Com o intuito de retratar as nuances e desdobramentos da síndrome do pânico e da depressão em mulheres negras, com foco na dificuldade que elas têm de assumir e admitir as subjetividades da saúde mental, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro apresenta, nos dias 6 e 7 de abril, às 19h30, a performance artística Tempestuosa Depressagem.
A performance traz à tona uma discussão sobre a depressão, o mal do século XXI que atinge todas as faixas populacionais, mas que devido o racismo histórico e estrutural, estas subjetividades humanas foram negadas à população negra.
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Durante a performance, para além das próprias experiências corporais e psicológicas de quando foi acometida pela síndrome do pânico, a curadora e idealizadora do projeto, Flavia Souza, traz através de uma dramaturgia verbal e corporal, situações próprias e de outras mulheres negras com experiências semelhantes.
A proposta é trazer à tona essa discussão e assim humanizar esses sofrimentos, fazendo com que a problemática seja percebida por todos e como um alerta para aqueles que sofrem nesse momento com a doença para que procurem ajuda.
Em 2017 Flavia criou o MOVIMENCURE (movimento que cura), que tem como proposta pesquisar sobre essa patologia, que ela própria foi vítima.
“Através de pesquisas e oficinas, montei um pequeno fragmento solo, com participações e intervenções de vídeos com relatos sobre saúde mental, psíquica, sobre a construção de um ser forte, sobre a dificuldade que pessoas, principalmente, negras têm de admitir que esteja sofrendo e precisando de cuidados e sobre como, onde e quando podemos e devemos buscar ajuda. É sabido que o corpo fala e dialoga sobre tudo, sobre cura, angústia e ancestralidade“, concluiu.
A classificação é livre, o Centro Coreográfico fica na Rua José Higino, n° 115 – Tijuca. A entrada é gratuita! Para mais informações, acesse a página do evento.
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