O Ministério Público de São Paulo vai investir usuários que baixaram o aplicativo ‘Simulador de Escravidão’ e que fizeram comentários racistas na loja virtual Play Store. No aplicativo, era possível comprar, vender e até torturar negros escravizados. O jogo foi removido após a repercussão da sociedade.

A promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância, solicitou que a empresa Google, responsável por alocar o aplicativo na Play Store, forneça dados pessoais de todos os usuários que comentaram sobre o jogo. A profissional considera que houve “discurso de ódio penalmente típico”. Desenvolvido pela Magnus Games, o simulador, lançado em 20 de Abril, contava com mais de mil downloads e 70 avaliações. Muitos usuários até pediam por melhoria nas ‘formas de agressão’ disponíveis.

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Aplicativo ‘Simulador de Escravidão’. Foto: Reprodução

Após tomar conhecimento sobre o jogo, o Ministério da Igualdade Racial emitiu uma nota, no último dia 24 de maio, dizendo que entrou em contato com a Google para desenvolver medidas que filtrem este tipo de conteúdo da plataforma. “Ao tomar ciência do caso, a pasta entrou imediatamente em contato com a empresa de tecnologia para a construção conjunta de medidas que contribuam para um filtro eficiente para que discursos de ódio, intolerância e racismo não sejam disseminados com tanta facilidade e sem moderação em espaços virtuais. Após reação do ministério e da sociedade civil, o jogo foi retirado do ar”, disse o MIR em nota.

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