Não são muitas as referências de homens gays ou bissexuais negros fazendo sucesso no mundo do rap e do pop, só por isso a presença de Lil Nas X (que tem apenas 22 anos) já é mais do que necessária e ele sabe disso. Logicamente, o cantor não é o único. Artistas como Kevin Abstract e Todrick Hall já falam abertamente sobre sexualidade, em suas músicas, há anos. Temos nomes como Frank Ocean, que assumiu sua bissexualidade em 2012 e, no Brasil, os cantores Rico Dalasam e Hiran, entre outros.
O fato é que, apesar da pouca idade, Lil Nas se mostra muito consciente do tamanho da sua plataforma e audiência (que conquistou com o hit “Old Town Road”). Recentemente, com o single “call me by your name” ele – corajosamente – decidiu cantar sobre e expressar sua sexualidade, o que – logicamente – incomodou conservadores e homofóbicos. Apesar das ameaças de boicote, o single se tornou um grande êxito comercial elevando a carreira do cantor a outro patamar (quem achou que ele teria apenas um hit, se enganou).
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Tem sido divertido e emocionante acompanhar a evolução de um artista ainda tão novo, mas que tem quebrado barreiras num universo ainda muito homofóbico do rap (e da música como um todo). Lil Nas tem levado com maestria sua arte para uma grande audiência jovem (muitos deles negros e LGBTs). Ele é, sem dúvidas, o ícone pop que eu queria ter tido na adolescência e demorou um pouco para aparecer, mas apesar do delay chegou… ainda bem. E que venham muitos outros!
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