PM que arrastou Claudia Silva Ferreira por 350 metros é nomeado superintendente do SEAS

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PM que arrastou Claudia Silva Ferreira por 350 metros é nomeado superintendente do SEAS

Seis anos após a morte de Claudia Silva Ferreira, arrastada por uma viatura da PM por 350 metros, um dos policiais envolvidos no caso foi nomeado, nesta terça-feira (17), para um cargo importante no Executivo estadual. O capitão Rodrigo Medeiros Boaventura vai atuar agora como superintendente de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (Seas). As informações são da colunista Berenice Seara, do EXTRA.

Cláudia foi atingida durante uma troca de tiros na região onde vivia e então foi socorrida e colocada no porta-malas de uma viatura policial por três policiais que alegaram que a levariam para um hospital. Durante o trajeto, seu corpo caiu para fora do porta-malas e, preso pela roupa, ficou pendurado e foi arrastado por volta de 350 metros na Estrada Intendente Magalhães. A cena do corpo da Cláudia sendo arrastado foi filmada por um cinegrafista anônimo (que seguia no carro atrás da viatura) e o vídeo foi divulgado pela imprensa.

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Vinculada à Subsecretaria Executiva da pasta, a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (Sicca) é responsável pelo “planejamento, coordenação e execução nas ações de combate aos crimes ambientais, integrando os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização ambiental das três esferas do governo“, como explica o site da secretaria. O capitão vai substituir Fábio Pinho na função.

Enquanto responde na Justiça pela morte de Claudia, ocorrida em 2014, o capitão Rodrigo Boaventura segue ativo na Polícia Militar, com remuneração média de R$ 8.712,86, de acordo com o site da Secretaria de Planejamento e Gestão. Dentro da corporação, ele sequer responder administrativamente pelo crime, e chegou a ser promovido desde então.

Em nota, a Seas diz que “Rodrigo Boaventura responde a processo e não existe nenhuma condenação”.

Caso Cláudia

O Caso Cláudia Silva Ferreira refere-se ao crime ocorrido na manhã de 16 de março de 2014, quando Cláudia Silva Ferreira morreu, vítima de uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Morro da Congonha, na zona norte do Rio de Janeiro. Cláudia foi baleada e em seguida arrastada por volta de 300 à 350 metros pela viatura policial que a socorreu.

Conhecida por Cacau, era mãe de quatro filhos e cuidava de outros quatro sobrinhos, com idades entre 5 e 18 anos. Segundo o marido, ela caminhava para comprar alimentos para seus filhos quando foi baleada. Cláudia trabalhava como auxiliar de serviços num hospital e completaria 20 anos de casada em setembro de 2014.

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