A moda sem gênero tem ganhado cada vez mais destaque na indústria fashion, refletindo uma mudança significativa na forma como a sociedade entende e valoriza a identidade de gênero. Essa abordagem desafia as normas tradicionais que categorizam roupas como masculinas ou femininas, promovendo uma visão mais inclusiva e diversificada, que permite que as pessoas escolham peças que melhor representem sua identidade pessoal, sem as restrições impostas por estereótipos de gênero.
Revolucionando a indústria, além de promover inclusão e diversidade, a moda agênero impacta positivamente na aceitação social e na autoestima das pessoas, incentivando a quebra de preconceitos e criando um ambiente mais acolhedor e respeitoso. Para a indústria, a tendência de peças sem gênero representa uma oportunidade de inovar e atender a um público mais amplo e variado, mostrando que a moda pode ser um veículo poderoso para a mudança social em um mundo cada vez mais consciente das questões de identidade e igualdade.
Notícias Relacionadas
Filme de Jonathan Majors, “Magazine Dreams”, ganha data de estreia
Thiaguinho será atração principal em intervalo de jogo da NBA
Marcas como Inntui, Currupião e E U S O U têm se destacado nesse cenário. Marca baiana, a Inntui se diferencia ao desconstruir padrões com peças versáteis que transitam entre o casual e o sofisticado, mantendo uma estética minimalista e contemporânea. Já a Currupião traz uma abordagem onírica de joias que podem ser usadas por todo mundo, sem restrições.
A ‘E U S O U’, por sua vez, alia moda ao autoconhecimento, oferecendo coleções que vão além da estética, carregando significados e muita representatividade. “Nós falamos sobre corpos invisibilizados e temos como um dos pontos direcionar sua atenção a um outro lugar. É sobre arte”, diz a marca através das redes sociais.
A moda sem gênero também empodera comunidades periféricas
Outras marcas negras, como Kolobô, Dendezeiro e Studio Ellias Kaleb, também vem contribuído para esse movimento. Desde sua fundação em 2020, a Kolobô tem se destacado no mercado por seu compromisso com a sustentabilidade e a representatividade das identidades culturais regionais, ancestrais e de minorias sociais. A marca se tornou um símbolo de autenticidade, oferecendo produtos que não apenas refletem uma estética única, mas também carregam valores profundamente enraizados na preservação ambiental e no respeito às tradições culturais.
As peças agênero da Dendezeiro refletem a essência de uma moda inclusiva e autêntica, unindo elementos urbanos e culturais em criações que transcendem as normas tradicionais de gênero. Com uma estética vibrante e cheia de personalidade, a marca baiana valoriza a diversidade e a representatividade, oferecendo roupas que são verdadeiros manifestos de liberdade e expressão individual.
Sucesso em diversos editoriais do país, o Studio Ellias Kaleb, conhecido por seu trabalho artístico e conceitual, explora a interseção entre arte e moda, criando peças que desafiam as normas tradicionais e transformam o vestuário em uma forma de expressão artística.
Coletivos como o MODA AFRO URBANA DA PERIFERIA e marcas como Xeidiarte completam esse panorama de inovação. O primeiro não só promove a moda agênero, mas também a representatividade e o empoderamento das comunidades periféricas, celebrando a cultura afro-brasileira com roupas que são ao mesmo tempo modernas e tradicionais. A Xeidiarte, por sua vez, combina arte, cultura e moda para criar peças que transcendem as definições de gênero, destacando-se por sua originalidade e compromisso com a inclusão.
Esse conteúdo é fruto de uma parceria entre Mundo Negro e Instituto C&A.
Notícias Recentes
Maria Bomani é indicada ao Prêmio APCA por atuação no longa “Bandida – A Número 1”
Arroz jollof: um toque de ancestralidade para a sua ceia de Natal