A cantora Ludmilla cancelou sua participação no Prêmio Multishow deste ano e desabafou nas redes sociais sobre a realidade das indicações de artistas negros e LGBT às principais categorias de prêmios no Brasil. Reação da cantora vem após o anúncio dos indicados das categorias principais do Prêmio. Na postagem, Ludmilla apresentou uma série de números e dados que embasam seu posicionamento enquanto uma das cantoras brasileiras mais relevantes no cenário atual.
“Sou a primeira cantora negra da América Latina a acumular 1 bilhão de streams só no Spotify, hoje são mais de 1.5 bilhão de plays nas plataformas. Meus clipes somam 2.5 bilhões de views, Rainha da Favela ficou meses entre as músicas mais tocadas. São os números que falam!”, começou a cantora.
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Lud continuou enumerando os feitos de sua carreira e citando o “Numanice”, seu projeto de pagode lançado durante a pandemia e que, nas palavras da funkeira, “impactou a cultura brasileira e revolucionou o mercado do pagode de um jeito jamais visto, por ser uma mulher a frente do projeto, que garantiu o vídeo musical solo mais visto de 2021 por uma cantora pop brasileira”.
Ludmilla ainda relembrou o impacto que causou quando foi premiada em 2019. “Desde quando ganhei a primeira vez e impactei todo o sistema por ser a primeira cantora negra a ser indicada e a vencer essa categoria em 26 anos de prêmio, uma representante das minorias, uma cantora negra, bissexual, funkeira, periférica, nunca mais fui indicada na categoria “Cantora do Ano”. Infelizmente essa é a forma que o sistema te boicota!”, prosseguiu.
Por fim, a cantora cancelou sua participação na Premiação. “Venho por meio desse tweet avisar a todos e ao @multishow que não me apresentarei mais no prêmio esse ano. Obrigada pelo convite, mas onde não sou bem vinda prefiro não estar só por educação”, concluiu.
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