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Ana Telles, Nina Silva e Ismael Carvalho compartilham trajetórias na live do Inovahack

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Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Na próxima terça-feira, 12 de novembro, o Inovahack MBM Salvador abre sua programação com uma live especial, às 20h, reunindo histórias poderosas de três profissionais que são referência em inovação e empreendedorismo no Brasil. 

Entre os convidados está Ana Telles, empresária multimilionária que, após viver em situação de rua, construiu um império no setor de cosméticos, consolidando-se como modelo de superação e criatividade no mercado. Também participará Nina Silva, executiva de tecnologia com reconhecimento internacional, que dedica sua carreira à democratização das ferramentas digitais e à ampliação da representatividade no setor, inspirando jovens e profissionais a enxergarem a tecnologia como aliada de transformação. Completando o trio está Ismael Carvalho, influenciador digital e produtor de conteúdo, que conecta o público soteropolitano ao cenário nacional e atrai a juventude ao universo da economia criativa por meio de suas experiências e engajamento local.

Cada um dos convidados trará insights sobre como vencer barreiras, investir em inovação e impulsionar projetos com foco em tecnologia e criatividade, fazendo da live um ponto de partida essencial para quem deseja explorar novas perspectivas e transformar seus próprios caminhos. “Nosso objetivo com essa live é trazer exemplos reais de transformação para inspirar o público a ver o potencial da economia criativa como motor de desenvolvimento”, afirma Alan Soares, CSO do MBM.

Após essa abertura online, o Inovahack MBM Salvador segue com uma programação intensa entre 15 e 17 de novembro, incluindo workshops práticos, mentorias e desafios focados em inteligência artificial aplicada à economia criativa. Além disso, o evento oferece momentos de networking para que empreendedores e estudantes possam trocar ideias e fortalecer parcerias no ecossistema regional. Com o apoio de patrocinadores como o BNDES e a Ambev, além de instituições locais como o Banco do Brasil, Rede Bahia e Sebrae Bahia, o Inovahack se consolida como uma plataforma importante para impulsionar a inovação no Nordeste.

As inscrições para a live e para as atividades presenciais seguem abertas no site oficial do Inovahack MBM Salvador, convidando interessados a se engajarem em uma experiência única de aprendizado e troca no cenário da inovação e tecnologia.

‘Sintonia de Natal’: nova comédia romântica natalina estreia na Netflix

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Foto: Sophie Giraud/Netflix © 2024

‘Sintonia de Natal’, a nova comédia romântica natalina estrelada por Christina Milian (Amor de Aluguel) e Devale Ellis (Lista Negra), estreou na quarta-feira (6), no catálogo da Netflix.

O longa abre a temporada das produções de final de ano no streaming e já alcançou o primeiro lugar dos filmes mais vistos no Brasil pela plataforma.

Segundo a sinopse, Layla vive em busca de um romance de contos de fadas e precisa percorrer Nova York com a ajuda de um funcionário simpático para conseguir o ingresso mais disputado da cidade: o show de Natal do Pentatonix. Ela tem esperança de reencontrar o homem dos seus sonhos, que conheceu há um ano e prometeu rever no evento. 

Dirigido por Rusty Cundieff, o elenco do longa também conta com Kofi Siriboe (Viagem das Garotas), Kalen Allen e Mitch Grassi.

Estudo aponta que 87,8% das mortes por ação policial no Brasil são de pessoas negras

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Foto: Polícia Militar do Estado da Bahia/Divulgação
Foto: Polícia Militar do Estado da Bahia/Divulgação

Um relatório divulgado nesta quinta-feira (7) pela Rede de Observatórios da Segurança revelou números alarmantes sobre a letalidade policial no Brasil em 2023. O levantamento, intitulado “Pele Alvo: mortes que revelam um padrão”, foi elaborado a partir de dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) em nove estados e indica que, entre 4.025 pessoas mortas por policiais, 87,8% eram negras. Dentre os estados monitorados, Pernambuco, Bahia e Amazonas lideram em taxas de letalidade policial entre pessoas negras, com percentuais que ultrapassam os 90%.

O relatório também aponta que a maioria das vítimas são jovens, especialmente entre 18 e 29 anos. Além disso, 243 adolescentes entre 12 e 17 anos foram mortos nos estados analisados. Segundo a cientista social Silvia Ramos, coordenadora da Rede, o aumento da violência policial em alguns estados, como a Bahia, está relacionado a uma política de segurança pública que incentiva o uso da força. Ela classifica os números como “escandalosos” e afirma que eles refletem um racismo estrutural profundo, presente em diversas esferas da sociedade.

