Ines Marchalek Zarpelon afirma que Natan Vieira da Paz “seguramente” integra grupo criminoso “em razão de sua raça”.
A advogada de Natan,Thayse Pozzobon, publicou em seu perfil no Instagram a sentença de cunho racista da juíza da 1ª Vara Criminal de Curitiba (PR) contra o seu cliente:
“Sobre sua conduta social, nada se sabe. Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente”, afirma a juíza, em decisão proferida no dia 19 de junho.
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Além da acusação de integrar organização criminosa, o homem também foi condenado por praticar furtos. Com isso, sua pena foi de 14 anos e 2 meses de prisão.
Nas redes sociais, Thayse acusou a juíza de violar a Constituição: “Organização criminosa nada tem a ver com raça, pressupor que pertencer a certa etnia te levaria à associação ao crime demonstra que a magistrada não considera todos iguais, ofendendo a Constituição Federal.
O Poder Judiciário tem o dever de não somente aplicar a lei, mas também, através de seus julgados, reduzir as desigualdades sociais e raciais. Ou seja, atenuar as injustiças, mas jamais produzi-las como fez a Magistrada ao associar a cor da pele ao tipo penal”.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Thayse Pozzobon também afirma que recorrerá da decisão de Inês Zarpelon e acionará o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o julgamento seja anulado.
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