Sem rótulos, por favor. Essa é a maneira como Lizzo vê seu corpo como pessoa pública. Ela não quer ser representante das gordinhas ou movimento Body Positive. Essa é uma das várias das opiniões reveladas na Marie Claire brasileira de Abril, onde a cantora é capa da edição que chega às bancas na próxima sexta-feira (3).
A autora e interprete de Jerome concedeu a entrevista para revista durante sua passagem pelo Brasil em fevereiro.
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Aos 31 anos e dona de três Grammy’s, Lizzo é instrumentista, compositora e rapper nascida em Detroit, uma das cidades mais violentas dos EUA, contou sobre sua criação, sua trajetória na música, a morte do pai e falou também sobre espiritualidade e os temas mais trabalhados em suas músicas: aceitação de seu corpo gordo e o empoderamento de mulheres negras.
“Trilhei meu caminho na música por muito tempo e tenho uma história incrível. Quando as pessoas a descobrem, vêm até mim e dizem: ‘Isso é inspirador’.”
Sobre suas primeiras referências musicais, assim como a maioria dos cantores negros famosos, tudo começou na igreja. “Minha criação foi muito religiosa, baseada na crença evangélica. Não podíamos usar calças na igreja, era proibido ouvir rap, pop, R&B, e até ir ao cinema, tudo era do diabo. Então só escutava música gospel”, explicou a cantora.
No quesito formas, que em muitos espaços ganham infelizmente mais atenção que a música da artista, ela foge da responsabilidade de representar mulheres grandes. “Não vou perder tempo falando do meu corpo. Você pode vê-lo, entende? Falo de coisas positivas, mas não vou esfregar ‘amo meu corpo, veja minha bunda’ na cara das pessoas. Sou uma garota grande e tenho consciência disso”.
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