A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestará depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, 2, no âmbito da investigação sobre as acusações de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, de acordo com matéria publicada pela colunista do Uol, Carla Araújo. Almeida foi exonerado no início de setembro após uma série de denúncias de assédio moral e sexual que vieram a público e que também apontam a ministra como uma das vítimas.
No lugar de Almeida, o governo nomeou Macaé Evaristo para comandar o Ministério dos Direitos Humanos. A investigação corre em sigilo, após autorização do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu o andamento do inquérito.
Notícias Relacionadas
Trabalhadora negra é resgatada após viver 28 anos em situação de escravidão na casa de vereadora em Minas Gerais
Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil
A Polícia Federal teve acesso ao depoimento de uma testemunha que apontou indícios suficientes para que uma investigação preliminar fosse aberta de ofício, ou seja, sem a necessidade de solicitação de outro órgão. Além disso, o caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho, em Brasília, e pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
As denúncias contra Almeida vieram a público inicialmente por meio de uma reportagem do site Metrópoles, que trouxe relatos anônimos e mencionou o nome de Anielle Franco como uma das vítimas. A ONG Me Too Brasil também foi uma das responsáveis por dar visibilidade às acusações.
Silvio Almeida, por sua vez, nega as acusações e, em nota divulgada após sua exoneração, afirmou que provará sua inocência. Durante sua gestão à frente do Ministério dos Direitos Humanos, o órgão enfrentou várias denúncias de assédio moral e pedidos de demissão em série.
Em resposta às denúncias, o governo Lula lançou recentemente um plano de combate ao assédio na administração pública federal. O projeto, elaborado após a repercussão do caso de Almeida, visa implementar ações coordenadas para prevenir o assédio e a discriminação em órgãos públicos. A portaria que regulamenta o plano foi assinada pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Notícias Recentes
Michael B. Jordan apresenta Kwanzaa na Sesame Street e destaca valores culturais e tradições africanas
Show de Natal da Beyoncé no intervalo do jogo da NFL ficará disponível por tempo limitado na Netflix