A Coalizão Negra por Direitos convoca as mais de 200 organizações do movimento negro que compõem essa articulação para aderir aos atos que serão realizados neste sábado (19) contra o governo do Presidente Jair Messias Bolsonaro. A Coalizão reforça que esse apoio aos movimentos perdura enquanto também houver contraparte de outras organizações em apoio a luta contra o racismo no Brasil, “afinal, enquanto houver racismo, não haverá democracia”, diz nota divulgada pela Coalizão.
Ao contrário das manifestações compostas por apoiadores do atual presidente, a articulação reforça a necessidade do devido atendimento aos protocolos sanitários, como o uso de máscaras N95 ou PFF2 e o distanciamento social, o quanto possível. A Coalizão Negra por Direitos reforça ainda que “a reconstrução dos caminhos da esquerda só será possível por meio de uma aliança nacional do campo protagonizado por mulheres negras, LGBTQIA+ e indígenas. Esse caminho já está em curso e a luta para que a vida do povo não seja mais interrompida nem por bala, nem por fome, nem por Covid-19, muito menos por atropelos assustados em reuniões coloniais”.
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Em 2020, a Coalizão lançou o manifesto “Enquanto houver racismo, não haverá democracia” para reforçar para as tradicionais lideranças brancas de esquerda que precisam se colocar dispostas a reconhecer a importância e legitimidade, tanto das lideranças negras que participam da construção dos atos, quanto das motivações que fizeram com que centenas de pessoas negras estivessem nas ruas, nos becos, vielas e favelas durante todo o período de pandemia fazendo política.
A situação de pandemia sem o apoio do Governo Federal para ajudar populações pobres colocou 29,8% dos domicílios chefiados por pessoas negras em condição de insegurança alimentar, juntando-se a isso as seguidas operações policiais ilegais que fizeram sucumbir jovens vidas negras compelem os movimentos negros a essa mobilização, apesar da grave crise sanitária.
A Coalizão tem sido destaque na defesa da população preta e periférica, tendo sido ativa em mobilizações durante a pandemia, considerando que o atual governo demonstra ser mais letal que o vírus.
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