Na última quarta-feira (6) um grupo de apoiadores de Trump e supremacistas brancos entrou no Capitólio durante a recontagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral para impedir confirmação da vitória de Joe Biden. Em discurso pouco antes da invasão, presidente insistiu que não aceitaria a derrota e incitou manifestantes a marchar até o congresso.
A partir da fácil invasão ao congresso e ausência de punição aos envolvidos notamos cenas nítidas do privilégio branco. Em vídeos divulgados nas redes sociais, dois dos manifestantes reproduzem a cena da morte de George Floyd – homem negro sufocado até a morte por policiais brancos que pressionaram o joelho em seu pescoço -. A policia agiu de forma pacifica e tentou negociar com os manifestantes.
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Mas a repercussão do assunto não se limitou a abordagem da polícia ou a invasão de fato, nas redes sociais gays e mulheres brancas discutiam sobre a “beleza” dos neonazistas presentes na invasão:
Foram inúmeras as postagens de mulheres brancas elogiando o supremacista branco, e debates sobre o assunto tomaram conta das redes. Militantes do movimento negro e indígena apontaram aos autores dos tweets a problemática por trás das respectivas afirmações, mas não foram bem recebidos. Feministas brancas mencionaram o machismo e tentaram defender o direito de achar neonazistas bonitos sem sofrer repressões por suas opiniões problemáticas.
Em um caso mais extremo uma feminista branca chegou a ameaçar uma mulher negra de processo após ter sido repreendida pela seu post.
2021 e é desse jeito temos a exemplificação de que o feminismo branco e o antirracismo não caminham lado a lado. Enquanto mulheres brancas lutam pelo direito de achar neonazistas bonitos, mulheres negras lutam para sobreviver.
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