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Kanye West e Bianca Censori estão se divorciando, diz site

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Foto: Getty Images

Poucos dias após a polêmica no tapete vermelho do Grammy 2025, Kanye West e Bianca Censori estão se divorciando, dizem fontes próximas ao rapper para o TMZ. De acordo com o que relato ao site, o casal já está em contato com advogados para dar início ao processo de divórcio.

Embora Kanye e Bianca não tenham se pronunciado oficialmente sobre o assunto, tanto o TMZ quanto o Daily Mail indicam que a separação já é certa. O Daily Mail ainda relata que os dois teriam chegado a um acordo verbal no qual Bianca receberia US$ 5 milhões no divórcio.

O casal trocou votos em janeiro de 2023, em uma cerimônia discreta. Desde então, Kanye e Bianca atraíram atenção com suas aparições polêmicas, especialmente pelos looks exibicionistas em eventos públicos.

Recentemente, no Grammy 2025, eles voltaram a ser alvos da imprensa internacional quando Bianca apareceu com um look transparente para pousar ao lado de Kanye no tapete vermelho e em seguida deixaram o evento.

Os atores negros com as melhores performances de séries de TV no século XXI, segundo a Variety 

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Fotos: Eric Liebowitz/Netflix; Jill Greenberg/Netflix; Divulgação; Coco Olakunle para FX; HBO; Mitch Haaseth/ABC; e

A Variety divulgou, nesta quinta-feira (13), uma lista com as 100 melhores performances de TV do século XXI, destacando atuações que marcaram a televisão nas últimas décadas. Entre essas performances, destacam-se as contribuições de atores negros que trouxeram profundidade e autenticidade a seus papéis. 

Entre os trabalhos destacados estão os atores Michael Kenneth Williams como Omar Little, em “A Escuta”, e Andre Braugher, o eterno Capitão Raymond Holt, da série “Brooklyn Nine-Nine”, que aparecem no Top 10.

Confira abaixo as performances de 10 atores negros incluídas na lista em suas respectivas posições da lista:

6 – Michael Kenneth Williams como Omar Little, “A Escuta”

Michael Kenneth Williams é o ator negro que mais se destacou na lista, por seu papel em “A Escuta”. Omar Little é um temido ladrão de traficantes em Baltimore, conhecido por seu código moral rígido: ele nunca machuca civis, apenas aqueles envolvidos no tráfico. O personagem quebrou estereótipos ao ser um homem negro, gay e implacável no submundo do crime. Série disponível na Max.

Foto: HBO

8 – Andre Braugher como Capitão Raymond Holt, “Brooklyn Nine-Nine” 

Andre Braugher interpretou o Capitão Holt, um sério e meticuloso comandante da 99ª delegacia do Brooklyn, um homem negro e gay que enfrentou discriminação ao longo de sua carreira. Seu humor seco, combinava seriedade e timing cômico impecável. Apesar de sua rigidez, Holt tem um grande coração e desenvolve laços profundos com seus colegas. Série disponível na Netflix.

Foto: Divulgação

11 – Michaela Coel como Arabella Essiedu, “I May Destroy You” 

Michaela Coel interpretou Arabella Essiedu em I May Destroy You, série que também criou, escreveu e dirigiu. Arabella é uma jovem escritora londrina que, após ser drogada e estuprada em uma noite de festa, embarca em uma jornada intensa de autodescoberta, trauma e cura. Coel entrega uma atuação visceral, trazendo autenticidade e sensibilidade à personagem. Série disponível na Max. 

Foto: Divulgação

13 – Regina King como Angela Abar, “Watchmen” 

A performance poderosa de Regina King como Angela Bar, lhe rendeu um Emmy de Melhor Atriz. Na série Watchmen, Angela é uma detetive e vigilante mascarada que investiga um ataque supremacista branco em Tulsa, Oklahoma. Conforme a trama avança, ela descobre segredos sobre sua família, sua conexão com o legado de heróis mascarados e a verdadeira natureza do Doutor Manhattan. Série disponível na Max.

