A Educafro e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos protocolaram uma ação na justiça de São Paulo contra o LinkedIn. As organizações pedem R$ 10 milhões em indenização depois de a plataforma ter tirado do ar um anúncio de vaga que dava preferência a candidaturas negras e indígenas. Além do valor em dinheiro, as organizações pedem que a rede social, que é voltada para o mundo do trabalho, adote medidas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial.
A vaga excluída foi criada pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut), que buscava um profissional para o setor administrativo e financeiro. dando preferência nesta seleção para pessoas negras e indígenas.
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O Ministério Público Federal (MPF) e o Procon-SP solicitaram informações à plataforma a respeito da exclusão da vaga. De acordo com o MPF, a decisão da plataforma contraria esforços realizados no Brasil para a inclusão de minorias por meio de ações afirmativas. O LinkedIn terá que detalhar as regras que motivaram a exclusão do anúncio e seus fundamentos jurídicos no prazo de dez dias úteis contados a partir de 23 de março.
“O Supremo Tribunal Federal entende essas medidas ‘não somente como reparação histórica em favor de grupos subalternizados, mas como forma de beneficiar toda a sociedade prospectivamente, por meio da construção de espaços mais plurais e menos excludentes’. O país também é signatário de tratados e convenções que estimulam a inclusão e o oferecimento de oportunidades para indivíduos e grupos sociais vítimas de discriminação e intolerância”, divulgou o MPF, em nota.
Para Ana Minuto, que é reconhecida pelo LinkedIn como que é LinkedIn Top Voice & Creator 2022, esta notificação serve de alerta para que as empresas de uma maneira geral aprendam a lidar com os desafios locais e que incentivem a diversidade. “Quando vemos que o LinkedIn, uma empresa global, toma uma decisão sem levar em consideração os desafios que existem em cada país só demonstra que a diversidade que eles fazem é só uma ‘maquiagem”, afirma.
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