Centenas de manifestantes marcharam em Londres, no Reino Unido, exigindo justiça por Chris Kaba, um rapper de 24 anos, desarmado, morto após levar um tiro fatal da polícia. Mas o canal Sky News relatou o comício do Black Lives Matter como uma reunião de pessoas lamentando a morte da rainha Elizabeth II.
De acordo com a revista Essence, a gafe revela a realidade de duas Inglaterra: uma maioria lamentando a morte da monarca mais antiga, símbolo do imperialismo e da colonização, enquanto a minoria continua a lutar contra o racismo.
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No dia 5 de setembro, o rapper britânico conhecido como Mad Itch, foi parado por policiais quando o carro foi sinalizado por uma câmera de reconhecimento de placas e o veículo havia sido ligado a um crime de arma de fogo nos dias anteriores. Segundo a BBC, iniciou uma perseguição e Kaba foi morto por um único tiro disparado através do lado do motorista depois que seu carro foi cercado por dois veículos da polícia em uma rua residencial.
Kaba recebeu os primeiros socorros dos policiais no local, mas morreu mais tarde em um hospital. A comissária assistente, Amanda Pearson, disse que o oficial envolvido na morte “foi suspenso do serviço”. A identidade do oficial não foi revelada.
Em uma busca detalhada, foi concluído que naquela noite, nenhuma arma de fogo foi recuperada do veículo ou do local. O Escritório Independente de Conduta Policial abriu um inquérito de homicídio.
“Nossos pensamentos e simpatias permanecem com a família e os amigos de Kaba. Entendemos o quanto as comunidades estão preocupadas, principalmente as comunidades negras, e agradecemos àqueles que estão trabalhando em estreita colaboração com nossos oficiais locais”, disse a comissária.
Segundo a publicação do Instagram do movimento Black Lives Matter “a família de Chris está exigindo o lançamento de imagens de câmeras corporais para eles, uma investigação oportuna, bem como um prazo específico para a investigação”. E completa: “A investigação não deve levar anos, mas sim algumas semanas ou meses no máximo”.
Em um comunicado da instituição Inquest a família também falou sobre o caso. “Estamos devastados; precisamos de respostas e precisamos de responsabilidade. Estamos preocupados que, se Chris não fosse negro, ele teria sido preso na noite de segunda-feira e não teria sua vida interrompida”.
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