Foto: Divulgação

32 – Niecy Nash como Didi Ortley, “Getting On”  

Niecy Nash interpretou Didi Ortley em Getting On, uma comédia dramática sobre o cotidiano de uma ala geriátrica em um hospital da Califórnia. Didi é uma enfermeira dedicada, compassiva e prática, muitas vezes servindo como a voz da razão em meio ao caos da equipe médica. Sua relação com os pacientes e colegas reflete tanto o humor absurdo quanto a dureza do sistema de saúde. A atuação de Nash trouxe humanidade e autenticidade à personagem, consolidando seu talento para equilibrar drama e comédia. Série disponível na Max.

Foto: HBO

35 – Brian Tyree Henry como Alfred “Paper Boi” Miles, “Atlanta”  

Brian Tyree Henry interpretou Paper Boi, um rapper em ascensão que lida com a fama repentina enquanto tenta manter sua autenticidade e navegar pelos desafios da indústria musical. Apesar de sua persona de astro do rap, ele é introspectivo, cético e frequentemente frustrado com as expectativas do sucesso. A atuação de Henry trouxe profundidade e realismo ao personagem, explorando questões de identidade, masculinidade e sobrevivência no universo do hip-hop. Série disponível na Netflix.

Foto: Coco Olakunle para FX

41 – Kerry Washington como Olivia Pope, “Scandal” 

Como uma das protagonistas negras mais marcantes da TV, Olivia Pope se tornou um ícone da cultura pop, e a atuação de Kerry Washington foi amplamente aclamada. Olivia é uma poderosa estrategista de crise em Washington, D.C., à frente da empresa de gestão de crises Pope & Associates. Inteligente, implacável e sempre um passo à frente, ela resolve escândalos políticos enquanto lida com seu próprio drama pessoal, incluindo um intenso relacionamento com o presidente Fitzgerald Grant. Série disponível no Disney+.

Foto: Mitch Haaseth/ABC

44 – Uzo Aduba como Suzanne “Crazy Eyes” Warren, “Orange Is the New Black”

A atuação complexa e comovente de Aduba lhe rendeu dois prêmios Emmy, consolidando Suzanne como uma das personagens mais memoráveis da série. Suzanne é uma detenta com um comportamento excêntrico, inteligência singular e uma imaginação vívida. Inicialmente vista como instável e imprevisível, a série revela sua vulnerabilidade, lealdade e profunda necessidade de conexão. Sua história explora questões de saúde mental e pertencimento no sistema prisional. Série disponível na Netflix.

Foto: Jill Greenberg/Netflix

47 – William Jackson Harper como Chidi Anagonye, ​​“The Good Place” 

A performance de Harper é cômica e cativante, equilibrando as ansiedades de Chidi com momentos de profunda sabedoria, tornando-o um dos personagens mais queridos da série. The Good Place, uma série de comédia que explora questões filosóficas e morais. Chidi é um professor de ética que, após sua morte, é levado ao “Bom Lugar”, um paraíso pós-vida. No entanto, ele se vê perdido e cheio de inseguranças sobre suas próprias decisões, sempre se questionando sobre o que é moralmente certo. 

Foto: Divulgação

53 – Tituss Burgess como Titus Andromedon, “Unbreakable Kimmy Schmidt” 

Um dos protagonistas da série, Titus é um cantor excêntrico e cheio de grandes sonhos, mas com uma personalidade divertida e cativante. Ele é o melhor amigo de Kimmy Schmidt e sempre se envolve em situações hilárias enquanto tenta alcançar a fama e o sucesso. A performance de Tituss Burgess é reconhecida por sua energia vibrante, humor e talento musical, tornando um dos personagens mais memoráveis da série.

Foto: Eric Liebowitz/Netflix

Veja a lista completa aqui!

Incêndio em fábrica de fantasias no Rio expõe condições precárias de trabalho na cadeia produtiva do Carnaval

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Foto: Reprodução

Um incêndio de grandes proporções destruiu na manhã da última quarta-feira (12) a Maximus Confecções, fábrica de fantasias localizada em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O fogo, que começou por volta das 7h30, deixou ao menos 21 feridos, sendo 10 em estado grave, e expôs as condições precárias de trabalho no local, que funcionava 24 horas por dia para atender à demanda do Carnaval.

