“Não é um álibi para racistas”, explica Silvio Almeida sobre uso do termo ‘racismo estrutural’

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“Não é um álibi para racistas”, explica Silvio Almeida sobre uso do termo ‘racismo estrutural’
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, publicou em suas redes sociais um texto onde comenta o uso do conceito ‘racismo estrutural’, que tem sido adotado por muitas personalidades para justificar comportamentos racistas. Ao compartilhar um trecho do livro que explica o conceito, Almeida disse: “o que mais me deixa impressionado nas polêmicas não é ver pessoas que nunca estudaram o tema ou que não são da academia distorcerem o conceito, mas o fato de pessoas supostamente estudiosas ou que vem da academia falarem de algo que evidentemente não conhecem ou de um livro que nunca leram”.

Um caso recente de uso do termo foi o vídeo publicado pela cantora Wanessa Camargo nas redes socias, expulsa do Big Brother Brasil 2024 depois de ser acusada de agredir o motorista de aplicativo, Davi. No vídeo, ela se desculpa pelo modo como tratou o participante e justifica: “hoje eu entendo que algumas das minhas falas e comportamentos dentro da casa do BBB, em relação ao Davi, se enquadram no racismo estrutural, que está enraizado na nossa sociedade e dentro de nós, pessoas privilegiadas”.

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Após a publicação do vídeo, a cantora foi bastante criticada, além disso, algumas pessoas criticaram o próprio conceito difundido por Silvio Almeida no livro ‘Racismo Estrutural’, publicado pelo advogado em 2018 através da coleção ‘Feminismos Plurais’. Além de criticar o uso distorcido do conceito, Almeida também afirmou ficar impressionado com “pessoas supostamente estudiosas” que não leram o livro, afirmando que: “A ignorância, nessa último situação, vem acompanhada de tanta autoridade e arrogância que a gente passa a duvidar se escreveu certas coisas”.

O ministro então compartilhou um trecho do livro que explica o conceito e destaca que “Não é um álibi para racistas”: “Como ensina Anthony Giddens, a estrutura “é viabilizadora, não apenas restritora”, o que torna possível que as ações repetidas de muitos indivíduos transformem as estruturas sociais. Ou seja, pensar o racismo como parte da estrutura não retira a responsabilidade individual sobre a prática de condutas racistas e não é um álibi para racistas”.

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