“Na cultura policial, os estereótipos raciais são constantemente reforçados. O policial aprende a tratar de maneira distinta um jovem branco de terno, no centro da cidade, de um jovem negro de bermuda e chinelo na favela. A realidade é que 99,9% dos jovens negros das periferias estão nessa condição. Todos acabam sendo vistos como potenciais alvos e ameaças, como se a polícia tivesse o direito de eliminá-los quando necessário”, afirma a cientista em entrevista concedida à Agência Brasil.

Apesar de altas taxas de letalidade, alguns estados apresentaram reduções no número de mortes causadas por policiais. O Amazonas registrou uma queda de 40,4%, seguido por Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro, embora esses índices ainda sejam considerados alarmantes. Em contrapartida, estados como Ceará e Pará continuam a registrar aumento nas mortes de pessoas negras.

O estudo ressalta ainda uma falta de transparência em relação aos dados raciais das vítimas. No total, 856 pessoas mortas em intervenções policiais não tiveram sua cor informada, dificultando uma análise completa e precisa do perfil das vítimas. A Rede de Observatórios destaca que a inclusão dessas informações é essencial para a formulação de políticas públicas mais eficazes.

Em resposta ao relatório, algumas secretarias estaduais de segurança se manifestaram. No Pará, a redução das mortes foi atribuída ao uso de câmeras corporais e ao investimento na capacitação dos agentes. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Segurança Pública questionou a metodologia do estudo, e em São Paulo, a Secretaria afirmou que as mortes são resultado de reações dos suspeitos às intervenções policiais. Já no Ceará, houve um compromisso com o combate ao racismo institucional.

O levantamento traz à tona questões cruciais sobre a abordagem da segurança pública no Brasil e aponta para a urgência de medidas que garantam uma atuação policial mais justa e inclusiva.

Halle Bailey critica ex-namorado por mostrar filho em transmissão ao vivo: ‘Não fui notificada’

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Foto: Reprodução

A atriz e cantora Halle Bailey fez uma publicação nas redes sociais após saber que seu filho de 9 meses, Halo, foi exibido durante uma transmissão ao vivo sem sua permissão. A live foi realizada no último dia 6, quando o ex-namorado de Bailey e pai de Halo, o rapper DDG, levou o bebê para frente das câmeras durante uma participação no “Mafiathon 2”, programa de Twitch de Kai Cenat.

A situação piorou quando Cenat decidiu cortar a cena da transmissão ao vivo para publicá-la posteriormente em seu canal no YouTube. Bailey, que estava fora da cidade na ocasião, falou sobre sua frustração em uma postagem no X: “Não fui informada ou notificada e estou extremamente chateada por ter meu bebê na frente de milhões de pessoas”. A atriz ressaltou seu papel protetor como mãe, destacando a tristeza de não ter sido avisada enquanto estava distante do filho.

O episódio ocorre poucas semanas após Bailey revelar publicamente, em uma publicação no Snapchat, que lida com “ansiedade paralisante” ao viajar a trabalho sem Halo. No dia 15 de outubro, a cantora compartilhou uma sequência de fotos com o filho e pediu conselhos às mães sobre como lidar com a separação ao sair para trabalhar.

Bailey e DDG, que anunciaram o término do relacionamento no início de outubro, destacaram o compromisso com a co-parentalidade. Na época, o rapper afirmou que ambos optaram pela separação após “muita reflexão” e que o amor e o respeito entre os dois continuam, focando agora na criação conjunta de Halo.

Poema de Conceição Evaristo inspira tema da 36ª Bienal de São Paulo sob curadoria do camaronês Bonaventure Ndikung

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O poema “Da calma e do silêncio”, da escritora Conceição Evaristo, será a chave para o tema da 36ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, programada para 2025. A linha “Nem todo viandante anda estradas”, retirada dos versos de Evaristo, compõe o título da próxima edição e orienta a proposta curatorial do camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, que pretende explorar a “humanidade como prática”.

