O Festival Feira Preta, o maior da cultura negra da América Latina, terá grandes mudanças em sua próxima edição. Com o tema “Ser Feliz é a Nossa Revolução”, a 22ª edição será realizada de 03 a 05 de maio de 2024, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e contará com atrações nacionais e internacionais, além de uma ampla programação de atividades.
Com uma proposta inovadora, o festival tem como objetivo criar e enraizar felicidades coletivas, promovendo a celebração das identidades pretas e impulsionando a prosperidade, não só pelo entretenimento, mas também pelo impacto social. Esse novo momento foi pensado com a finalidade de trazer novas experiências e pautar novas construções para o público do evento. Para isso, a equipe da PretaHub, holding do Festival Feira Preta, contou com o apoio de Bárbara Soalheiro, idealizadora da metodologia do MESA, e seu time, para reunir especialistas em festivais, publicidade e entretenimento, que contribuíram com a criação de soluções para escrever juntos esta nova etapa da história do Festival.
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O Festival se propõe a estar no mapa dos grandes festivais que acontecem no Brasil e a mudança da estrutura é um marco nesse posicionamento que se fortalece com a presença de artistas renomados. E para viabilizar esta edição, o evento será realizado no modelo freemium, baseado na criação e disponibilização de espaços gratuitos e pagos, ambos com shows de grandes artistas pretos reconhecidos na cena musical, ativações de marcas, feira de empreendedores, palestras e espaço gastronômico.
Segundo Adriana Barbosa, fundadora e idealizadora do Festival Feira Preta, o evento já se reinventou diversas vezes, a partir das mudanças dos cenários sociais, culturais e políticos brasileiros, tendo a questão racial no centro disso. “O Festival Feira Preta foi um dos principais movimentos a pautar o mês de novembro e propor para a comunidade negra um espaço seguro, potente e de celebração. A nossa decisão de ir para o mês de maio tem o objetivo de construir uma outra narrativa para um período onde pouco se fala sobre as potências negras, convocando o mercado a incentivar eventos voltados à comunidade durante todo o ano”, explica Adriana.
Fundado em 2002, o Festival Feira Preta nasceu para a venda de produtos e serviços de empreendedores negros. Ao longo desses 21 anos, mais de 250 mil pessoas, 7 mil artistas, 3 mil empreendedores do Brasil e de outros países da América Latina já passaram pelo evento. No formato online, em 2020 e 2021, foram mais de 65 milhões de views. Ao todo, com as vendas de produtos e serviços de afroempreendedores, o Festival movimentou mais de R$15 milhões diretamente. “O Festival Feira Preta é um lugar onde podemos ser quem desejamos, existir sem medo, ser e nos reconhecermos abundantes. E é por este motivo que reestruturamos nosso festival para se tornar algo ainda maior e possível de experiências, trocas e felicidades coletivas”.
As marcas que estão construindo esta nova edição
O apoio das marcas foi fundamental para essa repaginada do evento que poderá oferecer uma estrutura ainda melhor para o público. “O Festival Feira Preta, bem como todas as iniciativas da PretaHub, tem estimulado as empresas a investir na potencialidade da população negra brasileira, produzindo pesquisas e projetos sobre o consumo deste grupo. São investimentos como esses (das marcas) que aceleram iniciativas para além do ESG, reconhecendo essa população como agente direto na movimentação da economia, bem como entendendo a urgência dos departamentos de marketing a também destinarem seus recursos para potencializar seu impacto”, afirma Adriana.
E novembro, como fica?
Até a data do festival, a PretaHub tem uma série de ações voltadas para a comunidade negra, entre elas estão o lançamento da Plataforma Global de Festivais de Afro Culturas, os reports sobre consumo e economia criativa da população negra, o evento de premiação do Pretas Potências, e o evento SPerifas – voltado ao empreendedorismo e cultura, que acontecerá nos distritos de Perus, Parelheiros, Bela Vista, Itaim Paulista e Vila Maria, regiões que receberam neste ano a jornada formativa empreendedora. Além disso, haverá também uma Rodada de Negócios com os empreendimentos participantes do Programa de Aceleração Afrolab, e a realização das versões pockets da Feira Preta junto a organizações públicas e privadas. “A mudança de data do festival marca o nosso compromisso em pautar os interesses e necessidades da nossa comunidade durante todo o ano, inclusive em novembro”. finaliza Adriana.
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