É fácil dizer que a marca tem propósito e ficar na zona de conforto, usando suas ações comedidas e até previsíveis. Agora arriscar sua imagem, consciente do risco em nome de uma causa, é para pouquíssimos e esse foi o caso da Nike nos EUA.
No dia 4 de Setembro, Dia do Trabalho nos EUA, o rosto de Colin Kaepernick foi o destaque da campanha comemorativa dos 30 anos do slogan #JustDoIt da marca. Kaepernick é ex-quaterback do San Francisco 49ers, time de futebol americano.
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Ele está fora dos campos há quase um ano, por usar o momento do Hino antes do inícios dos jogos para se ajoelha e protestar, entre outras coisas, contra a violência policial, que como no Brasil mata milhares de pessoas negras anualmente.
Os americanos são umas da nações mais patriotas do planeta. E para uma ala racista e conservadora, o protesto do atleta era um desrespeito ao hino, a bandeira e ao país. O próprio presidente Donald Trump se posicionou contra Kaepernick.
Por meio das hashtags #BoycottNike e #JustBurnIt, milhares de americanos conservadores compartilharam por meio de suas redes sociais imagens queimando ou rasgando os produtos da Nike que eles haviam comprado.
Campanha não gerou prejuízo e uniu a comunidade negra
“Acredite em alguma coisa, mesmo que isso signifique sacrificar tudo”. Essa frase dita por Colin no vídeo da campanha, é sobre sua vida. Ele escolheu manter seus princípios, ajoelhando durante todos os jogo, e isso custou sua carreira de atleta. Seu sacrifício foi reconhecido pela Nike, que chegou a ter uma leve queda, de menos de 4% das ações um dia após do lançamento.
Apesar do manifesto burro de quem queimou produtos já pagos, a comunidade negra deu uma reposta em massa compartilhando o que já comprou e brincando, por meio de memes, sobre o fato que consumirão ainda mais.
Um tuíte até destacou que a Nike ficará bem, afinal, é a comunidade negra quem mais compra deles.
A atriz Viola Davis e a tênis Serena Williams , que também representa a Nike, compartilharam a campanha em seus perfis:
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