Ignorado pela mídia, conflito em Sudão chega a mais de 400 mortos e 3 mil feridos em meio ao fim do Ramadã

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Ignorado pela mídia, conflito em Sudão chega a mais de 400 mortos e 3 mil feridos em meio ao fim do Ramadã
Foto: AFP

Mesmo após o pedido de cessar-fogo e com o fim do Ramadã, o Sudão ainda está em conflito. Nesta sexta-feira (21) a Organização Mundial da Saúde (OMS), da ONU, divulgou a situação dos mortos e feridos no Sudão. Mais de 400 pessoas foram mortas e mais de 3,5 mil ficaram feridas até o momento desde o início do confronto entre o Exército de Sudão e as Forças de Apoio Rápido (FAR), na semana passada.

Segundo as informações da OMS, desde que começaram os confrontos entre o exército e os paramilitares na semana passada, mais de 400 pessoas morreram e mais de 3,5 mil estão feridas. Ao menos 55 hospitais estão fora de serviço por conta do combate.

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Na quinta-feira (20), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que as duas forças cessassem fogo pelo menos três dias em respeito a comemoração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, mês sagrado para os mulçumanos. “É um momento importante do calendário muçulmano. Penso que é um bom momento para que se mantenha um cessar-fogo. (…) peço um cessar-fogo de pelo menos três dias, por ocasião da celebração do Eid al Fitr, para permitir que os civis presos em zonas de conflito saiam e busquem atendimento médico, alimentação e outras necessidades essenciais”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. Além da ONU, os EUA também pediram um cessar-fogo.

Segundo as informações do Al Jazeera, o FAR disse que estaria pronto para um cessar-fogo de 72 horas nesta sexta-feira, mas os moradores de Cartum relataram tiros e explosões pelo sexto dia consecutivo.

Os confrontos começaram no último sábado quando os paramilitares, liderados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, dominaram pontos estratégicos do Sudão e deram início ao confronto contra o exército, liderado pelo chefe do Conselho Soberano do governo de transição do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan.

Burhan disse que não está disposto a negociar com o FAR e só aceitaria sua rendição. Em seu primeiro discurso desde o começo do embate entre os dois, Burhan disse que o exército está comprometido com uma transição para um governo civil.

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