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Abdulrazak Gurnah, escritor da Tanzânia, vence Prêmio Nobel de Literatura

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Foto: Simone Padovani/Awakening/Getty Images

Em suas obras, o escritor aborda efeitos do colonialismo e a vida de refugiados. Ele é o quinto africano a conquistar o prêmio.

O escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2021. Ele é o quinto escritor africano a conquistar o prêmio. O anúncio foi feito pela Academia Sueca na manhã desta quinta-feira (7). Segundo a instituição, Gurnah ganhou o prêmio “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes.”

“Seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo”, afirmou a Academia.

Gurnah nasceu em Zanzibar, que hoje faz parte da Tanzânia, em 1948, mas atualmente mora na Grã-Bretanha. Ele deixou Zanzibar aos 18 anos como refugiado após um violento levante de 1964 no qual soldados derrubaram o governo do país. 

Os 10 romances de Gurnah incluem “ Memory of Departure ”, “Pilgrims Way” e “Dottie”, que tratam da experiência do imigrante na Grã-Bretanha; “ Paradise ” , indicado para o Prêmio Booker em 1994 , sobre um menino em um país da África Oriental marcado pelo colonialismo; e “ Admiring Silence ”, sobre um jovem que deixa Zanzibar e vai para a Inglaterra, onde se casa e se torna professor.

Antes dele, outros africanos a vencerem o prêmio foram Wole Soiyinka, em 1986; Naguib Mafouz, em 1988; Nadine Gordimer, em 1991; e J. M. Coetzee, em 2003.

Pelo segundo ano consecutivo, prêmio Nobel não terá cerimônia presencial em Estocolmo, em razão da pandemia. Os ganhadores receberão o prêmio em seus países de residência.

Plataforma on-line apoia formação e presença de pessoas negras em espaços de liderança

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Foto: Senivpetro / Freepik.

Espaço oferece acesso a informações de editais e recursos financeiros para que jovens e adultos se desenvolvam em diferentes fases da vida pessoal e profissional

Com o objetivo de formar e fortalecer pessoas negras e aumentar a diversidade racial em espaços de decisão, a Fundação Tide Setubal lança a plataforma Alas. A iniciativa apoia a população negra de todo o país em diferentes momentos da vida — ainda na escola, na faculdade ou no mercado de trabalho —, com aporte financeiro e oportunidades de aprendizagem, para que se desenvolvam plenamente.

A inciativa propõe um pacto coletivo pela equidade, na medida em que estimula toda a sociedade e lideranças brancas a apoiarem a população negra e a promoverem a diversidade racial nos espaços onde atuam, por meio de formações e fortalecimento e de mudanças organizacionais. O objetivo é sensibilizar pessoas físicas e jurídicas e responsabilizá-las diante do contexto racista do país, a fim de que esse quadro seja modificado, seja em instituições públicas ou privadas.

Três pilares estratégicos estruturam a iniciativa: Asas, Elos e Caminhos. O primeiro, atende jovens do ensino médio e recém-formados de 16 a 24 anos que passam por diferentes formações no intuito de inspirá-los para o exercício de liderança. O segundo, Elos, cria pontes entre lideranças e universidades para cursos de graduação ou mestrado ou espaços de formação para gestão pública, por exemplo. O terceiro, Caminhos, aprimora competências e habilidades das lideranças negras que já estão mais estabelecidas no mercado, financiando com até R$ 15 mil desde cursos livres, pós-graduações e intercâmbios até fonoaudiólogos e psicólogos, a depender da necessidade específica do candidato.

A seleção é realizada por meio de editais que terão as informações disponibilizadas na plataforma. Hoje, a iniciativa conta com as seguintes instituições parceiras: Fundação Getulio Vargas, GOYN, Imaginable Futures, Insper, Instituto Ibirapitanga, Instituto Singularidades, Open Society, Porticus América Latina e Vetor Brasil. Vetor, FGV, Singularidades, Insper e GOYN participam com projetos. Já o Ibirapitanga, Open Society, Porticus e Imaginable Futures apoiam a Alas com recurso financeiro.

A FGV oferece bolsas para cursos de graduação e mestrado, o Insper, bolsas para cursinho preparatório para o vestibular e o Instituto Singularidades, bolsas de graduação. No caso da FGV, a instituição paga metade das mensalidades e, quanto ao Insper, após a aprovação no vestibular, os jovens concorrem ao programa de bolsas da instituição.

