Home Blog Page 92

Como os negócios podem ajudar a combater o racismo ambiental?

0
Foto: Mauro Pimentel/AFP

Por Juliane Sousa (*)

O racismo ambiental é uma forma de discriminação que afeta desproporcionalmente populações historicamente marginalizadas, especialmente negras, periféricas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas. O termo surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, quando Benjamin Franklin Chavis, assistente de Martin Luther King, o utilizou para descrever a injustiça racial na escolha deliberada de comunidades negras para a instalação de indústrias poluidoras e descarte de dejetos tóxicos. Desde então, o conceito evoluiu para abranger a distribuição desigual dos impactos climáticos e ambientais entre a população, atingindo de forma mais severa os mais vulneráveis.

No Brasil, o racismo ambiental reflete um longo histórico de desigualdades raciais e socioeconômicas. Comunidades periféricas e tradicionais frequentemente habitam áreas expostas a enchentes, deslizamentos, poluição e contaminações químicas. Foi que vimos, por exemplo, na recente catástrofe no Rio Grande do Sul, onde as áreas mais empobrecidas, ocupadas majoritariamente por negros, sofreram os maiores impactos. Esse cenário confirma a perpetuação desta injustiça no País. 

Na COP 27, em 2022, no Egito, o Racismo Ambiental foi tema oficial da conferência da ONU pela primeira vez. O acordo criou um fundo indenizatório por perdas e danos aos países mais empobrecidos e vulnerabilizados aos efeitos das mudanças climáticas. Também decidiu  que seria instalado um comitê para definir os critérios de distribuição ainda neste ano, tendendo a repercutir mundialmente ainda em 2024.

Mesmo sendo o segundo país com a maior população negra no mundo, o Brasil ainda possui grandes barreiras para reconhecer seus problemas raciais. Se continuarmos a negar essas injustiças, dificilmente solucionaremos os desafios ambientais, sociais e econômicos. Precisamos nos entender e, para isso, é necessário reconhecer nossos problemas e responsabilidades, dialogar sobre nossas questões e, principalmente, como podemos resolvê-las juntos.

No Sistema B Brasil, temos priorizado a justiça social em nossas ações. Em 2023, fortalecemos o coletivo Pretas B, firmamos parceria com o Pacto Global pela Equidade Racial e lançamos o Fundo B, um projeto que apoia empresas pretas e periféricas em suas jornadas de impacto. Exercemos, com isso, o papel também de influenciar e inspirar a Rede B, atualmente, com mais de 300 empresas, para buscarem soluções no tocante à questão racial e climática, com evento como o Café B, quando debatemos essa temática, além de iniciativas como a Amazônia Viva em parceria com a Economia de Comunhão. Essas iniciativas são exemplos de como o setor privado pode contribuir para combater o racismo ambiental, promovendo inclusão e reparação nos territórios onde atua.

Para enfrentar o racismo ambiental, também é fundamental visibilizar – ou contribuir para visibilização – das vozes das mulheres negras e povos tradicionais nos debates climáticos. Essas populações desempenham um papel central na preservação das comunidades tradicionais, mas muitas vezes não estão nos espaços que tomam decisões políticas sejam no âmbito público ou privado. 

Outra questão primordial para a proteção da floresta, é o incentivo da permanência dos jovens quilombolas rurais em suas comunidades, com oportunidades de trabalho e renda. Para isso, é necessário conhecer essas comunidades e suas necessidades, além de mapear o           os impactos que os negócios podem gerar nesses territórios, sejam positivos ou negativos. Pois, quando discutimos sobre a questão do racismo ambiental e impactos climáticos no país, estamos falando de cuidar da vida das pessoas, todas! Mas principalmente os que foram historicamente vulnerabilizados.               
___________________________

(*) Juliane Sousa é jornalista quilombola e gerente de Comunicação e Marketing do Sistema B Brasil 

FOTO 3X4: HUD BURK – Cantora

0
Foto: DIvulgação

Texto: Rodrigo França

Nesta coluna, pessoas que inspiram pela coragem de existir e transformam passos comuns em revoluções.

