O ex-BBB Matteus Amaral se pronunciou nesta sexta-feira (14) após ser acusado de fraudar cota racial no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR). Segundo ele, uma terceira pessoa realizou a sua inscrição e, por erro, escolheu a modalidade de cota racial para pessoas pretas.

“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção“, publicou Matteus através de uma nota oficial em seu perfil no Instagram. “Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”.

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O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) confirmou oficialmente que o ex-BBB ingressou na instituição através do sistema de cotas raciais. Em comunicado divulgado pelo jornalista Gabriel Perline, nesta sexta-feira, 14, a instituição reconheceu que Amaral se autodeclarou como pessoa preta no processo seletivo de 2014 para o curso de Engenharia Agrícola.

De acordo com o IFFAR, na época da inscrição de Amaral, a Lei de Cotas de 2012 exigia apenas a autodeclaração do candidato, sem qualquer mecanismo de verificação adicional. A instituição ressaltou que, apesar das cláusulas nos editais que alertavam para possíveis penalidades em caso de fraude, não houve denúncia formal que pudesse desencadear uma investigação interna naquele período.

Em paralelo, o ativista Antonio Isuperio encaminhou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando que sejam tomadas medidas legais contra Matteus Amaral Vargas e uma avaliação sobre a responsabilidade do IFFAR na questão. Na denúncia, o ativista argumenta que a fraude compromete a integridade do sistema de cotas raciais e que é essencial que haja consequências legais para todos os envolvidos.

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