A casa é cheia de fadas sensatas e militantes defensores da Amazônia aclamados por seu suposto ativismo. Mas é o “escroto” da edição, o Prior, que diz o que precisa ser dito para um desatento (e nas palavras de Manu Gavassi, bem intencionado) Daniel. Ninguém se manifesta.
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Eu acho curiosa a forma com que Daniel, Manu e Marcela demonizam a “grosseria” e “agressividade” do Babu; é muito parecida com a reação de gente privilegiada quando pessoas negras fazem apontamentos mais incisivos sobre racismo ou qualquer outra coisa.
Não entendem o jeito do Babu de reagir mas aceitam a “postura” do Daniel de passar por cima de regras e princípios básicos de convivência sem se desculpar. Causa mais incomodo a reação de um homem negro e periférico. É o tal do estereótipo do “negro raivoso”.
Se engana também quem acha que Thelma não sofre com a tal da “receptividade”.
Se um discurso coerente de Marcela é amplificado e divulgado aos ventos, os de Thelma são apagados e considerados pouco expressivos. ‘Ela fala pouco’, dizem, mas será que alguém escuta?
Os números das primeiras semanas não mentem, Manu e Marcela foram catapultadas ao status de donas da verdade absoluta, o engajamento nas redes explodiu, quem não quer aplaudir as rainhas sensatas? A Thelma restou o papel de amiga fiel e leal escudeira das fadinhas, coincidência ou não, outro estereótipo racista.
O fato é que numa temporada de fadas e monstros os mesmos personagens de sempre ainda são direcionados aos poucos participantes negros. Racismo? Que nada. Descansa militante. São só diferentes receptividades.
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