A fábrica, uma das principais fornecedoras de fantasias para escolas de samba das divisões de acesso, como a Série Ouro e a Intendente Magalhães, estava com documentação irregular, segundo o Corpo de Bombeiros. O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) anunciou que vai apurar as condições de trabalho no local, que, de acordo com uma perícia preliminar, apontou que o local tinha ligações clandestinas de energia. Técnicos da Defesa Civil Municipal constataram danos na estrutura do prédio anexo, apontando o risco para desabamento e a fábrica foi interditada.

Durante o programa jornalístico Globonews em Ponto, a jornalista Flávia Oliveira destacou em seu comentário a necessidade de oferecer melhores condições de trabalho para pessoas que atuam na cadeia produtiva do Carnaval: “A gente precisa refletir sobre condições de trabalho, condições de saúde e segurança no trabalho dos profissionais, dos trabalhadores que integram essa cadeia produtiva. É uma festa linda, gigantesca e muito rica, sobretudo no grupo especial”.

Entre as escolas de samba mais afetadas estão o Império Serrano, a Unidos de Bangu e a Unidos da Ponte, que confirmaram ter toda a sua produção de fantasias no galpão. A Liga RJ, responsável pelos desfiles da Série Ouro, informou que realizará uma plenária para discutir os impactos da tragédia. A divisão decidiu que as escolas prejudicadas não poderão ser rebaixadas este ano.

Condições precárias e investigações

As chamas se alastraram rapidamente, atingindo também prédios residenciais vizinhos. Bombeiros relataram dificuldades para acessar o local devido às passagens estreitas, o que atrasou o resgate de trabalhadores que ficaram encurralados. Quatro pessoas foram salvas após se refugiarem na parte externa de uma janela. “Foi muito rápido, lambeu tudo!”, disse um dos sobreviventes.

Funcionários relataram que a confecção operava em turnos ininterruptos, com aderecistas dormindo nos ateliês para cumprir prazos apertados. O local não possuía alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, e a Defesa Civil alertou para o risco de desabamento do galpão.

A Polícia Civil vai chamar para depor os dois proprietários das empresas registradas no local: Milton Gonzalez, 77, e Helio Araújo de Oliveira, 41. Gonzalez, conhecido por administrar a Barraca do Uruguay em Ipanema, negou qualquer envolvimento com a fábrica, alegando que seus documentos foram roubados. Já Araújo, que inicialmente negou ser dono do local, é diretor da Liga da Série Ouro e tem histórico de envolvimento com outras confecções.

Desdobramentos

Além das investigações sobre as causas do incêndio, as autoridades vão apurar se as duas empresas registradas no local — Maximus Ramo Confecções de Vestuário e Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. — compartilhavam funcionários e estrutura. Enquanto isso, as escolas de samba afetadas correm contra o tempo para refazer suas fantasias a poucos dias dos desfiles.

Shonda Rhimes renuncia ao Conselho de uma das principais instituições culturais dos EUA após Trump assumir presidência

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Foto: Matt Winkelmeyer/Getty Images, ARQUIVO

A renúncia da produtora e showrunner Shonda Rhimes do Conselho do Kennedy Center, anunciada na quarta-feira (12), marca mais um capítulo na recente turbulência que atingiu a instituição cultural americana. Rhimes, criadora de sucessos como Grey’s Anatomy e CEO da Shondaland, também ocupava o cargo de tesoureira do conselho da instituição, que é um dos mais importantes centros culturais dos Estados Unidos. Sua saída ocorre após a eleição do ex-presidente Donald Trump como presidente do Kennedy Center, em uma votação realizada pelo próprio conselho.

A mudança na liderança da instituição foi acompanhada pela rescisão do contrato de Deborah F. Rutter, presidente do Kennedy Center desde 2014. Rutter já havia anunciado planos de deixar o cargo no final de 2025, mas sua saída foi antecipada. Richard Grenell, ex-embaixador de Trump na Alemanha, foi nomeado presidente interino.

A saída de Rhimes, nomeada ao conselho pelo ex-presidente Barack Obama, não chega a surpreender. A produtora, conhecida por projetos que abraçam a diversidade e a inclusão, como a série Bridgerton da Netflix, apoiou a vice-presidente Kamala Harris na eleição presidencial de 2024. A mudança na liderança do Kennedy Center levanta questionamentos sobre o futuro de iniciativas ligadas à diversidade e equidade, temas que Trump tem criticado publicamente.