No coração do Rio de Janeiro, entre os morros e vielas do Complexo do Andaraí, nasceu uma voz que, aos poucos, vem moldando o futuro da música popular brasileira. HUD, filha de Aline Oliveira, cresceu sob os ritmos intensos da cidade e as canções de sua mãe, que, sem saber, foi sua primeira grande referência musical. Ainda menina, aprendeu a transformar o cotidiano em melodia, os desafios em acordes, a vida em arte.

HUD canta samba. Não qualquer samba, mas aquele que reverbera histórias de luta e reinvenção, que honra nomes como Dona Ivone Lara e Alcione, mulheres que moldaram os alicerces do gênero. E agora, com três anos de carreira profissional, HUD começa a ocupar o lugar que já lhe parece predestinado: a de ser a próxima sensação da música popular brasileira. Sua presença no palco não apenas canta, mas narra uma história – a de uma mulher negra retinta, trans, artista, cujos passos ecoam a caminhada de outras vozes, como Liniker e Majur, que desbravaram caminhos para que ela e tantas outras florescessem.

Foto: Divulgação

Mais do que uma intérprete, HUD é uma contadora de histórias. Sua trajetória é de um renascer constante, como ela mesma assume, enfrentando bloqueios internos, traumas e dores que, por muito tempo, tentaram silenciar sua voz. “Eu renasci, mais forte e capaz de resolver situações, capaz de lidar com meus problemas e tornar minha vida mais leve”, escreve com a força de quem venceu medos, olhando para o passado sem deixar que ele a impeça de seguir. HUD supera para existir. Não com leveza ingênua, mas com a firmeza de quem sabe que o amor-próprio é o caminho mais certo para a liberdade.

“Sou ela!”, afirma HUD, com uma voz que afugenta a transfobia e afirma a plenitude de ser quem é. Uma mulher trans feliz, negra, sambista, cuja identidade não é menor nem menos legítima. Suas palavras são um afrontamento à estrutura excludente que tenta apagar as múltiplas realidades das mulheres negras, mas também um abraço generoso a todas as pessoas que compartilham histórias de resistência.

HUD está em construção, como seus próprios projetos. Não há pressa, pois o que se constrói agora é alicerce, base para algo que transcende sua voz. Para HUD, ser inspiração não é apenas ser vista; é compartilhar experiências, observações, emoções. É fazer com que a vida de quem a escuta se transforme, nem que seja por uma única nota. Em suas palavras, há uma força que ultrapassa o individual, tornando-se coletiva, como se cada ouvinte carregasse consigo uma parte do Complexo do Andaraí, uma fração de sua infância, uma sombra de sua liberdade.

Foto: Divulgação

HUD canta sobre o que muitos não ousam dizer. Ela é, ao mesmo tempo, herdeira e renovadora do samba. Como as matriarcas que a inspiram, sua música é sagrada – mas com a irreverência de quem sabe que, para dialogar com o futuro, é preciso subverter as regras do presente.

HUD é o reflexo de uma geração que insiste em existir plenamente, mesmo diante dos desafios. Vozes como a dela nos lembram que renascer é um processo, que se vive uma, duas, infinitas vezes.

Uma estrela ascende.

‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas 

0
Fotos: Laura Campanella

A gente poderia não saber, mas ‘O Auto da Compadecida 2’ é o presente de Natal que os fãs precisavam. A sequência do clássico nacional estreia na próxima quarta-feira, 25 de dezembro, após 25 anos da realização do primeiro filme e está imperdível. Continua uma comédia leve, com críticas sociais e muita nostalgia. 

Vinte anos se passaram desde a primeira história, e agora marca o retorno emocionante da dupla João Grilo e Chicó, interpretados por Matheus Nachtergaele e Selton Mello. Chicó perdeu contato com João Grilo e pensava que ele estava morto, mas quando se reencontram, perceberam que a amizade continuava a mesma e ambos os personagens não mudaram em nada.

João Grilo ainda é um rapaz ligeiro com muita criatividade para pequenas trapaças, tentando sobreviver à pobreza, e Chicó arrumou outra dor de cabeça ao começar a se envolver com Clarabela (Fabiula Nascimento), filha do Coronel Ernani (Humberto Martins), um fazendeiro importante na cidade de Taperoá, no sertão nordestino.

