Home Blog Page 614

“O grande desafio é conseguir representar e honrar a população negra da melhor forma possível” diz a apresentadora Valéria Almeida

0
Foto: Mariana Pekin.

Apresentando o “Bem Estar” há dois anos e celebrando 16 anos de profissão, ela mantém o brilho nos olhos ao conhecer a história de seus entrevistados.

Se estrear uma nova função não costuma ser algo simples, tampouco se isto acontece em meio à maior pandemia já vivida no século. E foi neste contexto que a apresentadora Valéria Almeida deu seus primeiros closes diante das câmeras do “Bem Estar”, na TV Globo, tendo a importante função de comunicar à população uma gama de assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida quando todos aguardavam possíveis soluções para a Covid-19. Celebrando dois anos como uma das apresentadoras à frente do quadro, atualmente integrante do matinal “Encontro”, a profissional nascida em Santos tem se destacado ao humanizar as notícias e a afinar a troca com seus entrevistados.

“Minha estreia na função aconteceu em setembro de 2020, ou seja, no auge da pandemia. Isso deixou a tarefa ainda mais complexa e delicada, porque era o momento de explicar pra população o que estava acontecendo de um jeito que fosse compreensível, sem causar alarde, e que estimulasse as pessoas a se protegerem e protegerem os seus. Então, eu vivi dois desafios: o de estrear como apresentadora, porque toda a minha experiência na TV tinha sido como repórter, e acessar as pessoas que estavam em casa de um jeito claro e empático, para provocar um impacto positivo na saúde coletiva”, relembra a santista de 39 anos.

O primeiro contato profissional com o matinal, contudo, começou em 2016, quando Valéria migrou do “Profissão Repórter” – onde fez sua estreia na TV e passou cinco anos e meio contando histórias focadas, principalmente, em questões sociais e em Direitos Humanos – para o programa cujos temas são relacionados à saúde.  Se de um lado havia o peso da responsabilidade, do outro brilhava o prazer de terem confiado a ela essa missão.

“Acho que a minha forma de falar com as pessoas, com empatia e leveza, contribui para que o público acesse as informações, que muitas vezes são dados científicos e complexos, que traduzo para que qualquer pessoa entenda e se cuide. Sempre tento fazer com que a comunicação seja clara tanto para quem é pós-doutorado, quanto para quem não teve acesso à educação e não foi alfabetizado. Todo mundo precisa saber como se cuidar e de que forma levar uma vida com qualidade!”, ressalta.

E Valéria fala disso com propriedade. Criada por avós que não tiveram acesso à educação, a jornalista sabe o valor de proporcionar acesso a informações de qualidade a todos. “Certa vez, me escreveram dizendo que gostavam de me assistir porque parecia que eu estava interessada nas pessoas. Eu achei essa mensagem muito importante e considero o melhor feedback que eu poderia receber como comunicadora, porque o que a pessoa enxergou e interpretou ali é o que de fato eu faço: olho pras pessoas com interesse, porque considero um privilégio ter a confiança de alguém que está me contando sua história, que está me permitindo compartilhar um pouco da sua vida com as outras pessoas”, salienta Valéria, que tem 16 anos de profissão.

Atuante ainda como palestrante, mestre de cerimônias e mediadora em eventos corporativos, a jornalista se especializou em gestão de produção e negócios audiovisuais e em direitos humanos, responsabilidade social e cidadania global. Produtora de conteúdo do especial “Falas Femininas”, da TV Globo, em 2021 Valéria assinou o roteiro e a produção de “A vida depois do tombo”, série documental sobre Karol Conká no GloboPlay. No mesmo ano, pôs seu nome no roteiro e apresentou o especial “Falas Negras”. Em paralelo, mantém ativa uma produtora de conteúdos audiovisuais, a Kanimambo Filmes, para tocar seus projetos autorais.