De acordo com o jornal O Globo, durante uma entrevista coletiva realizada no final de outubro no Parque Ibirapuera, Ndikung contou que, ao receber o convite da Bienal, estava em uma viagem de pesquisa pela Nigéria e lia os versos finais de Evaristo: “Nem todo viandante anda estradas, há mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra”. Segundo ele, a força do poema o inspirou a trazer uma nova perspectiva sobre humanidade. “Esse verso de Evaristo foi um chamado para rever o conceito de humanidade longe da colonialidade e das imposições religiosas. Queremos ver a humanidade como prática viva e não apenas como substantivo.”

Para o curador, os versos de Conceição Evaristo representam um convite à desaceleração, ao silêncio e à escuta do que está fora dos caminhos mais percorridos. “Estamos acostumados a falar de humanidade como um dado, mas Evaristo nos lembra que há outras maneiras de vivê-la, e que nem todo mundo segue o mesmo caminho. Existem experiências humanas que só a poesia permite acessar,” afirmou Ndikung, destacando que a Bienal buscará capturar essa essência, enfatizando o silêncio como meio de entendimento profundo e a poesia como uma forma de resistência.

O poema de Evaristo inaugura o primeiro dos três eixos curatoriais da Bienal, todos estruturados a partir de peças poéticas que inspiram novos olhares sobre a humanidade. Este primeiro eixo convida os visitantes a uma reflexão sobre tempo, espaço e conexão com a natureza — a Bienal propõe, nas palavras da cocuradora Anna Roberta Goetz, uma “reivindicação do tempo e do espaço para permitir uma humanidade que respira e que se silencia”.

Ndikung destacou que a Bienal pretende, portanto, explorar um conceito expandido de humanidade, que se aproxime mais das experiências múltiplas e submersas que os versos de Evaristo evocam.

A Bienal de São Paulo promete também incorporar o espírito de Evaristo por meio de “Invocações”, uma série de eventos que antecedem a mostra, e levam esse convite ao silêncio e ao diálogo para quatro locais ao redor do mundo.

Kamala Harris encoraja eleitores no 1º discurso após a eleição: “não é o momento de desistir”

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Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou pela primeira vez após ser derrotada nas eleições presidenciais, na Universidade de Howard, onde ela se formou, na tarde desta quarta-feira, 6 de novembro. 

A democrata reconheceu a derrota para Donald Trump e defendeu uma transição pacífica de poder. “Sei que as pessoas estão sentindo uma série de emoções agora, mas precisamos aceitar os resultados desta eleição”, afirmou. Mais cedo, ela havia ligado para adversário para parabenizá-lo pela vitória.

Ela também agradeceu pela confiança de seus eleitores, o presidente Joe Biden e o vice dela na chapa, Tim Walz, e a sua família. “Meu coração está pleno de gratidão pela confiança que vocês tiveram em mim. Está também cheio de amor pelo nosso país e pela vontade de seguir adiante”, disse.

Harris deixou um discurso motivador, especialmente para os jovens. “Não há problema em se sentir triste e decepcionado. Na campanha, eu costumava dizer que, quando lutamos, vencemos. Às vezes, a luta demora um pouco. Isso não significa que não venceremos. O importante é nunca parar de tentar tornar o mundo um lugar melhor. Vocês tem poder!”, afirmou. 

“Nunca dê ouvidos quando alguém lhe disser que algo é impossível porque nunca foi feito antes. Você tem capacidade de fazer um bem extraordinário no mundo. E então, para todos que estão assistindo, não se desesperem. Este não é o momento de desistir. Este é o momento de arregaçar as mangas”, finalizou o discurso encorajando o público. 

Pela manhã, a apuração de votos projetou que o republicano Donald Trump conquistou os mais de 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral para retornar à presidência dos Estados Unidos, enquanto Kamala Harris alcançou 226 delegados.

Sobrinho negro do rapper Eduardo Taddeo é morto a 8 tiros por PM no OXXO e família crítica violência

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um jovem negro foi morto a tiros por um policial militar de folga em frente a um mercado OXXO na zona sul de São Paulo, no último domingo (3). Gabriel Renan da Silva Soares, 26, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, ex-integrante do grupo Facção Central, foi alvejado oito vezes após ser acusado de tentativa de furto. O caso, registrado na Avenida Cupecê, Jardim Prudência, está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A morte de Gabriel foi denunciada por Taddeo em um vídeo nas redes sociais, no qual o rapper criticou a ação policial e a violência direcionada a jovens negros e periféricos. Taddeo afirmou que o sobrinho foi morto de forma desproporcional e pediu que a comunidade periférica boicote estabelecimentos que, segundo ele, contribuem para a criminalização de suas comunidades.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou em nota que o caso está sob investigação do DHPP, que solicitou exames periciais e está realizando outras diligências para apurar as circunstâncias da ação. A SSP assegurou que todas as evidências serão analisadas para esclarecer os fatos.

