Este delicioso doce é típico da cozinha baiana. Feito a partir da tapioca granulada, coco ralado, leite de coco, açúcar e canela, lembra bastante seu primo bolinho de chuva, mas é ainda mais saboroso por não utilizar farinha de trigo, afinal, nossa tapioca é muito mais nutritiva e saborosa!
Este bolinho é encontrado nos tabuleiros das baianas do acarajé e leva esse nome por ser barato, se popularizando entre os estudantes. Bolinho de Estudante é patrimônio cultural da gastronomia brasileira oriundo do Nordeste, feito à base de tapioca flocada.
Raul Lody diz:”Na Bahia, todos o conhecem este doce tradicional feito a punho, o tão estimado e saboroso bolinho de estudante,um dos mais frequentes integrantes do cardápio exposto no tabuleiro da baiana de acarajé”.
O universo do doce, do salgado, do dendê, do coco, do milho, da massa de mandioca, revela-se nos cardápios do cotidiano, ritualmente repetidos a cada final de tarde, nos domingos, nas manhãs.
Os doces são, certamente, marcados pelas cocadas brancas e pretas, pelo doce de gamela de madeira, como o de tamarindo, pelos bolos de milho, e o tradicional bolinho de estudante.
O tabuleiro e a baiana se unem para formar um dos mais notáveis símbolos urbanos de matriz africana.
Destaque, dentro das receitas do tabuleiro da baiana, para uma comida de mandioca, o popular bolinho de estudante. Certamente, ganhando esse nome por ser bolinho frito no final da tarde, hora que os estudantes passam, ao sair dos colégios, pelas esquinas e adros, onde estão arrumados os tabuleiros com tudo que possa seduzir pelo cheiro.
Na cidade do São Salvador, em cada final de tarde, o dendê fervente inunda o ar, e a boca já começa a salivar…
O bolinho de estudante é um doce feito de massa de tapioca, coco, açúcar e canela, estando a maior habilidade para se fazer a receita no trabalho de manipular a massa, de dar com o punho o movimento que faz com que ele seja conhecido como um doce “feito a punho”. Com a massa faz-se bolinhos que são fritos no óleo de milho ou no azeite doce. O bolinho deve ser comido ainda quente, pois a massa é mais saborosa assim, e o açúcar se misturado à canela lhe dá uma casquinha que se derrete a cada mordida.
Ele é sobremesa nas casas para o lanche da tarde. É a sobremesa para a culminância dos pratos de azeite, diga-se de dendê, pois, não há nada melhor que almoçar um efó acompanhando de boa e fina farinha de mandioca do Recôncavo e, após, os bolinhos de estudante.
Assim, unem-se mandioca nativa – da Terra –, com o dendê africano – da Costa – com o açúcar e a canela que são do oriente – do Reino –, fazendo-se viver novamente essa boca de paladar multicultural, da mesa do brasileiro, dessa mesa baiana.
Raul Lody
Vamos de receita? Nível de dificuldade: fácil Tempo de preparo: 45 min
Ingredientes: • 500ml de leite morno; • 300g de tapioca flocada; • 200g de coco seco natural; • 1 xícara de açúcar; • 2 colheres de chá de canela em pó + 1 xícara de açúcar refinado para empanar; • Óleo para fritura. (Uso 1L) . Modo de Preparo:
Coloque o coco e o leite morna no liquidificador e bata até obter pedaços bem pequenos. Misture bem com 300g de tapioca e o açúcar. Deixe descansar por 30 minutos, até a tapioca amolecer. Em seguida, enrole os bolinhos com a mão levemente untada com água. . Frite os bolinhos em bastante óleo quente até ficarem dourados. Coloque-os sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo . Deixe esfriar por 3 minutos, depois passe no açúcar e na canela e sirva. . Dica: Sirva acompanhado de sorvete de coco ou coma no café da tarde.
Através das redes sociais, Criolo confirmou o lançamento de ‘SOBRE VIVER’, seu novo álbum musical. O projeto é o primeiro registro de inéditas do rapper em mais de cinco anos. “O novo álbum vem tão cheio de sentimentos desses últimos 4 anos e mais recentes encontros, com novas estéticas que ainda não tinha trabalhado. O show está em construção com muito amor e afeto, só assim pra transformar a raiva, o ódio e dor que tentam não ir embora e me visitam toda hora em um show com ancestralidade e entrega dos mais puros sentimentos de vida”, explica o rapper.