Foto: Laura Campanella

Apesar desse envolvimento, seu coração sempre pertenceu a Rosinha (Virgínia Cavendish), de quem também acabou se desencontrando durante muitos anos. Mas sua busca incansável ainda trará a sua amada de volta. Ela é a única personagem que evoluiu desde o primeiro filme. Antes uma menina meiga, aos cuidados do pai, agora uma caminhoneira e mulher independente. 

O cangaceiro Joaquim Brejeiro (Enrique Díaz), também retorna ao elenco, a princípio pouco evoluído, pela experiência de ver João Grilo ressuscitar no primeiro filme, acreditando no milagre da vida, e agora trabalha nas terras do Coronel, mas ainda é preciso tomar cuidado com suas atitudes violentas quando se irrita com algo. 

A eleição na pequena cidade de Taperoá é o que vai movimentar o roteiro da trama, já que João Grilo vai tentar enganar dois candidatos a prefeito, o Coronel Ernani e o Arlindo (Eduardo Sterblitch), dono da única rádio da cidade. Como seus planos quase nunca dão certo, desta vez ele contará com a ajuda de um novo amigo, o Antônio do Amor, interpretado por Luis Miranda.

Foto: Laura Campanella

O ator, que já é excepcional para transformações cômicas, viverá um personagem que adora se passar por outras pessoas para tirar vantagens e usará esse talento para tentar ajudar João Grilo e Chicó a sair de mais uma furada. Seu papel fundamental e envolvente lhe faz parecer fazer parte dessa turma há muito tempo. 

Apesar da ajuda de Antônio do Amor, isso ainda não será o suficiente, e novamente, Grilo precisará da Compadecida, desta vez vivida por Taís Araujo. A aparição de Nossa Senhora sem dúvidas é um dos momentos mais aguardados do filme e a cena faz jus ao que o público aguardava. Taís surge deslumbrante, serena e iluminada. Uma breve cena, assim como no primeiro filme, mas com magia o bastante para encantar o público e se destacar entre as mais lindas cenas do cinema nacional. 

Para a comunidade negra, este momento pode ser ainda mais emocionante, pois toca em um ponto sensível de representatividade, além de ser com uma atriz esplêndida, que por muito tempo, era a única negra que assumia papéis relevantes na televisão. 

Foto: Laura Campanella

Taís, no seu papel de Nossa Senhora, em uma visão materna, seja como uma figura religiosa a quem recorremos ajuda em momentos de necessidade, ou seja essa mãe negra que protege e acolhe seus filhos. Para ambas as ocasiões, bem contempladas com um diálogo profundo sobre erros, acertos, recomeços e fé. 

Levando em consideração que se passaram 25 anos desde o primeiro filme, os efeitos visuais de agora estão mais avançados, mas sem perder a essência do clássico. A trilha sonora, que também será lançada para o público no dia 25 de dezembro, é o encaixe perfeito para a comédia, especialmente a música “Como Vai Você” na voz do cantor Chico César, que representa o amor de Chicó e Rosinha, e nos deixa envolvidos com a cena. 

Fazer a sequência de um filme tão amado pelos brasileiros é um grande desafio, mas o roteirista João Falcão e os diretores Guel Arraes e Flávia Lacerda, novamente trouxeram o orgulho nordestino para as telas do cinema, acertando com o retorno do elenco, na inclusão dos novos personagens, a cultura popular, além de abordar os “novos velhos” desafios da pobreza que assola o sertão ao falar sobre a fome e o analfabetismo, sem perder a leveza da trama. ‘O Auto da Compadecida 2’ vale todas as salas de cinema lotadas! 

Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil

0
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A trajetória artística e pessoal de Leci Brandão será celebrada em grande estilo no próximo domingo (22), às 13h, no programa Samba na Gamboa, da TV Brasil. Comandada por Teresa Cristina, a edição inédita homenageia os 80 anos de vida e as cinco décadas de carreira de uma das vozes mais emblemáticas do samba brasileiro.