E o caminho até aqui foi longo. Mulher negra que nasceu e cresceu na periferia de Santos, Valéria ouviu desde cedo de sua avó que, se quisesse ser livre de verdade, deveria estudar e não abandonar o estudo por nada. “Meus avós não tinham condições de arcar com os custos da minha faculdade. Para acessar e me manter no Ensino Superior, fiz faxina, comi em albergue, aceitei bilhetes de transportes públicos doados por professores. É muito valioso ter conseguido chegar no lugar que cheguei e ter conquistado um espaço como apresentadora, jornalista e repórter numa das maiores empresas de comunicação do mundo. Estar hoje neste lugar de destaque é de um valor imenso!”, orgulha-se a apresentadora, que já trabalhou como assessora de imprensa e fotógrafa da revista Carta Capital.

Consciente da importância da sua representatividade para milhares de pessoas, Valéria segue firme na missão. “O grande desafio é conseguir representar e honrar a população negra da melhor forma possível e aproveitar o espaço para dar visibilidade a temas que muitas vezes não seriam vistos ou priorizados. Então, não importa o tema que eu venha a abordar, faço questão de usar tudo que tenho de bagagem pessoal na minha fala e na minha postura, para que eu tenha uma comunicação coerente com o que sou e com o que acredito, porque isso é um diferencial que não se conquista na universidade”, encerra.

“Estou cansado, só preciso de uma pausa”, diz Jay-Z ao negar rumores de aposentadoria

0
Foto: AFP.

Jay-Z não irá se aposentar. Pelo menos foi isso que o astro de 52 anos revelou numa recente entrevista para o talk show apresentado por Kevin Hart. Segundo Jay, embora “não esteja ativamente” fazendo música, ele “nunca” dirá que está aposentado. O último álbum lançado pelo cultuado rapper foi lançado em junho de 2017. De lá para cá, ele apareceu em algumas parcerias pontuais, mas nada mais que isso.

“Eu tentei isso [aposentadoria]. Eu sou terrível nisso. Eu só preciso de uma pausa. Mas eu realmente pensei que estava realmente esgotado na época”, explicou o rapper ao citar sua pausa após 2017. “Eu estava lançando um álbum todo ano – 1997, 1998 – e então entre isso, trilhas sonoras, álbum de outras pessoas, ROC-A-FELLA, turnês consecutivas. Estou cansado”.

Jay Z no programa “Hart to Heart”, de Kevin Hart. Foto: Reprodução.

Questionado sobre a possibilidade de um novo álbum ainda neste ano, Jay-Z revelou que sequer começou a produzir ou pensar num disco. “Eu não estou fazendo música, ou fazendo um álbum, ou tendo planos de fazer um álbum, mas eu nunca quero dizer que estou aposentado. Não sei o que vem a seguir“, destacou ele. “É um presente, e quem sou eu para desligar isso? Estou aberto a qualquer coisa. E pode ter uma forma diferente, uma interpretação diferente. Talvez não seja um álbum. Talvez seja. Eu não faço ideia. Vou deixar em aberto”.

Ainda em entrevista a Kevin Hart, o rapper destacou que não costuma cobrar valores financeiros para realizar parcerias musicais. A prática é bastante comum dentro da indústria. “Sempre foi sobre o relacionamento que construo com as pessoas, sobre talento”, disse o astro do rap. “Eu nunca cobro por isso, sempre tento ser direto”.

A fome tem cor

0
Foto: João Roberto Riper.

Por Kelly Baptista

Não à toa, a insegurança alimentar voltou a ser pauta nos noticiários do país. Apenas quatro em cada dez famílias brasileiras têm acesso pleno à alimentação e 33,1 milhão de brasileiros passam fome, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, publicado em junho de 2022.

“Insegurança alimentar” é um termo utilizado quando uma pessoa não tem acesso regular e permanente de alimentos em quantidade e qualidade suficientes para sua sobrevivência.

Os dados do último Inquérito, elaborado pela rede Penssan, com apoio da Oxfam Brasil e outras organizações, mostram que a situação piorou muito em comparação à publicação anterior, de 2021. Causas como aprofundamento da crise econômica, segundo ano da pandemia de covid-19 e a continuidade do desmonte de políticas públicas, que promoviam a redução das desigualdades sociais da população, são apontadas como razões cruciais para o aumento da fome.

