Em mobilização para ter a primeira ministra negra no Supremo Tribunal Federal, movimentos negros acabaram de lançar o site ministranegranostf.com.br para a população enviar um e-mail ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pressionar na indicação que será crucial para o Brasil nas próximas semanas.

“Em um país com mais da metade da população composta por mulheres e pessoas negras, é inexplicável que o STF em seus 132 anos de existência nunca tenha sido ocupado por uma. Chegou a hora de mudar essa história!”, diz o comunicado.

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Com a proximidade da aposentadoria de Rosa Weber em outubro, o presidente Lula terá a responsabilidade de indicar um novo membro para ocupar a vaga disponível na Suprema Corte. “Não podemos correr o risco de ver outro Zanin ocupando a Corte, com posicionamentos que vão na contramão das necessidades e dos direitos da maioria da população. O Brasil não aceita mais um ministro conservador”, declara o movimento.

Ter uma ministra negra progressista no STF é essencial para avançar na necessária transformação do sistema de justiça brasileiro, não só pela importância de ver o povo representado nas esferas de poder, mas por todas as mudanças estruturais na forma como a justiça é aplicada”, completa.

De todos 168 ministros que já integraram a corte, somente quatro eram negros. Todos eles homens. E só três mulheres chegaram ao posto de ministra e todas elas brancas.

Em entrevista para o estúdio CBN, Tainah Pereira, internacionalista, mestra em Ciência Política e coordenadora política do Movimento Mulheres Negras Decidem, revelou que conseguiu mostrar ao presidente Lula o nome de três juristas negras que são aptas para a vaga no STF: Adriana Cruz, juíza federal titular da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro; Lívia Sant’anna Vaz, promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia; e Soraia Mendes, escritora e advogada com atuação e obras reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal e pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

“São mulheres que lutam pela transformação do sistema de justiça, em particular os movimentos de encarceramento em massa e o genocídio da população negra“, destacou a mestra em Ciência Política.

Assinam a campanha, a Coalizão Negra Por Direitos, Nossas, Instituto de Defesa da População Negra, Mulheres Negras Decidem, Instituto de Referência Negra Peregum, Observatório da Branquitude, Utopia Negra Amapaense, Coalizão Nacional de Mulheres, Girl UP, Movimento da Advocacia Trabalhista Independente, Lamparina, Instituto Marielle Franco, Movimento Negro Evangélico e A OAB Tá On.

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