Durante a atração, as duas sambistas compartilham memórias, interpretações marcantes e reflexões sobre a música e o legado de Leci. Teresa Cristina ressalta a convivência da homenageada, ainda jovem, com ícones como Cartola e Dona Ivone Lara. Primeira mulher a integrar a ala de compositores da Mangueira, Leci também se destacou por gravar suas próprias composições, muitas delas com forte teor social.

“Procurei fazer da arte uma forma de defender as pessoas, independente da pauta que fosse”, afirma Leci durante o programa. A sambista relembra que enfrentou desafios ao abordar temas como negritude, desigualdade social, intolerância religiosa e diversidade sexual em suas letras, especialmente durante o período da ditadura militar. “Mesmo tendo ficado alguns anos fora de gravadoras e da mídia por causa disso, nasci pra cumprir essa missão com verdade”, completa.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

No repertório da homenagem, Leci interpreta sucessos que marcaram sua carreira, como “Zé do Caroço”, “Isso é Fundo de Quintal” e “Antes que eu volte a ser nada”. Juntas, ela e Teresa Cristina também cantam clássicos do samba, como “Corra e Olhe o Céu”, de Cartola e Dalmo Castello, e “Papai vadiou”, de Rody e Gaspar do Jacarezinho.

A edição celebra não apenas a música, mas também o papel de Leci como defensora das causas sociais e voz de resistência. “Samba é mais que música, é história e luta”, resume Teresa Cristina durante o programa.

O Samba na Gamboa faz parte da programação especial da TV Brasil em homenagem à cultura popular e reforça o protagonismo de artistas que, como Leci, transformaram o samba em instrumento de transformação social.

Netflix anuncia documentário sobre trajetória de Mike Tyson

0
Foto: Matt Winkelmeyer / GETTY IMAGES

A Netflix anunciou, na última quinta-feira (19), a produção de um documentário em três partes sobre a trajetória do boxeador Mike Tyson. De acordo com o portal Deadline, a série, ainda sem título, promete abordar desde o auge da carreira do atleta — o mais jovem campeão mundial dos pesos pesados da história, aos 20 anos, em 1986 — até seus desafios fora do ringue, incluindo questões financeiras, abuso de substâncias e polêmicas públicas.

O anúncio ocorre após o sucesso de transmissão da luta entre Tyson e Jake Paul, que se tornou o evento esportivo mais assistido na história da plataforma de streaming.

Com direção de Floyd Russ, conhecido por trabalhos como Untold: Malice at the Palace e American Manhunt: The Boston Marathon Bombing, o documentário pretende ir além das glórias esportivas, trazendo uma análise aprofundada sobre Tyson. “Será uma jornada desafiadora, mas acolhedora”, declarou o ex-lutador. “A maioria das pessoas tenta ser o herói de suas próprias histórias, mas é preciso encarar o homem no espelho, com seus altos e baixos, para oferecer um relato completo.”

Produzida pelos estúdios EverWonder, DLP Media Group e Five All In The Fifth, a série integra a crescente oferta de conteúdo esportivo da Netflix, que inclui títulos como Formula 1: Drive to Survive e Full Swing, além de eventos ao vivo como o NFL Christmas Gameday.

ONU lança Segunda Década Internacional de Afrodescendentes com foco em justiça e igualdade

0
Foto: ©UNFPA/Solange Souza

A Assembleia Geral da ONU adotou, na última terça-feira (17), uma resolução que estabelece a Segunda Década Internacional de Afrodescendentes, com vigência de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2034. O período será dedicado ao tema “Pessoas Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.

Proposta pelo Brasil em parceria com países como Estados Unidos, Colômbia e Jamaica, a resolução A/79/L.25 dá continuidade às iniciativas promovidas durante a Primeira Década (2015-2024), que buscou fortalecer os direitos humanos das populações afrodescendentes e combater a discriminação racial em âmbito global.

