Pais e alunos se mobilizam contra demissão de professor nigeriano no Distrito Federal

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Pais e alunos se mobilizam contra demissão de professor nigeriano no Distrito Federal
Foto: Reprodução / Instagram

O professor de inglês Saheed Adeyemi conta que escola o demitiu depois que mãe de aluno acusou o professor de ter mordido uma criança

Residente no Brasil há 16 anos, Saheed Adeyemi havia sido contratado há seis meses por uma escola particular na cidade de Águas Claras, no Distrito Federal. Em julho, o professor conta que para justificar sua demissão, o colégio alegou que a mãe de um aluno o havia acusado de ter mordido uma criança, depois de verificar câmeras de segurança, Adeyemi afirma que ficou provado que isso não aconteceu. Desde então, pais e alunos de Saheed tem se mobilizado contra sua demissão.

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“Uma mãe me ligou e falou que a escola enviou uma coordenadora para dentro da sala para falar para o Fundamental II e Ensino Médio, meus alunos, que eu tinha sido demitido por justa causa por ter assediado uma aluna. E era mentira, minha demissão foi sem justa causa e sem explicação nenhuma. Eles alegaram que eu mordi uma criança, depois falaram que não foi por mordida, depois falaram que era porque eu castigava criança, sendo que uso o mesmo método que todas as professoras”, explicou Adeyemi em entrevista ao Mundo Negro.

Em matéria veiculada no dia 24 de agosto pelo jornal DF2, Relva Moraes, mãe de uma aluna de Saheed, afirmou que a coordenadora da escola foi até a sala para explicar aos alunos o motivo da demissão do professor de inglês. “A coordenadora foi até a sala da minha filha com a justificativa de que ele teria sido demitido por justa causa por ter assediado uma aluna. E os colegas ficaram chocados com essa resposta dela. Acho que foi uma maneira que eles procuraram de cortar o assunto”, relatou.

Ao saber do ocorrido, Saheed Adeyemi registrou um boletim de ocorrência contra a escola por difamação. Um abaixo-assinado foi enviado por pais e alunos para a direção do colégio pedindo a recontratação de Saheed.

Depois da reportagem no Distrito Federal, o professor foi procurado pelo Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINPROEP-DF). O órgão emitiu um documento para endereçado ao Colégio Biângulo, onde Adeyemi lecionada, cobrando informações sobre a forma como a demissão ocorreu. “Esta entidade sindical recebeu denúncia de demissão discriminatória do professor Saheed Adeyemi, solicitamos informações a respeito da forma da demissão, tendo em vista que não temos informação da homologação da rescisão no sindicato”.

Em nota emitida para o Mundo Negro, a direção da escola nega as alegações feitas pelo professor, pais e alunos: “informo que o desligamento do professor seguiu todos os processos de legalidade contratual e que foi embasado em fatos e situações de não adaptação em relação à política de trabalho adotada pelo Colégio Biângulo

Além disso, ressalto que o professor foi dispensado sem justa causa e recebeu todas as verbas rescisórias pertinentes.

Relato ainda que as colocações feitas pelo professor não condizem com a realidade dos fatos e com a prática de idoneidade e bons costumes pelos quais a escola preza. Ainda sobre a reportagem, em que a mãe relata demissão por assédio, a escola desconhece esse assunto, nem tão pouco divulgou por qualquer meio esse tipo de conduta do professor. 

Dessa forma, a escola, por meio dos seus advogados, registrou boletim de ocorrência no intuito de investigar a origem desses relatos inverídicos.

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