Foto: Helder Fruteira / Divulgação.
Juntamente com o álbum, Criolo também anunciou um novo show, previsto para ser lançado em maio de 2022. A estreia do novo show acontece no Rio de Janeiro, no dia 14 de maio. São Paulo (21/05) e Florianópolis (04/06) também poderão conferir a apresentação, que deve percorrer outras cidades brasileiras, com datas a serem divulgadas em breve.
Em “Sobre Viver”, o esptáculo, Criolo entregará performances de canções que tocaram e emocionaram o público nos últimos meses, como “Cleane”, “Sistema Obtuso” e “Fellini”. O repertório ainda contará com sucessos dos mais de 15 anos de carreira do cantor paulistano e canções inéditas, que fazem parte do novo álbum.
Em nova decisão, o Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou o processo de indenização por dano social de R$ 7,5 milhões contra o youtuber Júlio Cocielo. Acusado por uma série de tweets considerados racistas, Cocielo foi inocentado na última terça-feira (8). Informações vieram a público através da coluna de Rogério Gentili, do UOL.
Durante o mês de setembro de 2020, o influenciador virou réu acusado de racismo por causa de postagens feitas nas redes sociais entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018. Em um dos comentários, o youtuber afirmou: “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”. Publicação foi apagada após o escândalo.
O tribunal responsável por analisar o caso entendeu que parte da ação estava prescrita, pois os comentários feitos pelo humorista tinham acontecido há muitos anos. Dessa forma, o tribunal analisou apenas o tweet feito em 2018, quando cocielo publicou que o jogador “Mbappé faria arrastão top”. Quem moveu o processo contra o humorista foi o Ministério Público, argumentando que entre 2010 e 2018, Cocielo fez diversos comentários racistas nas redes sociais, “afrontando a dignidade humana”.
Foto: Reprodução / Twitter.
A desembargadora Viviani Nicolau, relatora do caso, concluiu que Cocielo “não teve intenção direta de disseminar uma mensagem preconceituosa”. A magistrada acrescentou: “Não é possível descartar por completa a tese da defesa, no sentido de que, no momento da fala, apenas se reportou à velocidade do jogador e fez a piada, momentaneamente ignorando as características físicas do atleta e a associação ruim que poderia ser feita a partir disso”.
No início de 2021, em entrevista a Rafinha Bastos, Cocielo comentou que se sentiu mal após a repercussão negativa, principalmente porque tinha familiares negros e que achou um absurdo o Ministério Público pedir uma indenização no valor de R$ 7,5 milhões. “Existe um infinito entre ser racista e fazer uma piadinha de cunho racista, principalmente quando ela foi feita em 2012”, opinou. “[Me senti mal] porque, p***, eu tenho familiar negro, né? Minha mãe é negra. Minha avó é negra. Minha preocupação era essa. Chatear família e, principalmente, a quebrada onde eu cresci. Só que todo mundo ali apoiou muito”.
Durante a entrevista ele ainda continuou: “Falar que tem familiar negro não é um argumento para internet. Mas para a Justiça é um p*** argumento, sabe? Eu nunca me posicionei por conta disso. Eu tenho que ter cuidado para não falar uma coisa e ser linchado”.
Uma das maiores griots em atividade completará 89 anos e receberá homenagem dupla. Léa Garcia, atriz que foi indicada em Cannes por Orfeu Negro, em 1957 ganhará uma festa neste sábado (12) no Boteco & Gafieira Seu França, local que se tornou point de nomes importantes da negritude no Rio de Janeiro. Além da festa, a artista vai receber uma moção de congratulações, entregue pela vereadora Tainá de Paula.
“Falar sobre Léa Garcia nessa data tão especial é uma honra! Ela é quem faz aniversário e nós que somos agraciados com sua presença, além de poder homenageá-la em vida. Reconhecemos sua relevância por seu honroso destaque na dramaturgia brasileira. Léa é, sobretudo uma figura importante na defesa da cultura, do antirracismo e da igualdade racial. Todos os vivas para Léa”, diz a vereadora.
Para Rodrigo França, anfitrião e organizador da homenagem, “é um dever reverenciarmos dona Léa Garcia. A sua trajetória traça um caminho de dignidade, potência e talento. Referência máxima na arte e em outros aspectos da vida”.