Para obter informações, é preciso preencher um formulário na plataforma e, assim, sempre que novas oportunidades estiverem disponíveis, os inscritos serão notificados via e-mail. Os interessados devem então procurar diretamente as instituições que estão oferecendo os projetos, como o lançamento de editais periódicos. Candidatos às bolsas da FGV e do Singularidades, por exemplo, precisam se inscrever e passar no vestibular das instituições no fim do ano para acessarem os benefícios. Já para obter uma bolsa para o cursinho preparatório para o vestibular do Insper, deve-se contatar a Educafro, que oferta a formação.

O Vetor Brasil, por sua vez, já está com inscrições abertas para suas bolsas do programa de trainee de gestão pública. Ainda em outubro, será lançado pela plataforma o edital Traços com apoios individuais de R$ 15 mil para fortalecer lideranças dos campos político e jurídico. Pessoas físicas e jurídicas também podem participar da Alas doando para as campanhas de matchfunding da plataforma.

Quanto maior a arrecadação, maior o número de lideranças negras apoiadas em suas trajetórias. As doações podem ser direcionadas para o Fundo ou diretamente para uma das iniciativas, por meio do financiamento coletivo, realizado em parceria com a Benfeitoria. Para cada R$ 1 doado, o fundo Alas investe mais R$ 2 em cada ação, triplicando as doações obtidas.

De acordo com Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação, “dados do Instituto Ethos apontam que, de 56% da população negra ou parda do país, apenas 4,7% estão em cargos de poder, seja na área política, na carreira corporativa ou em organizações do terceiro setor. Isso mostra que a caneta não está na mão da população negra”. Segundo ela, foi esse cenário de desigualdades que motivou a criação da plataforma.

Além de conectar pessoas negras a oportunidades e de oferecer recursos para o desenvolvimento em suas trajetórias, a Alas visa expandir sua atuação por meio da adesão de novos parceiros, com o foco na capacitação dos profissionais dessas organizações. Para isso, a iniciativa convida e instiga diversas organizações a discutirem e a implementarem uma política de diversidade racial em suas próprias instituições que de fato promova a inclusão e não meramente a inserção de pessoas negras.

“A ideia é que, a cada novo apoiador da plataforma, um exercício de olhar da porta para dentro seja feito. Ou seja, estimularemos a reflexão sobre de que modo as instituições estão olhando para a diversidade no seu quadro de colaboradores. Se for uma universidade, no seu quadro de professores e assim por diante. Então, além da bolsa, esses parceiros precisam se comprometer internamente e se questionar: há pessoas negras em cargos de decisão nos nossos espaços?”, finaliza Viviane Soranso.

Um piloto, realizado em 2019 e 2020, já selecionou e apoiou 31 lideranças negras de todo o país, de diferentes idades, formações, necessidades e expectativas. Entre os beneficiados pelo edital Caminhos está a graduanda em engenharia civil mineira, Ana Luiza Nascimento Silva, que realizará um intercâmbio de estudos em 2022. “É um sonho de quase dez anos. Ainda na adolescência sonhava com essa possibilidade. Quando iniciei meus estudos, o programa Ciências Sem Fronteiras foi cortado. Eu não desisti. Realizei alguns processos seletivos, mas, somente agora, com o apoio da Fundação, isso se materializou”, relata.

Lewis Hamilton anuncia projeto de investimento para formação de professores negros

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Lewis Hamilton lançou um projeto para formação e capacitação de professores negros no Reino Unido. A iniciativa faz parte da parceria entre a Mission 44, fundação de Hamilton, e a Tech First, instituição britânica voltada capacitação de profissionais da educação.

No lançamento do projeto, o heptacampeão disse querer garantir que jovens e crianças negras se enxerguem em seus professores, e assim tenham maiores oportunidades profissionais. Um dos objetivos da iniciativa é abrir espaço para pessoas negras nas áreas da ciência e do automobilismo.

“Crianças afro-caribenhas têm duas vezes mais chances de serem expulsas das escolas. Quero entender como posso garantir que jovens que se pareçam comigo não passem por isso.” Explicou Hamilton, que afirmou querer levar educação de qualidade para as pessoas e lembrou de seus momentos da infância. 

“Já tive professores que disseram ‘você nunca vai alcançar nada’, mas nunca acreditei nisso. Trabalhamos muito nos últimos 18 meses para isso. Todos merecem a oportunidade de ter uma ótima educação e uma ótima carreira”, concluiu. 

O projeto, que terá duração inicial de um ano e meio, irá capacitar 150 professores negros para suprir as necessidades representativas do sistema educacional.