A onda de renúncias não se limitou a Rhimes. O cantor e compositor Ben Folds anunciou sua saída como consultor artístico da Orquestra Sinfônica Nacional, seguido pela soprano Renée Fleming, que também deixou o cargo de consultora artística geral. As decisões ocorrem após a declaração de Trump, na sexta-feira passada, de que demitiria vários membros do conselho, incluindo o então presidente David M. Rubenstein, e assumiria a presidência da instituição.

Novos membros e mudanças na gestão

Na quarta-feira, o Kennedy Center anunciou a nomeação de 14 novos membros para o Conselho de Administração, incluindo o próprio Trump, além de figuras próximas a ele, como Susie Wiles, Dan Scavino e Usha Vance. A instituição, que supervisiona a Orquestra Sinfônica Nacional, a Ópera Nacional de Washington e eventos como o Kennedy Center Honors, agora terá uma gestão alinhada ao ex-presidente.

Impacto no Kennedy Center Honors

As renúncias também colocam em xeque o futuro do Kennedy Center Honors, um dos principais eventos culturais de Washington, D.C. Durante o mandato de Trump, a cerimônia foi alvo de polêmicas, com homenageados boicotando a tradicional recepção na Casa Branca em 2017. Agora, com o ex-presidente e seus aliados à frente do conselho, a escolha dos homenageados e a gestão do evento passarão por mudanças significativas.

A instituição, que há décadas busca manter uma representação bipartidária, enfrenta um momento de incerteza. A saída de nomes como Rhimes, Folds e Fleming pode indicar um novo rumo para o Kennedy Center, sob uma gestão mais alinhada aos ideais de Trump e sua base de apoio.

Com informações de Hollywood Reporter e Deadline

Banco do Brasil e Zumbi dos Palmares lançam bolsa para pesquisas sobre negócios de beleza nas periferias

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Foto: Reprodução/Freepik

Uma nova oportunidade para mestrandos e doutorandos negros acaba de ser lançada pelo Banco do Brasil, por meio da Fundação BB, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares: uma bolsa de pesquisa focada no impacto das atividades de beleza e estética na geração de renda para pessoas negras de periferia. Com o tema “Estudos sobre o impacto das atividades de beleza e estética na geração de renda para pessoas negras de periferia”, a pesquisa busca impulsionar a produção de conhecimento e destacar a riqueza e a diversidade da cultura afro-brasileira.

A seleção faz parte de uma iniciativa que nasce do Protocolo de Intenções firmado em novembro de 2023 entre o Banco do Brasil, a Fundação BB e a Universidade Zumbi dos Palmares. O objetivo dessa parceria é dar visibilidade às produções acadêmicas da população negra e colaborar ativamente na construção de soluções para o combate ao racismo e à promoção da igualdade racial.

O foco da pesquisa é entender o impacto dos negócios de beleza e estética, liderados por pessoas negras em comunidades periféricas de São Paulo, Brasília, Belém, Salvador e Porto Alegre. A ideia é mapear esses empreendimentos, explorar o perfil dos empreendedores e suas principais dificuldades, além de identificar as oportunidades e os efeitos socioeconômicos dessa área na geração de renda e autonomia financeira. Os resultados serão fundamentais para a criação de políticas públicas que favoreçam a inclusão econômica e social de empreendedores negros.

“Essa parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares é uma grande oportunidade para conhecer melhor o potencial econômico desse segmento e, a partir dele, promover e apoiar ações que geram o desenvolvimento sustentável, valorização da cultura afro-brasileira, combate ao racismo e a promoção da igualdade racial”, destaca Luciana Bagno, diretora executiva de Desenvolvimento Social da Fundação Banco do Brasil.

Para o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, “essa parceria reafirma nosso compromisso inegociável com a inclusão e a valorização da população negra, tanto no meio acadêmico quanto no mundo do empreendedorismo. Ao impulsionar a pesquisa e a qualificação profissional, não apenas fortalecemos o empreendedorismo negro, mas também promovemos o desenvolvimento de talentos, a geração de riqueza e a inclusão produtiva e financeira da nossa comunidade. Estamos investindo no futuro, criando oportunidades reais e estruturantes para que a população negra avance com autonomia e protagonismo.”

