A rapper Karol Conká foi a participante mais rejeitada da história do reality show Big Brother Brasil, da Globo. Enquanto a cantora estava na casa, diversas campanhas encabeçadas por grandes perfis do Instagram pediam a eliminação de Conka do programa, inclusive com ameaças a Jorge Conká, de 15 anos de idade, filho de Karol.
A então participante enfrentou o cancelamento quando ainda nem tinha saído do programa e perdeu milhões de seguidores, além de ter shows cancelados.
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Em entrevista à Folha de São Paulo, Karol Conka diz que esse ódio deveria ser direcionado ao governo federal e a situação do país em relação à pandemia. “Isso merece o gasto de energia para ir às redes ou às ruas protestar. Nossa raiva tinha que ser canalizada para isso. Então estou, estou de mãos dadas com todo mundo que é fora morte, fora Bolsonaro. Estou na torcida para que o milagre aconteça”, disse.
Para Karol o ódio virou uma espécie de esporte. “Isso mostra o quanto as pessoas amam odiar. É como se eu tivesse cometido uma atrocidade”, reflete a cantora que foi atacada com ofensas racistas, mostrando como a questão racial está ligada ao ódio direcionado à ela. “Quando essa diva sai do trilho, você vê que não existe esse acolhimento todo”,disse á Folha.
Nas redes sociais não houve acolhimento imediato para a compositora e isso gerou questionamento. “Eu ia falar ‘cadê a sororidade, cadê o movimento negro em massa?’. Não é passar a mão na cabeça, mas demonstrar apoio para o irmão que errou. Por que, quando um branco erra, a gente vê isso em massa nas redes sociais?”, aponta. Esse mesmo questionamento foi debatido nas páginas pretas sobre ela, Lucas Penteado e Lumena.
A rapper se prepara para lançar novas músicas após a boa recepção de “Dilúvio” e estamos de braços abertos para ouvir a talentosa Karol Conka. Para além de um recorte de 3 meses.
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