Para a ocasião, a atriz pediu que fizessem seu prato preferido — feijoada— e que a música ficasse por conta de uma roda de samba protagonizada por mulheres. Essa missão vai ser levada pelo grupo Moça Prosa.
O Boteco do Seu França foi aberto pelo ator Rodrigo França e seu irmão Fábio, no dia 16 de julho do ano passado, com a ideia de oferecer empregabilidade às pessoas pretas e dar continuidade ao legado afro-brasileiro. O estabelecimento recebeu este nome em homenagem ao pai dos dois, que era fã da noite carioca.
Taís Araújo postou uma foto dos bastidores da nova novela da Globo, Cara e Coragem, em suas redes sociais na última quinta-feira (11). Na foto postada em sua conta no instagram, ela aparece ao lado do ator Ícaro Silva e da atriz Claudia Di Moura, que vão integrar o núcleo da família da atriz na nova produção.
“Estão preparados pra essa família pesadona na sua telinha?”, perguntou a atriz, que em seguida deu os detalhes. “A maravilhosa da @claudiadimoura faz minha mãe e o @icaro crush de todos nós, faz meu irmão em Cara e Coragem, nossa próxima novela. Quem amou respira! #CaraECoragem”, disse ela na legenda da foto.
A foto recebeu uma chuva de comentários. Ícaro Silva celebrou a parceria com entusiasmo. “Obaaaa!!!💛💛💛💛💛💛”, escreveu ele. A atriz Cinthya Rachel também comentou: “Ahhhhh, só amor vcs juntos!”. “Segura esse feat Braseeeelll!”, disse Claudia Di Moura.
Na nova novela, escrita por Claudia Souto, Taís será Clarice, uma rica empresária que será assassinada misteriosamente. Por conta disso, sua mãe, Martha Gusmão, voltará ao Brasil para assumir a empresa da filha.
Esse é um conteúdo pago construído em parceria com o Twitter Marketing Brasil.
É preciso reconstruir nosso olhar sobre a potência das mulheres negras, que até não muito tempo atrás eram vistas apenas como a mulher cujo único papel era servir. Não é raro, ainda hoje, ouvirmos histórias de mulheres executivas sendo confundidas com profissionais em funções limitadas ao aspecto do cuidado e serviência.
Essa resistência em reconhecer essas novas narrativas, que não são nem tão raras assim, torna a questão da representatividade fundamental. Essas mulheres existem e precisam ser vistas.
As mulheres negras reais e diversas são representadas na publicidade brasileira? As narrativas que vemos nos representa enquanto um grupo que também é heterogêneo?
Durante o mês da mulher e mais especificamente no dia 8 de março, o que vemos são campanhas que ainda não reconhecem mulheres negras como consumidoras, agentes de mudança e protagonistas das suas próprias histórias.
R$ 704 bi é o valor que as mulheres negras movimentam por ano no Brasil. É esse grupo negro e feminino que representa a maior parte dos brasileiros, ou seja, se esse país fosse uma pessoa, seria uma mulher negra.
Marcas e agências falham em manter um distanciamento em relação a esse público. É preciso investir em uma comunicação que atue de forma efetiva e permanente com essas consumidoras, ao contrário de campanhas sazonais que variam muito pouco em relação ao conteúdo e forma. Até os rostos e histórias selecionadas parecem ser os mesmos todos os anos. Quem faz a curadoria para essas agências, precisa ir além dos perfis mais seguidos nas redes sociais e adentrar na comunidade, nos lugares que essas mulheres frequentam que são múltiplos.
Pesquisas de mercado sobre esse público ainda são poucas, superficiais e bem focadas nas carências e não nas necessidades e desejos, inclusive em termos de hábitos de consumo. A insatisfação delas pela forma que são retratadas na publicidade só confirma que ainda não há investimentos nesse sentido.
Creators negros, publishers negros são fontes poderosas de observação e entendimento da complexidade das mulheres negras e no caso da imprensa negra, ainda há um receio das marcas em estar presentes nesses espaços.
Precisamos exaltar nossa diversidade, representatividade e potência e mostrar que outras narrativas existem e merecem ser celebradas. Por isso, selecionamos cinco mulheres negras atuando em áreas que muita gente pensa que elas não existem.