Em entrevista à Ponte Jornalismo, Fátima Taddeo, tia de Gabriel, questionou a quantidade de disparos usados na abordagem, afirmando que o sobrinho estava desarmado e não tinha como reagir. “Eles precisaram de oito tiros para ver que o Gabriel não estava armado?”, declarou.

Segundo a família, Gabriel lutava contra o vício em uma droga conhecida como “K” e, sob efeito dela, estaria em condição vulnerável. A tia relatou que o sobrinho passava por um momento delicado e que a violência empregada no caso aumentou o sofrimento dos familiares.

Em nota ao Splash/UOL, o OXXO declarou que suas ações são pautadas pelo respeito às pessoas e lamentou profundamente o ocorrido. A rede informou que seus colaboradores acionaram as autoridades de imediato e que as imagens do sistema de segurança estão à disposição para auxiliar na investigação.

O corpo de Gabriel foi retirado do local na manhã de segunda-feira (4). A família aguarda o avanço das investigações e pede que o caso não seja tratado como legítima defesa, cobrando uma resposta firme sobre o padrão de violência policial enfrentado por jovens negros e periféricos.

Monroe Nichols se torna o primeiro prefeito negro eleito de Tulsa e celebra na “Wall Street Negra”

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Foto: Mike Simons, Tulsa World

Nos Estados Unidos, o deputado democrata Monroe Nichols venceu a eleição e faz história ao se tornar o primeiro prefeito negro na cidade de Tulsa, nesta terça-feira, 5 de novembro. Ex-jogador de futebol universitário, Nichols atua na Câmara dos Representantes de Oklahoma desde 2016.

A vitória de primeiro prefeito negro da cidade acontece 103 anos após o Massacra de Tulsa. Considerado um dos piores de casos de violência racial nos EUA, mais de 300 pessoas morreram em um ataque feito por grupos racistas nas ruas da “Wall Street Negra”, que roubaram e queimaram casas e comércio, além de usarem aviões para bombardear o bairro de Greenwood, de maioria negra e classe média.

Monroe Nichols comemorou a vitória na última noite, em frente às imagens de Black Wall Street e fez um discurso inesquecível agradecendo à comunidade pelo apoio.

“Agora, sem dúvida, haverá alguns contratempos, talvez alguns passos em falso, mas continuaremos a marchar para a frente. Não estaremos em um momento marcado. Podemos não concordar sempre sobre o caminho para a grandeza, mas sempre estaremos unidos em nosso compromisso de chegar lá, e serei um líder honesto disposto a se envolver com todos os cidadãos, mesmo quando discordarmos”, disse durante o discurso.

O democrata destacou como prioridade em sua campanha para prefeito a criação de mais moradias acessíveis e o combate à falta de moradia. Nichols afirmou que deseja colaborar estreitamente com parceiros tribais em questões de segurança pública e empreendedorismo.

92% das mulheres negras e 78% dos homens negros votaram em Kamala Harris

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Foto: Divulgação
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As eleições americanas de 2024 trouxeram à tona a importância estratégica do voto da comunidade negra, especialmente com a possibilidade histórica de Kamala Harris se tornar a primeira mulher negra na presidência dos Estados Unidos.

Embora rumores e previsões sugerissem um afastamento de homens negros jovens em relação ao Partido Democrata, as urnas contaram uma história diferente. O apoio da comunidade negra a Harris se manteve forte, desafiando a narrativa de uma possível migração para o apoio a Trump.

De acordo com pesquisas de saída publicadas pelo The Washington Post, 78% dos homens negros votaram em Kamala Harris, uma cifra levemente inferior à registrada por Joe Biden em 2020. No entanto, em estados como a Carolina do Norte, 1 em cada 5 homens negros optou por Trump, dobrando seu apoio em relação às eleições de 2020, segundo dados da CBS. 

Esse movimento ilustra uma leve fragmentação, mas que não comprometeu o suporte robusto de homens e mulheres negras em grande parte do país. As mulheres negras, em particular, se destacaram por seu apoio a Harris, com 92% dos votos destinados à candidata democrata – uma porcentagem ainda maior do que a observada em 2020 para Biden.