Polícia recua e diz que Nego do Borel estava sozinho em motel no RJ

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Foto: Reprodução.

Após divulgar que o funkeiro e ex-participante do reality show A Fazenda foi encontrado em um motel na companhia de duas mulheres, a Polícia Civil do Rio de Janeiro voltou atrás e informou que ele estava sozinho no estabelecimento. “A Polícia Civil esclarece que a primeira informação dada pelo estabelecimento era de que Nego do Borel teria entrado com duas mulheres no motel. No entanto, ao entrarem no quarto com a autorização do cantor, os agentes constataram que ele estava sozinho”, disse a corporação em comunicado.

Na saída da delegacia na tarde de ontem (5), Nego do Borel disse que sumiu para ficar sozinho e “pensar na vida” e não imaginava que a mãe fosse envolver a polícia. “Saí ontem, não avisei minha mãe, quis me isolar porque estou passando por um momento muito difícil, muitas coisas acontecendo na minha vida, mas eu quis ficar sozinho. Tomei remédio e dormi, dormi, dormi, porque eu queria dormir”, disse o cantor, que pediu desculpas à mãe e negou que estivesse com mulheres.

Recentemente, a mãe do cantor, Roseli Pereira, falou nas redes sociais sobre as preocupações que tem em relação à saúde mental do filho e a preocupação de que ele tire a própria vida. Foi Roseli quem registrou queixa do desaparecimento do filho, após ele sair de casa sem prestar informações sobre onde iria.

Nos últimos tempos, a vida de Nego do Borel tem sido permeada de denúncias e polêmicas. Ele foi eliminado do reality show A Fazenda após ser acusado de estupro de vulnerável, e também sofreu uma série de acusações da ex-noiva, Duda Reis, já desmentidas pela polícia.

Youtube deleta canais de R. Kelly após condenação por tráfico sexual de mulheres e menores de idade

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Foto: KAMIL KRZACZYNSKI/AFP

O Youtube removeu dois canais oficiais de R. Kelly da plataforma após o cantor ser condenado por tráfico sexual de mulheres e menores de idade. Segundo a agência Bloomberg, um porta-voz da empresa confirmou que as contas foram removidas “de acordo com as diretrizes de responsabilidade” da plataforma.

Os canais R. Kelly TV, que tinha 3,5 milhões de inscritos e R. Kelly Vevo, com 1,6 milhões, estão fora do ar, apresentando a mensagem “Página indisponível. Lamentamos o transtorno. Tente pesquisar algo diferente.” A plataforma disse, no entanto, que vídeos e canais criados por terceiros antes da exclusão dos dois canais oficiais do cantor podem ser acessados e que não pretende eliminar vídeos compartilhados por outros usuários.

R. Kelly não poderá mais usar ou criar qualquer outro canal na plataforma. As músicas do cantor, porém, continuam disponíveis no serviço de streaming Youtube Music. As contas do cantor no Facebook, Instagram e Twitter também foram desativadas.

Em 27 de setembro, Kelly foi considerado culpado no tribunal federal de Nova York por liderar um esquema para recrutar mulheres e meninas para o sexo, após décadas de mulheres que o acusaram de crimes sexuais. Em 2008, Kelly foi absolvido das acusações de pornografia infantil em Illinois, onde ainda enfrenta acusações adicionais.

Sabia que outubro é o mês da Ficção Negra? Conheça autores brasileiros e suas obras

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O Nó do Diabo. Foto:Vermelho Profundo/ Divulgação.

Não é muito comum aqui no Brasil, mas Outubro é considerado pelos estadunidenses como o mês da Ficção Científica ou Ficção Especulativa Negra (Black Speculative Fiction Month). Essa data faz muito sentido quando a gente olha para o que podemos chamar de “Tradição da Ficção especulativa” e entende que os maiores nomes dessa produção eram apenas  pessoas brancas, eram, porque nas últimas décadas os ficcionistas negros começaram a ocupar uma fatia muito grande do imaginário popular com livros, filmes, séries e Histórias em Quadrinhos. 

Nos últimos anos você deve ter assistido no mínimo uma das produções de Jordan Peele, como os filmes “Corra” ou “Nós”, acompanhou o sucesso estrondoso do filme Pantera Negra, viu as obras de Ficção da Octavia Butler traduzidas por editoras Brasileiras e assistiu produções afrofuturistas como a produção do Spike Lee na Netflix, “A Gente Se Vê Ontem” ou de heróis como Luke Cage e Raio Negro. 