Suelen Marcolino traz soluções de inovação para LinkedIn
Presente na lista da Forbes como uma das 10 profissionais negras em destaque em empresas de tecnologia, Suelen Marcolino é gerente de relacionamento da divisão de soluções de talento no LinkedIn e como mulher negra ela é vocal nas questões raciais na empresa. “Este é o mundo que eu quero, um SIM para todos(as) nós que juntos(as) somamos 55% da população brasileira. Há muito o que ser feito e muita gente boa pra fazer. As oportunidades precisam estar ao alcance de todos(as)”, disse a executiva ao celebrar sua presença na lista. Ela foi uma das responsáveis pela criação do comitê de inclusão racial no LinkedIn, o BIG (Black Inclusion Group).
Além da parte de inteligência e inovação, sua atuação na empresa é sempre atenta a questões sociais, o que inclui a realização de projetos para estimular pessoas fora da bolha do Linkedin a estarem presentes na plataforma através de benefícios, capacitações e palestras voltadas aos integrantes das ONGs.
Ana K Melo é Sócia e Head de Diversidade e Inclusão na XP Inc., líder do grupo Incluir, coletivo de pessoas PCDs da companhia. É formada em marketing, palestrante e criadora de conteúdo nas redes sociais. A partir de sua experiência como mulher negra e pessoa com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, reforça a importância da diversidade no mundo corporativo, trazendo também para a discussão pautas de equidade racial, de gênero e LGBTQIA+.
“Mesmo depois de 12 anos de amputação ainda tenho momentos difíceis. Não é um mar de rosas não turma, nunca gostei de romantizar a minha deficiência por isso, estou compartilhando a realidade aqui com vocês”, explica a creator em uma das suas postagens.
Ana K Mello – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.
Publicitária e ativista em prol das crianças pretas
A publicitária Deh Bastos ficou nacionalmente conhecida por seu trabalho no Criando Crianças Pretas. O novo desafio da mãe do José, de 3 anos, é a cadeira de Diretora de Criação da Publicis, uma das maiores agências de publicidade do Brasil vencedora do prêmio Caboré de agência do ano. “Na minha apresentação para o time, a primeira coisa que eu falei é que sou uma mulher, mãe, preta e gorda e que isso diz muito sobre como eu vejo o mundo”, explica Deh.
Deh Bastos já trabalhou como produtora de conteúdo criativo para grandes marcas, além de conquistar o Prêmio Monet na categoria Melhor Programa Feminino com a equipe de produção do programa “Boas-Vindas”, do canal GNT. Também é professora de criatividade no MBA da FIAP e no mestrado do Instituto de Ciências Ecológicas IPÊ e coautora do livro Maternidades Plurais — Cia das Letras.
Deh Bastos – Foto: Reprodução / Acervo Pessoal.
Mãe preta mudando a comunicação corporativa
Juliana Oliveira, CEO da Oliver Press sempre foi muito determinada em suas conquistas, desde sua graduação e o intercâmbio para a África do Sul, até chegar na sua trajetória com a assessoria de imprensa.
“Eu uni cada desses nãos que recebi e transformei eles em força para fazer acontecer da forma que eu acreditava ser justa e equitativa”, comenta.
Formada em Jornalismo na faculdade Unifieo, Juliana atua há mais de 15 anos no mercado de tecnologia e inovação. Com uma extensa trajetória em assessoria de imprensa, acompanhando mais de 400 empresas na sua carreira, Juliana ganhou espaço e realizou o sonho de montar a Oliver Press, sua própria assessoria de Comunicação, Inovação e Diversidade.
Nohoa Arcanjo do mercado de moda ao mundo do marketing com foco na tecnologia
Nohoa Arcanjo trocou a Assessoria de Imprensa na área de moda pelo Marketing. Por trabalhar como produtora de moda, sua boa rede de contatos foi um facilitador nessa migração de carreira e um dos seus primeiros trabalhos nessa virada, foi na joalheria Pandora, onde ficou por 5 anos.
Hoje ela é cofundadora da Creators, uma HRTech que conecta profissionais criativos, de comunicação e tecnologia a empresas inovadoras, no formato plug and play.
