Os “oceanos em terra” criados pelo violento ciclone Idai dão a dimensão visual de um desastre que atingiu regiões já precárias do continente africano.

De acordo com o Jornal do Brasil, o número de mortos do ciclone, que  atingiu três países da África, Moçambique, Zimbábue e Malawi, deixou total de 761 vítimas fatais nas três nações.  Equipes restauram a eletricidade, a água e tentam evitar o surto de cólera.

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A UNICEF é um dos órgãos mais empenhados em arrecadar objetos, alimentos e fundos para ajudar as vítimas. Em suas redes sociais, a entidade tem mostrado um pouco das vidas que a tragédia atingiu contando a histórias das vítimas, sem fazer sensacionalismo ou apelos visuais chocantes.

Quando pensamos nos números de vítimas fatais e que sobreviveram, vêm o terror, a tristeza e o espanto, porém quando vemos o rosto das pessoas afetadas, nos damos conta da urgência em ajudar.

Confira algumas histórias (Fotos e informações: Unicef e Unicef Moçambique):

Mesmo com os dias difíceis devido ao ciclone Idai,muitas crianças foram vacinadas contra a pólio. Na foto vemos o pequeno Milton, de apenas um ano, sorrindo apesar da tragédia ao seu redor.

Quando o ciclone atingiu Moçambique na noite de 14 de Março, centenas de milhares de crianças viram suas vidas viradas de cabeça para baixo pelas inundações. No meio da escuridão, da dor e do sofrimento, uma luz brilhou, a bebé Teresa José nasceu, no dia 15 de Março, na escola primária de Matarara, no distrito de Sussundenga, província de Manica.

A mãe de Teresa, Amélia José, o pai José Mateus e o irmão mais velho de 5 anos, José, tiveram que fugir de sua casa para escapar das águas que consumiam sua casa, deixando tudo para trás. Eles encontraram abrigo na escola primária de Matarara, que é agora usada como abrigo e centro de acomodação para mais de 400 famílias depois de o rio Buzi ter inundado as suas casas.

Na escola tem uma equipe de saúde e nutrição fornece água potável e cuidados básicos de saúde às famílias afectadas. Estima-se que 1,800,000 pessoas foram afectadas em Moçambique, das quais 900,000 são crianças. 2,600 salas de aulas foram parcialmente ou completamente destruídas, 39 centros de saúdes foram afectados e mais de 11,000 casas foram completamente destruídas deixando milhares de pessoas deslocadas.

A bebé Teresa e sua família vivem neste abrigo improvisado desde o seu nascimento.

 

Cecilia Santana não tem motivos para sorrir, ela está em frente as ruínas do que costumava ser a sua casa, antes do ciclone ter passado pela cidade da Beira. Depois que o ciclone destruiu a sua casa, ela foi morar com os seus vizinhos, cuja casa não foi muito danificada.

O pequeno Nico penteia o cabelo de Elesandro, sua mãe, enquanto ela segura seus irmãos Marcus e Armando. Nico e sua família ocupam um abrigo temporário em uma escola em Beira, depois da enchente que atingiu sua casa depois do ciclone.

“Eu estava em casa com a minha esposa Manuela (26) e meus quatro filhos (10, 7, 5 e 3 anos) e de repente o vento ficou muito forte. Então veio a chuva intensa, e a água rapidamente inundou a nossa casa e nós tivemos que subir nas árvores para escapar. Ficamos mais de 3 dias e noites sozinhos naquela árvore, não tínhamos comida, água, nada! Eu tive que amarrar meus filhos na árvore com suas próprias roupas para evitar que caíssem na água. Quando o nível da água finalmente desceu, conseguimos chegar aqui a este abrigo.” Josias Fernando, de 32 anos de idade, e a sua família foram forçados a procurar abrigo devido a destruição que o ciclone Idai provocou na sua comunidade de Matarara, na província de Manica.

Para quem puder e quiser ajudar, segue uma lista organizada pelo Notícia Preta

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