As inscrições para a bolsa de pesquisa estão abertas até o dia 25 de fevereiro. Acesse aqui: https://diversity.selecty.com.br/vaga/131/vaga-para-bolsa-de-pesquisa-faculdade-zumbi-dos-palmares-brasil.

Do Silêncio ao “Cale-se!” – Pode a Branquitude escutar?

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Foto: Freepik

Não é de hoje que o senso comum se serve da psicanálise para emoldurar questões do cotidiano, reconhecendo no fenômeno psicanalítico uma base mais ou menos “segura” para as elucubrações do dia a dia. Pode-se dizer que essa é uma proposição idealista de Freud, que condensa em seus textos, argumentos que se revelam no âmbito do comportamento e dos costumes, proximidade com as ações do cotidiano. Moral, ética, política, sociedade estão intrincadas nas entrelinhas e paráfrases da psicanálise, pois tais conceitos formalizaram essas teorias. Por isso mesmo é preciso entender que o contexto, onde a psicanálise acontece, não pode ser suprimido. Sendo assim, é necessário levar em consideração o tempo, o espaço e as necessidades existenciais que estavam interseccionadas naquele momento. 

Se por um lado, a psicanálise pode nos dar pistas, servindo de ferramenta de análise social e política; é preciso ter cuidado com a falsa sensação de douto-saber que a teoria pode exacerbar em alguns sujeitos. Ela sabe – Sim! – sobre a estrutura eurocêntrica que foi criada. Sobre as críticas que teceu em relação a esta estrutura. Sabe também, sobre as possibilidades de atuação na diminuição do sofrimento psíquico de determinados indivíduos. Mas ela, por si só, nada sabe das especificidades e das singularidades que emergem das relações mais ou menos identitárias propostas hoje na sociedade para os indivíduos, para dizer o mínimo. Não há conhecimento psicanalítico capar de sustentar sozinho o horror da escravidão e a atualização do racismo e do preconceito no cotidiano das pessoas não brancas e/ ou possuidoras de corpos dissidentes. É um conhecimento branco, forjado na estrutura patriarcal, hetero-cis, por assim dizer. Para que consiga servir de ferramenta de análise no contexto social que vivemos hoje, precisa se enegrecer. Se contaminar, colocando-se à disposição de uma possível metamorfose. Esses engendramentos só são possíveis a partir de lugares de FALA diversos. É necessário que lugares de escuta atentas de indivíduos que atuam, juntamente com a branquitude neste lugar de opressores, sejam criados.

Grada Kilomba, no programa Roda Viva (2024), traz uma definição muito didática do que é o silenciamento. Mais do que impedir alguém de falar, é impossibilitá-la de ser ouvida. Aqui me beneficiarei do conceito de Subalterna, também de Grada, para manter o gênero no feminino. É sob esta doma construída por ela, Fanon, bell hooks, Angela Davis, Lélia Gonzales, Virgínia Bicudo que me identifico como mulher, negra, periférica, psicanalista e militante de um movimento antirracista cotidiano e contracolonial. E nesse sentido, proponho um exercício de ação performativa (Butler, 2019) para a branquitude, contrapondo o lugar de CALE-SE, proposto por Maria Rita Khel em recente entrevista à TV Brasil: lugar de ESCUTA. 

Cara professora, ouça quem fala de um lugar que, mesmo conhecendo todas as atrocidades feitas pela branquitude aos corpos não brancos e/ ou dissidentes, os consideram como humanos, a ponto de despender tempo precioso a uma resposta polida ao seu lugar de CALE-SE, que nos foi proposto. É preciso entender que não há lugar de CALE-SE para quem é silenciado. Não há crítica válida à fala da Subalterna, pois ela não tem lugar de escuta da branquitude. De outro modo, o que justificaria uma mulher que se identifica como branca, de classe média, descendentes de alemães, propor um silenciamento explícito a um movimento que não conhece, dialoga e quiçá respeita? Descrevendo-o com todos os estereótipos opressores, dos quais me recuso a citar, Khel potencializa em seu discurso a força de silenciamento sobre a Subalterna. Vindo de qualquer lugar, essa ação já seria de posição equivocada. Vindo da psicanálise é inaceitável, por assim dizer, considerando que todo o saber psicanalítico emana da escuta. 

