Nas últimas semanas, uma ação iniciada por Tais Araujo mobilizou famosas e fez surgir, também, um movimento que reúne profissionais de todo o Brasil em busca de um único objetivo: representatividade.
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Por meio da campanha “Negras que Movem”, um grupo de aproximadamente 30 mulheres de diferentes estados e carreiras se uniram para divulgar seus projetos, fazer negócios entre si e influenciar mais profissionais a fazerem o mesmo.
“Nós vimos a publicação que Taís Araujo fez nas redes sociais homenageando a atriz Isabel Fillardis e percebemos como isso ganhou força. Muitas atrizes negras entraram na campanha e também falaram sobre a importância de Isabel e da própria Taís em suas trajetórias. Então, pensamos: por que não criarmos essa rede e mostramos mulheres negras que estão por aí movendo diversas áreas profissionais, desde o Direito à Economia, da Tecnologia à Aviação?”, explica a publicitária Luciane Reis, criadora do canal “MercAfro” e uma das integrantes do projeto. Ao lado da designer Taís Nascimento e da marketeira digital Vitorí da Silva, ela organiza o primeiro mês de ações do grupo.
No perfil do Instagram, que leva o mesmo nome da campanha, são compartilhadas as histórias dessas profissionais. Além disso, também é disponibilizada uma forma de contato, para viabilizar as possíveis parcerias que venham a surgir. “No grupo há mulheres das mais diferentes carreiras, então é muito provável que você se identifique com alguma delas ou que necessite de algum serviço oferecido. É muito importante também mostrar essas histórias, de profissionais negras que estão fazendo sucesso pelo país, para que cada vez mais mulheres negras saibam que o local delas também é naqueles espaços”, comenta a jornalista Jaqueline Fraga, autora do livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho” e que ao lado da educadora física Jéssica Remédios apoia as ações de comunicação do grupo.
As profissionais que fazem parte do projeto se conheceram por meio do Programa Marielle Franco, promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. “O programa busca acelerar o desenvolvimento de lideranças femininas negras. Muitas de nós não nos conhecemos pessoalmente, já que é um grupo nacional, mas sentimos a necessidade de compartilhar nossas histórias e assim incentivar mais mulheres a se enxergarem em profissões que muitas vezes ainda são mais ocupadas por pessoas brancas”, comenta Taís Nascimento.
O “Negras que Movem”, aliás, nasce em meio ao movimento “Julho das Pretas”, que celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado no próximo dia 25. Segundo as organizadoras, o objetivo é que no futuro mais mulheres integrem a equipe e tenham seus trabalhos divulgados na plataforma.
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