Se você já conhece algumas dessas obras então entendeu que a Ficção Especulativa Negra só tem crescido como tendência cultural e audiência. Claro que a produção Negra Brasileira não fica de fora, por isso eu vou indicar algumas obras e autores nacionais pra você compartilhar nesse mês da Ficção Especulativa Negra. 

Eu Sou Lume de PJ Kaiowá

Essa HQ conta a história de Ludmila, uma jovem com um talento sem igual para dança, aos poucos vai descobrindo outras habilidades das quais podem trazer problemas aos invés da fama e sucesso. Sua vida muda totalmente quando seus poderes eclodem ao se deparar com seres poderosos e perigosos chamados TREVAZ. Agora Mila vai lutar para manter seu lado humano e como LUME, assume a missão de trazer luz onde a sociedade insiste em manter na escuridão

O roteiro e as ilustrações são do artista PJ Kaiowá, ele é uma das minhas maiores referências quando penso no poder de um ficcionista negro brasileiro, o cara simplesmente já trabalhou com alguns das maiores editoras de quadrinhos e games do mundo:  Legendary Comics, Capcom, Warner, Dark Horses Comics e Devils Due Comics. Alguns trabalhos de destaque com quadrinhos foram PACIFIC RIM: TALES FROM YEAR ZERO, HOW TO PASS HUMAN. 

Ìségún de Lu Ain-Zaila

Não dá pra falar de fantasia e ficção negra no país sem citar a Lu Ain-Zaila. Em 2015, após uma visita a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a autora percebeu que não haviam livros em que poderia ser identificar, resolveu então criar uma história de ficção científica semi-distópica na Duologia Brasil 2408, composta pelos romances In) Verdades (2016) e (R) Evolução (2017), lançados de forma independente, os romances contam a história de uma heroína negra chamada Ena, que luta contra a corrupção no Brasil do século 25.  Essa parte da história da Lu é muito parecida com a mãe do afrofuturismo, a Octavia, que começou a escrever após assistir um filme e pensar que poderia fazer melhor e mais próximo a realidade dela. 

No livro Ìségún a autora constrói uma literatura ousada que já considera uma evolução na sua própria produção afrofuturista: “Ìségún é meu passo além no afrofuturismo à brasileira, no campo da literatura especulativa negra, que mescla entre abebés e ofás pensadores negros e encruzilhadas epistemológicas, literatura periférica e poética social, pessoas negras que entendem o poder contido em suas raízes ou estão a conhecer” 

O Nó do Diabo com Gabito Martins

Esse filme traz cinco contos de horror com histórias que se entrelaçam em um período em que a escravidão ainda era vigente no Brasil e uma série de fenômenos estranhos passam a acontecer e cenas de morte passam a ser evidentes.  São Vários diretores nesse longa: Ramon Porto Mota, Ian Abé, Gabriel Martins e Jhésus Tribuz. Aqui gostaria de destacar o Gabriel Martins, o Gabito Mineiro que é um dos sócios da produtora Filmes de Plástico. Sua trajetória no cinema tem ganhado bastante reconhecimento com produções como “No Coração do Mundo”.   https://www.filmesdeplastico.com.br/no-coracao-do-mundo

Junto com os outros diretores ele consegue entregar uma obra realmente assustadora em Nó do Diabo. Se você tiver estômago para horror sobrenatural e colonial, dá o play que não vai se arrepender. 

Foram apenas três nomes aqui, mas fica o convite pra você vasculhar as redes sociais e encontrar outros ficcionistas negros pra celebrar com a gente este mês.

Ativista Antonio Isupério recebe ameaça de morte por supremacista

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Antonio Isuperio. Foto: Reprodução.

Em 31/08/2021 Antonio Isupério expôs o post de Israel Soares (21 anos), que faz declarações e sudações nazistas. Três dias após a denúncia, Israel sofre mandado de busca e apreensão em casa, suspeito de cometer apologia ao nazismo. Foram apreendidos HD’s, celular, computador, rádios comunicadores, pendrives, canivete, nunchaku, cartão de memórias e capacete. Israel continua livre.

O post é excluído pelo Instagram e Antonio Isupério reposta o vídeo que está aqui. No mesmo dia do post (dia 31/08), o ativista começa a receber uma série de ameaças em seu Instagram, mas uma em especial bem séria. Aristides Braga, morador de Novo Hamburgo envia uma ameaça por inbox para Antonio: “Cara, faz agora mas tu faz agora o BO porque o tanto de gente que tá atrás de ti. A gente vai te achar e oque a gente vai fazer contigo é do tamanho patamar de aqueles vídeos dos chilenos cortando a cabeça dos caras. Ouve bem tu não ta mechendo com 2 3 pessoas tu ta mechendo com um vespeiro de mais de 5 mil pessoas que ODEIAM judeus e agora sabem que tu é judeu.

