Na noite da última terça-feira (11), o Grupo Carrefour veiculou um pronunciamento na TV aberta após os casos de racismo que ganharam destaque nas redes sociais nos últimos dias, em São Paulo e em Curitiba. No pronunciamento, a empresa afirmou que metade dos 150 mil colaboradores do grupo são negros ao falar sobre as iniciativas antirracistas que têm adotado.
O grupo classificou ainda como “lamentáveis” os casos de racismo denunciados no último final de semana. Na televisão, o Carrefour disse que “todos os ofendidos têm nosso respeito e solidariedade”, ressaltou que implementou mais de cinquenta ações antirracistas nos últimos dois anos e disse que criou, em convênio com a Universidade Zumbi dos Palmares, um curso superior para agentes de segurança antirracista. Ao final do pronunciamento, o grupo se comprometeu a fazer “uma grande mobilização de combate ao racismo”.
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🚨CRISE: Carrefour se pronuncia na TV aberta após caso de racismo em uma de suas lojas em Curitiba: “Metade dos nossos 150 mil colaboradores são negros”. pic.twitter.com/kPn8tG0jJT
— CHOQUEI (@choquei) April 12, 2023
O posicionamento do Carrefour acontece depois que dois casos em diferentes supermercados do grupo vieram a tona no último final de semana. O primeiro foi no Atacadão em Curitiba, quando a professora Isabel de Oliveira tirou a roupa dentro do supermercado para mostrar que não havia roubado nada depois de ter sido seguida pelo segurança da loja. Bastante abalada, a professora contou que foi seguida por mais de meia hora e se sentiu como uma marginal, ela chegou a questionar ao segurança o motivo de estar sendo seguida e o mesmo negou e disse que só estava cuidando do setor. Depois do ocorrido, ela ligou na delegacia, onde ouviu que o caso não se configurava como racismo e ele “só estava cumprindo o seu papel”.
O outro caso foi denunciado por Vinícius de Paula, marido da jogadora de vôlei Fabiana Claudino. Vinicius contou que uma atendente se recusou a passar suas compras em um caixa preferencial que estava vazio, mas que passou as compras de uma mulher branca não preferencial em seguida.
Em seu comentário para o #J10, da GloboNews, na última segunda-feira (10), a jornalista Aline Midlej criticou o Grupo Carrefour, ressaltando que a empresa tinha “obrigação moral” de explicar o que estava sendo feito para combater o racismo nos estabelecimentos da marca. “O Carrefour tem uma obrigação moral de explicar o que foi feito até aqui e que não está funcionando claramente, porque se estivesse funcionando a gente não teria esses dois episódios”, disse.
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