Durante a Primeira Década, mais de 30 países implementaram mudanças legais e políticas para enfrentar o racismo, além de ações das Nações Unidas que capacitaram líderes jovens, valorizaram a cultura afrodescendente e culminaram na criação do Fórum Permanente de Afrodescendentes, em 2021.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, destacou, em novembro, os avanços do último período, mas alertou para os desafios ainda existentes. “Uma década apenas foi incapaz de resolver o legado de séculos de escravidão e colonialismo”, afirmou. Segundo ele, persistem barreiras históricas e sistêmicas que impedem a plena realização dos direitos das pessoas afrodescendentes.

Entre os objetivos centrais da nova década está a elaboração de uma declaração da ONU para reforçar o compromisso com os direitos humanos dessas populações. Türk defendeu ações efetivas para enfrentar o racismo estrutural e promover justiça reparatória.

A resolução reforça a necessidade de engajamento coletivo de Estados e sociedade civil para alcançar mudanças concretas e duradouras. “São necessárias ações ousadas para garantir os direitos e liberdades das pessoas afrodescendentes e entregar justiça racial”, afirmou Türk.

Dendezeiro lança coleção inédita inspirada em “Mufasa: O Rei Leão”

0
Foto: Gui Luz

A Dendezeiro, uma marca negra reconhecida por sua inovação e representatividade na moda brasileira, lançou na quarta-feira, 18 de dezembro, uma coleção inédita inspirada em “Mufasa: O Rei Leão”, que estreou nos cinemas ontem, dia 19. A proposta une tradição e contemporaneidade, celebrando a ancestralidade, a conexão com a natureza e a força de quem constrói sua própria trajetória. As peças transcendem a moda, transformando-se em manifestações culturais.

Composta por oito looks, a coleção combina o universo africano de O Rei Leão com a estética nordestina da Dendezeiro. Cada peça reflete elementos e personagens do filme, reinterpretados sob a ótica da marca baiana. Tons terrosos, amarelos vibrantes, verdes intensos e texturas naturais, como palha e couro, conectam visualmente as savanas africanas ao sertão brasileiro.

Foto: Gui Luz

“É incrível quando a gente desenvolve um trabalho que se conecta com o mundo, e é cada dia mais importante que a Bahia seja o mundo. É uma honra sem tamanho cuidar da arte de Barry Jenkins (diretor do filme) e transformar isso a partir da nossa visão. Mostra não só a potência da moda nacional, mas como a Bahia é uma fonte inesgotável de criatividade. A Dendezeiro é uma prova de que o design emergente é sinônimo de futuro e por isso a gente está muito empolgado em mostrar o que construímos”, afirma Hisan, CEO e Diretor Criativo da Dendezeiro.

Reconhecida pelo site Mundo Negro como a maior grife negra do Brasil, a Dendezeiro é comandada por Hisan Silva e Pedro Batalha, que figuram na lista The Next 100 da Hypebeast. A marca conta com o apoio da Ashé Ventures, fundada pela atriz Viola Davis e o empresário Maurício Mota, que prioriza o Soft Power brasileiro. Na última edição do São Paulo Fashion Week, a Ashé foi patrocinadora master do desfile da Dendezeiro.

Foto: Gui Luz

Este ano, a marca conquistou mais de dez prêmios, incluindo “Marca do Ano” pelo Instituto C&A e Bazaar Brasil, além de reconhecimento internacional com o projeto “Respeita meu Capelo”, vencedor de um Leão de Prata no Cannes Lions e de um bronze na categoria Brand Experience & Activation.

A coleção Mufasa: O Rei Leão reflete um encontro poderoso entre o storytelling da Disney e a criatividade da Dendezeiro. Inspirado no símbolo de liderança e legado que Mufasa representa, o projeto reforça a visão da marca: empoderar pessoas a expressarem autenticidade, poder e orgulho cultural por meio da moda.

Foto: Gui Luz

“Acredito que existe uma explosão cultural dentro dessa parceria. Uma vez que o universo de ‘O Rei Leão’ conecta pessoas no mundo todo, a visão da Dendezeiro sobre esse projeto cria uma ponte entre a identidade nordestina e outros países. Além disso, reflete o olhar de uma empresa global que enxerga potencial na moda brasileira”, afirma Pedro, também CEO e Diretor Criativo da Dendezeiro.