É por isso que reafirmo a proposição da ação performadora estratégias de ampliar o “laço social” citada em dada entrevista, no sentido da escuta. A branquitude precisa escutar mais, falar menos e não silenciar ninguém. A construção desse laço social citado por Khel, deve começar pela escuta. Nesse sentido, é preciso que veículos como TV Brasil, pagos com dinheiro público, tenham espaços de escuta para todas as falas e vozes diversas. Pessoas com anos de expertise em ações antirracistas, comprometidos mais ou menos com a (des)construção da psicanálise; nomes como Deivison Faustino, Mônica Gonçalves, Renato Nogueira, Jaciana Melquiades, Sueli Carneiro, Conceição Evaristos, Douglas Barros, Lourenço Cardoso, entre outros, sejam escutados. Estamos falando e não vamos parar até que o silenciamento cesse. A Subalterna falará até que possa ser ouvida. A psicanálise será atravessada pelos saberes ancestrais, até que cada singular possa ser contemplado pelo acolhimento. Escute aqui, branquitude! Há um lugar amoroso para sua dor narcísica. Mas é preciso que se rompa o pacto!

Vanessa RodriguesProfessora e Psicanalista Clínica @vanrodrigues.psi

Aline Chermoula lança nova temporada do podcast “Receitas Poéticas”, unindo oralidade e ancestralidade

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Créditos: Divulgação

A chef e pesquisadora da culinária afrodiaspórica, Aline Chermoula, está de volta com a segunda temporada do seu podcast “Receitas Poéticas”. Depois do sucesso da primeira fase, em que explorou ingredientes da diáspora e pratos marcantes como o acarajé, agora ela mergulha ainda mais fundo na força da oralidade, trazendo poesias que celebram a ancestralidade alimentar.

Dessa vez, os episódios misturam versos e reflexões sobre elementos essenciais da culinária afrodiaspórica, como azeite de dendê, pilão, feijão-fradinho e cocada. Com suas palavras, Aline resgata memórias, sabores e a espiritualidade que fazem da cozinha um espaço de resistência e conexão.

“Cozinhar é um ato de memória e afeto. Com essa nova série, quero que os ouvintes sintam os sabores através das palavras, que possam se conectar com a história e a energia dos alimentos”, diz a chef.

Assim como na primeira temporada, “Receitas Poéticas” segue disponível nas principais plataformas de streaming, levando conhecimento, poesia e tradição para quem quer se aprofundar na riqueza da culinária afrocentrada.

‘Sing Sing’ e ‘Capitão América 4’ estreiam nos cinemas nesta quinta-feira (13)

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Fotos: Dominic Leon/A24 e Marvel

Novos filmes com representatividade negra chegam aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13), com o lançamento dos filmes “Sing Sing e “Capitão América: Admirável Mundo Novo”.

Para quem gosta de histórias emocionantes e baseado em histórias reais, “Sing Sing”, indicado a três categorias do Oscar, incluindo de Melhor Ator com Colman Domingo, é um drama inspirado no programa “Rehabilitation Through the Arts”, uma organização sem fins lucrativos.

Dirigido e co-escrito por Greg Kwedar, o filme acompanha Divine G, um homem preso injustamente, que descobre um novo propósito ao se juntar a um grupo de teatro formado por outros detentos. Juntos, eles se empenham em montar uma peça original intitulada “Breakin’ the Mummy’s Code”, explorando a transformação pessoal e a busca por redenção através da arte.

Já para os fãs do MCU (Universo Cinematográfico Marvel), finalmente vai estrear “Capitão América: Admirável Mundo Novo” marcando a estreia de Sam Wilson (Anthony Mackie) como o novo Capitão América em um longa-metragem, após os eventos da série “Falcão e o Soldado Invernal”.

O quarto filme da sequência do herói também conta com a participação de Harrison Ford no papel do General Thaddeus “Thunderbolt” Ross, agora presidente dos Estados Unidos, substituindo o falecido William Hurt. O elenco também inclui Giancarlo Esposito interpretando Seth Voelker, Tim Blake Nelson como o vilão Líder e Liv Tyler reprisando seu papel como Betty Ross. A narrativa segue Sam enquanto ele enfrenta um incidente internacional e tenta desvendar um plano global antes que o responsável cause um caos mundial.