Ela é responsável pelas áreas de Growth, Sales e PR na startup. “Eu sendo uma ótima pessoa de PR e muito comunicativa, sou responsável pela área de números, insights e dados da empresa e vejo o quanto isso faz diferença, o quanto é mais fácil tomar decisões baseada em dados. E o meu maior conselho hoje é não tenha medo dos números, eles são nossos aliados. Daqui para frente não existe mais viver em um mundo sem análise de dados”, disse a executiva em uma entrevista ao site Distritos.Que tal abrir mão da narrativa de um feminino universal e reconhecer a diversidade e pluralidade das mulheres brasileiras na sua campanha? #MudeANarrativa com a gente!
Entre as representantes, Anielle Franco é convidada para a cerimônia oficial
Sete organizações do movimento negro estão no Chile acompanhando a transformação política do país e realizando troca de experiências com lideranças do País. Entre as instituções estão Casa Sueli Carneiro, Instituto Marielle Franco, Instituto de Referência Negra Peregum, Movimento Mulheres Negras Decidem, Uneafro Brasil, Geledés Instituto da Mulher Negra e Perifa Connection. Nesta sexta (11), elas acompanham a posse do novo presidente chileno, Gabriel Boric. Entre elas, Anielle Franco, é convidada oficial da cerimônia que ocorrem em Valparaíso.
Durante a viagem, as organizações que integram a Coalizão Negra por Direitos encontraram movimentos e organizações da sociedade civil, lideranças na Convenção que irá decidir a nova Constituinte chilena e três ministras do novo Governo.
O Chile passa por processos de transformação e uma onda de esperança avança no País. Destaque para a mobilização dos povos originários, como o mapuche, dos movimentos indígenas, para incidir na nova constituinte chilena, bem como as lideranças que estarão na posse de Boric.
Para Beatriz Lourenço, militante da Uneafro Brasil, o movimento negro brasileiro tem papel fundamental para o processo de construção da verdadeira democracia no Brasil.
“Se a sociedade brasileira entender a importância do movimento negro, podemos continuar nossa resistência, mas trazendo um pouco de esperança a partir das eleições de 2022 aqui também. Seja com o fortalecimento de lideranças negras, candidatas ou não, e na luta de militantes, principalmente com a liderança de mulheres negras”, acredita ela.
O grupo se reuniu com organizações que estão trabalhando para a maior participação política de grupos historicamente subrepresentados, como o Ahora nos toca participar e Ciudadanía Inteligente y Plataforma Contexto.
Além disso, o grupo conheceu a Convenção da formação da nova Constituinte chilena. Para Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco e uma dos três brasileiros convidados para a posse de Boric, esse é um momento favorável na América Latina para os movimentos sociais, em especial o de mulheres negras.
“São as mulheres negras que estão historicamente à frente dos processos de construção do país e de consolidação da democracia brasileira. Este é um momento de maior evidência do protagonismo das mulheres negras. A candidatura de Francia Marquéz corrobora como esse processo abrange toda a América Latina. E, no Chile, vemos que as vozes das ruas e dos movimentos conseguiram avançar com suas pautas e ocuparam a política institucional. Isso nos dá também esperança para este ano no Brasil.”, pontua Anielle.
No dia 8 de março, o grupo ainda participou do 8M, marcha pelo Dia Internacional da Mulher, em Santiago. “É uma oportunidade de aprender com as mulheres negras colombianas estratégias de comunicação e mobilização para a construção de uma candidatura feminina e negra à Presidência, fato ainda inédito para nós no Brasil. Nós mulheres negras somos mais de 28% da população brasileira. Então, eleger uma presidenta negra é um projeto que está no horizonte, como um passo necessário para o aprofundamento da nossa democracia”, afirma Tainah Pereira, coordenadora política do Movimento Mulheres Negras Decidem.
Nessas eleições, haverá uma grande disputa colocada sobre os representantes que irão propor diferentes modelos de país. A viagem comprova a vanguarda, força e influência do movimento negro brasileiro na América Latina que tem papel fundamental para o alcance da plena democracia no Brasil e está a frente dos processos históricos desta consolidação democrática.
Representantes do Black Lives Matter, NAACP, o ator Samuel L. Jackson e outras pessoas enviaram cartas e testemunharam em favor do ator.
Jussie Smollett, ex-astro de Empire deverá cumprir cinco meses de prisão por fingir ser vítima de um crime de ódio em 2019. Na ocasião, ele alegou ter sido atacado por dois homens que teriam proferido insultos racistas e homofóbicos contra ele. Mais tarde, uma investigação da Polícia de Chicago concluiu que os agressores haviam sido contratados por ele. Smollett nega as acusações.