Mara Ronchi, Head de Produtos de Consumo da Disney Brasil, reforça: “Diversidade, Equidade e Inclusão é um tema de extrema relevância para a The Walt Disney Company e permeia todas as nossas linhas de negócio. O lindo trabalho realizado pela Dendezeiro para ‘Mufasa: O Rei Leão’ mostra toda a potência criativa do nosso país, e reforça atributos importantes dessa história como a ancestralidade e a cultura africana”.

Foto: Gui Luz

A coleção, desenvolvida como um projeto artístico, apresenta peças únicas que não estarão disponíveis para venda.

Ficha Técnica

Diretor Criativo – Hisan Silva (@hisandeverdade)

Fotografia – Gui Luz (@guiluz__)

Videomaker – Leonardo (@leonardo.mf)

Drone: Agência lopes (@agency.lopes)

Social media – Gian Almeida (@gianallmeida)

Produção Executiva – Lorena Gomes (@llorena.gomes)

Gerente de Projeto – Ana Carolina Soares (@carol_cssoares)

Ass. de Produção – Camila Aduke (@camilaadukefotografia)

Beauty – Weiny (@Weinymk)

Ass. Beauty – Pamela Cássia (@pamelacassia20)

Styling  – Hisan Silva (@hisandeverdade)

Ass. Styling – Fernanda Monteiro (@afemonteiro)

Foto: Gui Luz

Modelos: 

Huan Pedroso (Zazu) (@huan.pedroso), Felipe Cruz (Skar) (@lipecruzz_), Renan Luz (Raafiki) (@wuzrenan), Tom Sant (Crocodilo) (@wevertonsant4), Lucas Gringo (Leão do frio) (@llucas__griingo), Ian Cerqueira (Mufasa) (@iancerqueiraa), Maria Clara (Sarabi) (@m.claraleiite) e Luna Marta (Deserto) (@_lunamarta)

Foto: Gui Luz

Café Quilombo busca “aquilombar” o varejo em parceria com Rede Hirota

0

A Café Quilombo, marca que utiliza o café como meio para promover a ancestralidade negra, firmou parceria com a Rede Hirota, uma das maiores redes de supermercados de São Paulo. A colaboração disponibiliza o café Dandara, moído, com torra média e sabor gourmet, em cinco unidades da rede: três no bairro Ipiranga, além de lojas no Morumbi e Santa Cecília.

“Estar nas gôndolas do Hirota é mais do que uma conquista comercial. É uma forma de mostrar nossa força e resiliência, atributos também presentes nos nossos grãos”, afirma Danilo Negrete, fundador da Café Quilombo. “O Hirota tem um público fiel e exigente, e nossa presença lá reforça a força e o alinhamento da nossa marca com os melhores produtos do mercado.”

O grão escolhido, Robusta (ou Conilon), é conhecido por sua intensidade e resistência e, segundo Negrete, reflete a identidade da marca. “Durante muito tempo, o grão Robusta foi desvalorizado, mas escolhemos justamente por refletir nossa identidade. Ele é forte e resistente, assim como a trajetória do povo negro, que luta pela superação e protagonismo. Para nós, ele é mais do que um ingrediente – é um símbolo de resistência.”

Danilo Negrete : Foto Divulgação
 Danilo Negrete.  – Foto: Divulgação

A escolha pelo café Dandara atende ao perfil dos consumidores da Rede Hirota, que buscam qualidade e intensidade. A previsão para 2025 é de expansão para mais unidades e início das vendas online.

“Nosso objetivo é ‘aquilombar’ o varejo nacional, trazendo para as gôndolas nomes e histórias de personalidades que ajudaram a escrever nossa história”, conclui Negrete.

Negrete também ressalta que a presença nos supermercados facilita o acesso aos produtos da marca. “Muitos preferem fazer compras em mercados de bairro, perto de casa. Nossa presença no Hirota facilita o acesso aos nossos produtos e nos aproxima ainda mais dos nossos clientes, proporcionando uma experiência mais rica, com degustações e trocas de conhecimentos sobre o café.”

A Café Quilombo busca fortalecer o mercado de cafés especiais, destacando histórias ligadas à ancestralidade negra e à valorização do café brasileiro.

