Julho das Pretas: Primeira-ministra de Barbados, Mia Motley, se encontra com Lula para fortalecer relações entre os dois países

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Julho das Pretas: Primeira-ministra de Barbados, Mia Motley, se encontra com Lula para fortalecer relações entre os dois países
Foto: Ricardo Stuckert

Texto: Ivair Augusto Alves dos Santos

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez uma postagem no Twitter dirigida a Rihanna. Ela também compartilhou uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, os quais tiveram uma reunião bilateral entre o Brasil e Barbados. Na legenda da publicação, Janja apenas escreveu um simples “Olá” para Rihanna, acompanhado de uma imagem representando o aperto de mãos entre Lula e Mia Motley.

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Rihanna, cujo nome completo é Robyn Rihanna Fenty, nasceu em Saint Michael, Barbados, e cresceu em Bridgetown antes de se mudar para os Estados Unidos ainda na adolescência para seguir carreira musical. Em 2018, ela foi nomeada Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Barbados, uma função que envolve a promoção da educação, turismo e investimento na ilha caribenha. Um ano antes, uma rua em que ela morava foi rebatizada de Rihanna Drive em sua homenagem. Em 2021, a cantora foi nomeada heroína nacional de Barbados durante uma cerimônia que marcou a independência do país em relação à monarquia britânica após cerca de 400 anos de vínculo.

Na ocasião, a artista e empresária recebeu os parabéns da primeira-ministra Mia Mottley: “Que você continue a brilhar como um diamante e honrar sua nação por meio de seus trabalhos, de suas ações”, disse Mottley a Rihanna, fazendo referência à música “Diamonds”, lançada em 2012.

A reunião entre Lula e Mia Motley serviu para aprofundar as relações entre os dois países e para a líder barbadiana expor suas ideias sobre a necessidade da reforma da estrutura financeira internacional. “Precisamos de uma estrutura que reconheça literalmente que os países que estão endividados precisam respirar e ter suas dívidas perdoadas e/ou reestruturadas. Também precisamos de uma estrutura que reconheça que os pobres não vivem apenas em países de baixa renda, mas também em países de renda média. A menos que queiramos ver a pauperização dos países de renda média novamente, precisamos reconhecer a vulnerabilidade que foi forjada nos países de renda média por causa da crise climática e por causa da pandemia [COVID-19] e, de fato, as pressões inflacionárias ocasionadas pela guerra Rússia/Ucrânia.”

A primeira-ministra Mia Mottley aproveitou a reunião de cúpula da União Europeia (UE)-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que não ocorria há oito anos para continuar seu apelo global por uma revisão da estrutura financeira internacional. “Algo está fundamentalmente errado com os processos globais de tomada de decisão que não nos permitem tomar decisões e agir com rapidez, e nosso povo, portanto, está perdendo a confiança nas instituições estabelecidas. (…)Uma filosofia que ainda vê o poder, uma filosofia que vê apenas o capital sem ver as pessoas (…) Se deixarmos as questões do passado sem solução, não poderemos nos unir para resolver os problemas do futuro”, alertou a líder barbadiana.

A reunião de cúpula ente a União Europeia (UE)-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) terminou com a Declaração da Cúpula CELAC-UE 2023, da qual destaco o item 10 que recupera a necessidade de nós brasileiros retomarmos a Declaração e o Plano de Durban, “Reconhecemos e lamentamos profundamente o sofrimento incalculável infligido a milhões de homens, mulheres e crianças como resultado do comércio transatlântico de escravos. Sublinhamos nosso total apoio aos princípios e elementos relacionados contidos na Declaração e Programa de Ação de Durban, abrangendo o reconhecimento de que a escravidão e o tráfico de escravos, incluindo o comércio transatlântico de escravos, foram tragédias terríveis na história da humanidade, não apenas por causa de sua barbárie abominável, mas também em termos de sua magnitude, natureza organizada e especialmente sua negação da essência das vítimas E também mostrar que a escravidão e o tráfico de escravos são um crime contra a humanidade.”

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