Começo a escrever o texto e, no início, preciso dizer que fiquei emocionada ao assistir ‘Mufasa: O Rei Leão’. O filme, que conta a narrativa do pai de Simba, me tirou lágrimas nos minutos iniciais porque, há 30 anos, fui pela primeira vez ao cinema assistir à animação da Disney e agora, em 2024, levei meu filho ao tela grande pela primeira vez para assistir à prequela.
‘Mufasa: O Rei Leão’ trouxe para aqueles que, como eu, viveram a infância nos anos 90, uma certa nostalgia. O filme não decepciona, apesar das adaptações feitas na narrativa pelo cineasta Barry Jenkins. Na tentativa de responder a algumas perguntas sobre os primeiros anos de vida de Mufasa, dublado na fase adulta pelo ator Pedro Caetano, ou como o Rei Leão conheceu Sarabi, mãe de Simba, as histórias se desenrolam com certa rapidez.
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Mesmo assim, a narrativa de Mufasa ajuda a resgatar memórias e sentimentos ligados à animação de 1994 – talvez até mais do que o remake live-action de 2019, dirigido por Jon Favreau. Acredito que esse resgate de sentimentos aconteça porque, assim como Simba, já crescemos e estamos muito mais parecidos com nossos pais e de alguma maneira podemos nos identificar com os desafios vividos pelo nosso herói. Mas não se enganem: diferente de Simba, que encontrou seu caminho com os amigos Timão e Pumba sob a filosofia de ‘Hakuna Matata’, a jornada de Mufasa é, no final das contas, sobre a relação entre os irmãos Taka, dublado pelo estreante Hipólyto, e Mufasa. Ela mostra como esse laço de irmandade vai se enfraquecendo aos poucos, conforme um leão triunfa sendo corajoso, leal e generoso, enquanto o outro sente que o irmão é uma ameaça às suas ambições.
Ficar juntos era uma missão para os familiares, mas o ciclo da vida, que aqui segue um roteiro, destina que cada um deles faça escolhas diferentes, afastando-os e levando-os para caminhos opostos. Taka passa a alimentar ressentimentos pelas realizações de Mufasa, o que define o destino trágico da relação entre os dois no futuro.
O longa também traz de volta personagens queridos, como Rafiki e Zazu: o babuíno que se torna um grande conselheiro de Mufasa, e o pássaro calau de bico vermelho, que, como vimos no clássico de 1994, será um aliado fiel do futuro rei.
Em sua essência, ‘Mufasa: O Rei Leão’ entrega uma narrativa emocionante que honra o legado do original, convidando novas gerações a explorarem esse universo. Ao mesmo tempo, reacende a magia para quem cresceu com o clássico, mostrando que, tal como o ciclo da vida, no final das contas, cada um de nós escolhe o próprio caminho.
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