Em entrevista realizada antes das eleições pelo Mundo Negro, Kasiyah Tatem, uma jovem liderança de Washington, D.C., observou como a desinformação teve um papel importante no processo. “Há essa desinformação de que Trump proporcionou alguma vantagem econômica para eles durante sua presidência. Eles acreditam que os ‘cheques de estímulo’ vieram dele, quando na verdade foram iniciativas promovidas pelos democratas no Congresso,” explicou Tatem, destacando como mal-entendidos sobre a economia criaram uma percepção equivocada entre alguns eleitores.

Outro entrevistado, o cientista político John Kincaid, diretor do Meyner Center for the Study of State and Local Government, sugeriu que o apelo de Trump para jovens homens negros pode estar relacionado a uma visão de crescimento econômico pessoal. “Alguns veem Trump como mais favorável aos interesses empresariais, especialmente aqueles que aspiram a empreender. Eles o veem como um facilitador do crescimento para pequenos negócios, uma vez que ele próprio tem uma trajetória como empresário,” afirmou Kincaid, ressaltando uma mudança geracional em que muitos eleitores negros valorizam o empreendedorismo como meio de alcançar igualdade.

Além do impacto do voto negro na eleição presidencial, este ano também marcou um avanço histórico no Senado dos Estados Unidos. Pela primeira vez, duas mulheres negras foram eleitas para servir simultaneamente: Angela Alsobrooks, de Maryland, e Lisa Blunt Rochester, de Delaware, ambas do Partido Democrata. Com suas vitórias, o número de mulheres negras no Senado dobrou, passando de duas para quatro, e reforçando a presença política negra em um dos principais espaços de poder dos EUA.

Apesar da lealdade demonstrada pela maioria dos eleitores negros, outros grupos demográficos tiveram impactos decisivos no resultado final das eleições. 

Segundo o The Washington Post, 55% dos eleitores brancos escolheram Trump, incluindo 59% dos homens brancos e 52% das mulheres brancas. Latinos também apresentaram uma preferência por Trump, especialmente entre os homens, dos quais 54% votaram no candidato republicano.

Cliff Albright, cofundador da organização Black Voters Matter, destacou essa dinâmica em uma declaração pós-eleitoral. “Alguns passaram muito tempo questionando o voto dos homens negros e esqueceram de observar mais atentamente o voto das mulheres brancas e dos eleitores latinos,” comentou ele, chamando a atenção para a diversidade de influências nas decisões eleitorais deste ano.

O Mundo Negro está nos Estados Unidos a convite do governo americano, por meio do consulado dos EUA em São Paulo, participando do “Reporting Tour” para acompanhar de perto as eleições americanas e suas implicações para a comunidade negra. A cobertura está sendo feita na pagina de Instagram do Mundo Negro e no perfil pessoal da @silvia_nascimentoo, fundadora do portal.

Casa onde viveu Marighella é transformada no Instituto Carlos Marighella

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Foto: Reprodução
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No dia 4 de novembro, data que marcou 55 anos da morte de Carlos Marighella, foi anunciada a criação do Instituto Carlos Marighella na casa onde o ativista e guerrilheiro viveu, no bairro de Nazaré, em Salvador. O espaço, que funcionará como centro cultural e de formação política, busca preservar o legado de Marighella e oferecer uma plataforma para debates e atividades voltadas à cidadania e à memória histórica.

A residência, onde Marighella morou com sua companheira Elza Sento Sé, se tornará um ponto de referência para a valorização de sua trajetória e de seu papel na resistência à ditadura militar. A criação do instituto é fruto de esforços contínuos de militantes e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que pleitearam o projeto como forma de resgatar e compartilhar essa história com o público.

O anúncio oficial aconteceu em São Paulo, durante uma homenagem no local onde Marighella foi morto em 1969 por agentes da ditadura, na Alameda Casa Branca. A cerimônia contou com a presença de José Luiz Del Roio, companheiro de militância e cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) ao lado de Marighella, que reforçou a importância da memória coletiva como elemento essencial para a identidade social brasileira.

Carlos Marighella, natural de Salvador, liderou a ALN e foi uma figura central na resistência armada contra o regime militar. Sua atuação política incluiu participação ativa no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e representou uma das vozes mais firmes contra as arbitrariedades do Estado. A criação do Instituto Carlos Marighella busca perpetuar sua história, oferecendo um espaço de reflexão e aprendizado para as novas gerações.

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