Aristides Braga é filho de Alexandre Braga, comissário de polícia e ambos moram em Novo Hamburgo Rio Grande do Sul. Antonio tem um video postado pelo infrator em uma tentativa de falar alemão que pode ser um indício de ligação com células neonazistas, assim como o discurso anti semita da mensagem.

Ele alerta sobre a pesquisa de Adriana Dias que demostra a existência de 530 células supremacistas que cresceram desde 2019 alimentados por discursos do atual presidente. No setembro o ativista teve sua conta suspensa do Instagram por discurso de ódio, que retornou alguns dias depois.

Antonio Isupério é um ativista de direitos humanos negro, lgbt+ e utiliza seu Instagram como plataforma de exposição dos casos de violência que acontece corriqueiramente nas redes sociais. Sempre levantando pautas importantes, foi o ativista que expôs Victor Sorrentino (o médico que foi preso no Egito) por sua fala misógina assim como Sikera Júnior por suas falas homofóbicas, sendo inclusive um dos autores da representação no ministério público contra o apresentador.

Antonio deu entrada no ministério público sobre o protocolo MPF 20210079114 e aguarda por uma reposta da instituição.

Fabrício e Yasmin Boliveira lançam segunda edição de projeto de formação audiovisual para jovens

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Fabrício e Yasmin Boliveira. Foto: Shai Andrade.

Formação idealizada para ampliar o acesso de jovens historicamente discriminados ao cinema conta com o apoio da Organização das Nações Unidas e abre 250 vagas para jovens de todo território nacional. 

O ator Fabrício Boliveira e sua irmã, Yasmin, lançam a segunda edição do Cinema do Futuro (CDF), iniciativa que pretende ampliar o acesso de jovens historicamente discriminados ao cinema, inclusive como produtores de conteúdos. As inscrições para as 250 vagas da segunda edição do CDF acontecem de 06 a 11 de outubro de 2021.

O CDF se propõe a articular ideias mais igualitárias e antirracistas em prol de um futuro em que as pessoas negras e/ou em vulnerabilidade social tenham o poder da câmera e possam elas mesmas construir suas narrativas de vida. A partir desta edição, a ONU atua como co-realizadora da atividade de formação Cinema do Futuro, idealizada e realizada pela Produtora PrasCabeças.

A primeira edição do projeto reuniu entre junho e agosto desse ano, grandes artistas do cinema brasileiro – nomes que fazem na contemporaneidade o cinema que se quer rumo ao futuro – em encontros virtuais gratuitos voltado para jovens negros, indígenas, trans, mulheres e jovens periféricos, entre 13 a 20 anos. A formação é liderada pelo ator Fabrício Boliveira (Produtora PrasCabeça) em parceria com a jovem Yasmin Boliveira.

A parceria com o Sistema ONU  possibilitou ampliar o número de vagas para um total de 250. Os encontros serão realizados pela plataforma ZOOM e as inscrições por meio do Instagram da produtora @prascabecasprodutora e do ator @fabricioboliveira.

A Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas foi realizada em 2001 e ficou conhecida como Conferência de Durban. O evento foi marcado por grande expectativa por uma união global contra todas as formas de racismo e xenofobia. Apesar dos avanços registrados nesses 20 anos, ainda há muito por fazer para que todas as formas de racismo sejam de fato eliminadas. A Conferência possibilitou, no entanto, que a luta contra o racismo fosse elevada a debates públicos e que mulheres e homens de todo o mundo, inclusive das periferias, tivessem suas vozes ampliadas para fortalecer sua luta.

Foi a partir da voz de negros e negras que nasceu o Cinema do Futuro. O ator Fabrício Boliveira identificou a dificuldade da irmã, Yasmin Boliveira, de 17 anos, de ter acesso ao cinema. Juntos deram início à iniciativa gratuita voltada para jovens de 13 a 20 anos, prioritariamente negros, indígenas, trans e jovens em situação de vulnerabilidade social. Nesta segunda edição da formação, que terá duração de 45 dias, poderão se inscrever jovens de todo o território nacional para as 250 vagas disponíveis.