O juiz James Linn também ordenou que Smollett pagasse US$ 120.000 de restituição à cidade de Chicago, mais uma multa de US$ 25.000 e cumprisse 30 meses de liberdade condicional. Depois que a sentença foi anunciada, Smollett se levantou e disse: “Sou inocente e não sou suicida”, dizendo que teme por sua vida dentro da prisão e que se ele aparecer morto, não terá sido por iniciativa própria. Vários apoiadores de Smollett expressaram preocupação com sua segurança se ele fosse condenado a uma pena de prisão, dada a notoriedade de seu caso.
“Você virou sua vida de cabeça para baixo por sua má conduta e travessuras. Você destruiu sua vida como a conhecia — disse Linn. “Você queria chamar a atenção e estava tão envolvido em questões de justiça social, e sabia que este era um ponto sensível para todos neste país. Você estava dando uma festa nacional de piedade para si mesmo”, disse o juiz antes de proferir a sentença.
O ator continuou a defender sua inocência. “Se eu fiz isso, significa que enfiei meu punho nos medos dos negros americanos por mais de 400 anos neste país e nos medos da comunidade LGBT”, disse Smollett. “Se alguma coisa acontecer comigo quando eu entro lá, eu não fiz isso comigo mesmo, e todos vocês devem saber disso.”
Nenye Uche, principal advogado de defesa de Smollett, argumentou que já havia pago uma multa de US$ 10.000 e não deveria ser submetido a mais punições. Ele alertou que uma pena de prisão pode se tornar uma “sentença de morte” devido ao COVID-19.
Os advogados de Smollett leram cartas em nome de Smollett do chefe da NAACP, do Black Lives Matter e do ator Alfre Woodard e Samuel L. Jackson e sua esposa, LaTanya Richardson Jackson.
Smollet foi condenado em um julgamento em dezembro, mas a pena só foi anunciada nesta quinta-feira. A expectativa era de que ele fosse condenado à liberdade condicional por conta de seus bons antecedentes. Os advogados de Smollett pediram que a pena de prisão fosse suspensa, mas o juiz James Linn negou o pedido.
A repórter e apresentadora Glória Maria, é a entrevistada do Roda Viva da próxima segunda-feira (14), que terá apresentação de Vera Magalhães.
Além de conversar com Vera Magalhães, Gloria conversará com uma bancada inteiramente composta por mulheres, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado na última terça-feira (8).
Com passagem pelo Jornal Nacional, Hoje, RJTV e Fantástico de 1988 a 2007, Glória cobriu assuntos diferentes entre si, como a Guerra das Malvinas, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).
Em 2006, acompanhou o escritor Paulo Coelho, em uma viagem pela ferrovia transiberiana até Moscou. Mas, das inúmeras entrevistas de sua trajetória, poucas deixaram lembranças tão marcantes como as que fez com Roberto Carlos. Mais do que as revelações que conseguiu, numa das vezes, ele cantou para ela. E, em outra, a tirou para dançar.
Gloria planeja falar no ao vivo sobre suas ‘aventuras a trabalho’ e sobre as conquistas sendo um jornalista negra no Brasil.
A Apple TV+ adquiriu os direitos de exibição referente a um documentário sobreLewis Hamilton. Projeto visual sobre o astro, sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, será dirigido por Matt Kay.
O projeto – ainda sem título definido – oferecerá acesso aos acontecimentos na carreira de Hamilton, dentro e fora da pista, além de entrevistas com convidados. A obra terá produção do próprio atleta, além de Penni Thow, Box to Box Films e One Community. Richard Plepler será o produtor executivo através de sua Eden Productions; Scott Budnick também atuará como produtor executivo.
O documentário também terá acesso a detalhes dentro da Mercedes, grupo com o qual Hamilton pilota há anos, além de um elenco de personalidades que fizeram parte da história do piloto. A ideia é mostrar o atleta dentro e fora das pistas, focando não apenas em suas vitórias, mas também em seu papel social e cultural, bem como nas transformações sociais que ele exerceu na Fórmula 1. Até o momento, nenhuma outra informação foi anunciada.
Hamilton também está envolvido em um projeto sem título que tem Brad Pitt como estrela e Joseph Kosinski, o cineasta por trás do próximo ‘Top Gun: Maverick’, na direção.