‘Mufasa: O Rei Leão’ reacende memórias e apresenta novas lições

0
Imagem: Divulgação

Começo a escrever o texto e, no início, preciso dizer que fiquei emocionada ao assistir ‘Mufasa: O Rei Leão’. O filme, que conta a narrativa do pai de Simba, me tirou lágrimas nos minutos iniciais porque, há 30 anos, fui pela primeira vez ao cinema assistir à animação da Disney e agora, em 2024, levei meu filho ao tela grande pela primeira vez para assistir à prequela.

‘Mufasa: O Rei Leão’ trouxe para aqueles que, como eu, viveram a infância nos anos 90, uma certa nostalgia. O filme não decepciona, apesar das adaptações feitas na narrativa pelo cineasta Barry Jenkins. Na tentativa de responder a algumas perguntas sobre os primeiros anos de vida de Mufasa, dublado na fase adulta pelo ator Pedro Caetano, ou como o Rei Leão conheceu Sarabi, mãe de Simba, as histórias se desenrolam com certa rapidez.

Mesmo assim, a narrativa de Mufasa ajuda a resgatar memórias e sentimentos ligados à animação de 1994 – talvez até mais do que o remake live-action de 2019, dirigido por Jon Favreau. Acredito que esse resgate de sentimentos aconteça porque, assim como Simba, já crescemos e estamos muito mais parecidos com nossos pais e de alguma maneira podemos nos identificar com os desafios vividos pelo nosso herói. Mas não se enganem: diferente de Simba, que encontrou seu caminho com os amigos Timão e Pumba sob a filosofia de ‘Hakuna Matata’, a jornada de Mufasa é, no final das contas, sobre a relação entre os irmãos Taka, dublado pelo estreante Hipólyto, e Mufasa. Ela mostra como esse laço de irmandade vai se enfraquecendo aos poucos, conforme um leão triunfa sendo corajoso, leal e generoso, enquanto o outro sente que o irmão é uma ameaça às suas ambições.

Ficar juntos era uma missão para os familiares, mas o ciclo da vida, que aqui segue um roteiro, destina que cada um deles faça escolhas diferentes, afastando-os e levando-os para caminhos opostos. Taka passa a alimentar ressentimentos pelas realizações de Mufasa, o que define o destino trágico da relação entre os dois no futuro.

O longa também traz de volta personagens queridos, como Rafiki e Zazu: o babuíno que se torna um grande conselheiro de Mufasa, e o pássaro calau de bico vermelho, que, como vimos no clássico de 1994, será um aliado fiel do futuro rei.

Em sua essência, ‘Mufasa: O Rei Leão’ entrega uma narrativa emocionante que honra o legado do original, convidando novas gerações a explorarem esse universo. Ao mesmo tempo, reacende a magia para quem cresceu com o clássico, mostrando que, tal como o ciclo da vida, no final das contas, cada um de nós escolhe o próprio caminho.

Thiaguinho será atração principal em intervalo de jogo da NBA

0
Foto: William Castro

Vai ter ousadia e alegria na NBA! O cantor Thiaguinho se apresentará durante o intervalo do jogo entre Orlando Magic e Portland Trail Blazers, válido pela NBA, a principal liga de basquete dos Estados Unidos. A confirmação foi anunciada nesta quarta-feira (18).

“Eu sou uma pessoa apaixonada por esportes, cresci com o esporte muito vivo dentro da minha casa. Apesar do Brasil ser o país do futebol, gosto muito de acompanhar o basquete e outros esportes. Vai ser uma experiência maravilhosa. Sem falar que a comunidade brasileira de Orlando é gigante. Tenho certeza que a recepção vai ser incrível e vou colocar todo mundo para curtir um pagode”, celebrou o pagodeiro.

O evento, intitulado “Brazil Night”, acontecerá no dia 23 de janeiro, na arena Kia Center, em Orlando, Flórida. A iniciativa tem como objetivo celebrar a comunidade brasileira local.

Orlando é um dos destinos favoritos dos brasileiros. Com o objetivo de fortalecer a conexão com o Brasil, o Orlando Magic mantém até mesmo perfis oficiais em português.

error: Content is protected !!