O funk brasileiro voltou a causar debate nas redes sociais, depois da perfomance de Cardi B e Megan Thee Stallion no Grammy 2021 nesse último domingo (14) onde a versão remix de WAP incluiu um música do funkeiro Pedro Sampaio.
Enquanto a maioria vibrou com um trecho do hit do Brasil, o produtor Rick Bonadio não moderou o tom das críticas e chegou até sugerir que Cardi B seria “uma p*ta que faz aquela música de m*rda”. Tudo isso durante uma live no Instagram. Antes disse o empresário , por meio do Twitter, colocou o funk como uma sub-categoria musical.
A funkeira Ludmilla, uma das principais artistas do funk atual que tem usado sua música para empoderar mulheres do meio, falou com exclusividade com a gente sobre essa polêmica. E ela não desassocia questões raciais a essa rejeição generalizada contra o funk.
“Essa não é a primeira e infelizmente não vai ser a última vez que vão tratar o funk com desrespeito e racismo. Além de falarmos sobre movimento funk, que é tão marginalizado e julgado ainda hoje, mesmo depois de tantas conquistas, precisamos discutir também o porquê disso. E aí eu repito os versos de um funk que diz assim: ‘é som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado'”, disse a apresentadora do The Voice +.
“O fato de ser música ser de preto incomoda, né? Nós somos responsáveis por esse movimento que ganhou o mundo, lutamos todos os dias para diminuir esse preconceito e falas como essa são um desserviço. Os números, os alcances e engajamento do funk falam por si só. Mais respeito! E que venham mais 15 segundos, 10 minutos ou uma apresentação inteira. O que queremos é ocupar o nosso lugar, ” finalizou Lud que é a mulher negra mais ouvida do Spotify no Brasil.
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