Dois adolescentes negros, que moram em um região violenta nos EUA, mas são apaixonados por ciência. Essa foi minha principal motivação para assistir “A gente se vê ontem”, que estreou na Netflix nesse final de semana. A produção de Spike Lee obviamente foi outro atrativo, mas eu que não li a sinopse, imaginava que era um filme para jovens, daqueles com narrativas para nos inspirar a superar as adversidades.
CJ (Eden Duncan-Smith) e seu bff Sebastian (Dante Crichlow) querem fazer um projeto escolar que caso dê certo, seria passaporte para as melhores faculdades americanas.
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Eles amam ciência e são bons. Entendem de cálculos, química e física e depois de um ano, dentro de uma garagem da família, conseguem criar uma máquina do tempo que os leva ao passado por 10 minutos.
No entanto o temperamento indomável de CJ, faz com que essas viagens no tempo tenham desdobramentos trágicos. E isso eu não esperava.
Com a direção Stefon Bristol, o filme ganha tons dramáticos que nos leva à sérias reflexões sobre pobreza, violência policial e abandono das minorias (nos EUA brancos são a maioria), passando sobre o abalado mental que as questões mencionadas causam nas famílias, desde aos adolescentes ao idosos. Eu também amei a interpretação do irmão da CJ, Calvin, interpretado pelo rapper Astro. E o final que gerou muito controversa, na verdade, faz todo o sentido.
Confira o trailer.
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