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