“É preciso consolidar a participação de artistas negros na indústia do cinema de forma efetiva e nos mais variados espaços. A representatividade que se diz hoje ainda é no campo das ideias, mais no desejo do que se vê no dia a dia e nas consequências sociais na vida dessas pessoas. O cinema do Futuro quer construir caminhos, a partir das referências que temos, para que esses artistas possam crescer pessoal e profissionalmente”, afirma Fabrício Boliveira

Os encontros proporcionados pelo CDF trazem noções sobre o que faz cada profissional envolvido na construção de um filme, além dos conhecimentos técnicos e experiências pessoais dos instrutores que participam do projeto. Entre eles, estão Glenda Nicácio (diretora de Café com Canela), falando sobre direção de arte; Everlane Moraes (documentarista), discutindo direção; Ana Flávia Cavalcanti (atriz), falando sobre atuação; Diana Moreira (figurinista e produtora de Breve Miragem do Sol), falando sobre figurino  e Eryk Rocha e os irmãos Carvalho, falando sobre edição/ montagem e roteiro.

Nesta edição do CDF, os alunos terão um módulo sobre a Conferência de Durban para que possam refletir sobre a importância da transformação de ações afirmativas em agendas político-sociais. Esse módulo acontecerá no dia 15 de outubro de 2021 e será transmitido pelo Youtube e aberto ao público.

Como resultado final dos encontros, serão apresentados, de forma colaborativa, cinco vídeos sobre Durban, construídos coletivamente ao longo das semanas de formação do CDF.

Prêmio Solano Trindade recebe inscrições de peças inéditas de dramaturgos negros até sexta-feira (8)

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Solando Trindade. Foto: Reprodução.

Dramaturgos negros que com peças inéditas têm até sexta-feira para se inscrever na segunda Edição do Prêmio Solano Trindade. Ação é uma realização da SP Escola de Teatro, administrada pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap) e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 8 de outubro, próxima sexta-feira.

Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro, ressalta a importância do Prêmio Solano Trindade:” A publicação de sua peça é sempre um momento especial para um dramaturgo. No caso da dramaturgia negra, trata-se de uma urgência histórica em nossa sociedade, afirma. Confira o edital na integra.

O Prêmio Solano Trindade homenageia o escritor e poeta negro pernambucano Solano Trindade (1908-1974) e consiste na publicação de três textos inéditos de dramaturgos negros contemporâneos. A primeira edição teve sua publicação pelo Selos Lucias em setembro deste ano. Esta segunda edição premia mais três novos dramaturgos de escolas de teatro de todo país. A previsão do resultado com os selecionados é para o mês de dezembro de 2021.

“O Brasil vive um momento de intensa produção no teatro negro. Registrar esses textos em livro é criar um registro histórico e uma conexão com o futuro do teatro brasileiro, além de lançar e dar projeção nacional para os contemplados”, declara Miguel Arcanjo Prado, presidente da Comissão de Seleção do Prêmio Solano Trindade e coordenador de Extensão Cultural e Projetos Especiais da SP Escola de Teatro.

Serviço:
Inscrições para o Prêmio Solano Trindade de Dramaturgia Negra

Quando: Até 8/10/2021 (sexta-feira)

Onde: https://www.spescoladeteatro.org.br/premiosolanotrindade/inscricao-premio

Edital completo: https://www.spescoladeteatro.org.br/wp-content/uploads/2021/09/edital-2021-premio-solano-trindade.pdf

Lizzo recebe críticas ao abraçar Chris Brown e chamá-lo de ‘pessoa favorita no mundo todo’

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A cantora Lizzo está sendo alvo de críticas enfáticas nas redes sociais por causa de dois vídeos que estouraram nas redes sociais nos quais ela aparece emocionada ao ser apresentada ao rapper Chris Brown. Em determinado trecho de um dos vídeos, Lizzo diz que seu colega de profissão é a sua “pessoa favorita no mundo todo” e depois o abraça.

“Posso tirar uma foto com você? Porque você é a minha pessoa favorita na p***a do mundo todo”, diz Lizzo após ser apresentada a Chris Brown nos bastidores do espetáculo.

Com mais de uma passagem pela polícia, por diferentes motivos, Brown passou por um período de cinco anos em liberdade condicional por seus atos de violência doméstica contra a cantora Rihanna, sua namorada entre 2007 e 2009. Desde então ele foi alvo de outras acusações de agressão partindo de homens e mulheres.

Lizzo ainda não se pronunciou publicamente em relação às críticas feitas por sua reação no encontro com Chris Brown. Muitas pessoas se disseram “decepcionadas” com o gesto da cantora 

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