P. Diddy pede US$ 100 milhões em processo contra a NBCUniversal por difamação em documentário

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Foto: Lucas Jackson/Reuters

Sean “Diddy” Combs entrou com um processo de difamação de US$ 100 milhões contra a NBCUniversal, Peacock TV e Ample Entertainment, alegando que o documentário Diddy: The Making of a Bad Boy” fez acusações “falsas, imprudentes e maliciosas” contra ele, incluindo tráfico sexual e assassinato.

A ação, movida na terça-feira (11), argumenta que o documentário, – que estreou em janeiro nos Estados Unidos, apresenta alegações de Rodney Jones (que já processou Sean Combs separadamente) e do advogado Ariel Mitchell, entre outros. O filme explora acusações contra o magnata, incluindo sua suposta ligação com as mortes de Kimberly Porter, ex-companheira do rapper, Biggie Smalls, Andre Harrell e Heavy D, além da tentativa de assassinato de Al B. Sure.

Erica Wolff, advogada de Combs, classificou o documentário como uma tentativa deliberada de “encher seus próprios bolsos às custas da verdade, da decência e dos padrões básicos do jornalismo profissional”.

“Explorando grosseiramente a confiança de seu público e correndo para superar seus concorrentes pela exposição mais obscena de Diddy, os réus maliciosamente e imprudentemente transmitem mentiras escandalosas em ‘A Queda de P. Diddy’. No suposto documentário, os réus acusam o Sr. Combs de crimes horríveis, incluindo assassinato em série e agressão sexual de menores – sabendo que não há evidências para apoiá-los. Ao fazer e transmitir essas falsidades, entre outras, os réus buscam apenas capitalizar o apetite do público por escândalos sem qualquer consideração pela verdade e às custas do direito do Sr. Combs a um julgamento justo”, continua Wolff.

“O Sr. Combs move esta ação para responsabilizar os réus pelos danos extraordinários que suas declarações imprudentes causaram”, finaliza sua declaração.

Combs busca US$ 100 milhões em indenização, alegando “graves danos econômicos e à reputação” decorrentes das alegações que classifica como falsas e difamatórias.

Prime Video divulga primeiro trailer de “G20”, filme de ação estrelado por Viola Davis como presidente dos EUA em missão de resgate

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Foto: Reprodução

O Prime Video divulgou nesta quarta-feira (12) o primeiro trailer de “G20“, novo filme de ação estrelado por Viola Davis, que interpreta uma comandante-chefe determinada a salvar sua família e líderes mundiais durante um ataque terrorista. O longa, dirigido por Patricia Riggen, chega ao streaming em 10 de abril e promete misturar suspense, tecnologia e cenas de ação intensas.

No trailer, Davis aparece como a presidente Danielle Sutton, que precisa enfrentar uma crise global quando terroristas assumem o controle da cúpula do G20 na Cidade do Cabo, na África do Sul. A trama ganha contornos ainda mais tensos com a ameaça do líder terrorista, interpretado por Antony Starr, que toma o poder no G20 à força e anuncia que lançará o Projeto Deepfake.

G20 é um filme de ação de alto risco com muito coração”, destacaram o casal Davis e Julius Tennon, em dezembro, durante o Festival de Cinema do Mar Vermelho, na Arábia Saudita. O casal assina a produção através de sua empresa, a JuVee. Segundo a diretora Patricia Riggen, a narrativa mistura ação clássica e elementos do mundo moderno: “Este é Viola Davis como você nunca viu — heroicamente chutando toneladas de bundas em uma viagem emocionante”, disse Riggen.

O elenco ainda conta com Anthony Anderson e Marsai Martin. Ramón Rodríguez (The Last Ship), Douglas Hodge (Joker), Elizabeth Marvel (Homeland), Sabrina Impacciatore (The White Lotus) e Clark Gregg (Agents of S.H.I.E.L.D.). O roteiro é assinado por Caitlin Parrish, Erica Weiss, Logan Miller e Noah Miller, com produção de Viola Davis, Andrew Lazar e Julius Tennon.

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