Um grupo de advogados levou ao conhecimento do Ministério Público (MP) de São Paulo uma representação com um pedido para que Luísa Nunes Brasil, dona de uma conta com quase 60 mil seguidores no Instagram, seja investigada por publicar uma sequência de vídeos cujo conteúdo foi identificado como racista.
No início de junho, Luísa que também é influenciadora e mantém um canal no Youtube disse que o “racismo sempre vai existir enquanto a maioria dos crimes for causada pela população negra”. Ela afirmou ainda que o preconceito racial é “algo natural, um instinto de defesa”. Os comentários, publicados no Instagram, foram feitos em referência à campanha “Vidas Negras Importam”, retomada no mundo inteiro em reação ao assassinato de George Floyd em Minneapolis, nos Estados Unidos.
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A peça é assinada por três advogados negros, com atuação no Distrito Federal e em Minas Gerais. Eles são: Nauê Bernardo Pinheiro de Azevedo, Asaph Correa e Teles e Carlos Augusto de Souza Santos. Também integram o pedido o infuenciador digital e engenheiro civil Levi Kaique, cuja atuação na internet é voltada para a causa negra e a igualdade racial, e o servidor público Thallis Luiz Souza Ramos, que também faz publicações sobre o tema.
O documento sobre as declarações de Luísa foi encaminhado às promotorias cível e criminal de São Paulo, bem como às especializadas em direitos humanos e combate ao crime cibernético. Caberá ao MP decidir se irá investigar a influenciadora e, caso encontre indícios de que ela violou a lei, levar o episódio ao conhecimento do Judiciário.
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