Ainda que a insegurança alimentar tenha avançado em todo o país, as desigualdades regionais seguem acentuadas, com as regiões Norte e Nordeste como as mais afetadas pela fome. No Brasil, temos 15,5% dos domicílios com pessoas passando fome, no Norte esse índice sobe para 25,7%, e, no Nordeste, 21%.

Dentro deste recorte regional, observamos também o de gênero, raça e grau de escolaridade: seis em cada dez domicílios cujos responsáveis se identificam como pretos ou pardos vivem algum grau de insegurança alimentar. Já nos domicílios em que os responsáveis se autodeclararam brancos, mais de 50% têm segurança alimentar garantida.

Em 1960, no livro autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”, Carolina Maria de Jesus já denunciava que a fome estava presente no Brasil e como o acesso à alimentação, um direito básico de todo cidadão, era negado à ela e seus três filhos. Neste cenário, a escritora ressaltou que “o maior espetáculo do pobre da atualidade é comer”. Pois bem, estamos em 2022 e a história se repete.

Gregory Robinson, o engenheiro negro responsável pelo sucesso do Telescópio Espacial James Webb

0
Gregory Robinson. Foto: Shuran Huang para o The New York Times.

O engenheiro responsável pelo sucesso de um dos projetos científicos mais ambiciosos da história é um homem negro. Aos 62 anos, Gregory Robinson se tornou o rosto principal do Projeto Espacial James Webb. Nesta última semana, muito se falou sobre o fascínio e a grandiosidade das imagens inéditas divulgadas pela NASA. Os registros, descritos como históricos para a ciência, revelaram novas possibilidades de pesquisa sobre a origem do espaço.

O Telescópio James Webb é capaz de registrar fenômenos que ocorrem a mais de 13 bilhões de anos-luz. Em termos de análise, ele pode observar as primeiras estrelas e galáxias que se formaram no universo, marcando, segundo a NASA, o alvorecer de uma nova era na astronomia.

O Telescópio Espacial James Webb produziu a imagem infravermelha mais profunda e nítida do universo distante até hoje. Foto: NASA, 2022.

Gregory Robinson foi escolhido para assumir o projeto espacial em 2018. À época, as peças do telescópio Webb e seus instrumentos estavam completos, mas precisavam ser montados e testados. A pesquisa, financiada pelo governo americano e com o apoio de centenas de pesquisadores pelo mundo, vinha sofrendo uma enorme pressão, afinal de contas, o projeto teve início em 2002 e por conta de diversos problemas, demorou décadas até conseguir sair do papel.

Ainda no início, o projeto tinha uma previsão de orçamento de até US$ 3,5 bilhões para um lançamento em 2010. Porém, quando quando o momento chegou, a data de lançamento mudou para 2014 e os custos estimados aumentaram para US$ 5,1 bilhões. Com perspectivas irreais, o projeto seguiu em atrasos até 2018, quando foi orçado em US$ 8 bilhões. Em março daquele ano, Gregory assumiu a liderança do Webb com o objetivo de, finalmente, colocar o telescópio no espaço.

Dentro da NASA, Gregory é uma raridade: um homem negro entre os gerentes de alto nível da agência. “Certamente as pessoas me veem nesse papel como uma inspiração”, disse ele ao The New York Times. “É sobre reconhecer que elas também podem estar lá”. De acordo com o profissional, muitos engenheiros negros trabalham dentro da NASA nos dias atuais, mas o número deveria ser maior. “Certamente não existem tantos quanto deveria haver e a maioria não ocupa posições de alto nível. Temos muitas coisas para tentar melhorar”, destaca ele.

Gregory Robinson. Foto: Shuran Huang para o The New York Times.

Gregory começou a trabalhar na NASA em 1989 e, ao longo dos anos, precisou estudar profundamente o processo em torno das vibrações espaciais e os contínuos testes de manutenção das máquinas no espaço. Quando Robinson assumiu o cargo de diretor do programa, a eficiência do cronograma de Webb – uma medida que analisa o ritmo de trabalho comparado ao que havia sido planejado – era de apenas 55%, um número relativamente baixo para os padrões de engenharia. Em poucos meses, após a liderança de Gregory, a eficiência do projeto chegou a 95%, com melhores comunicações e melhores resultados.

Registro espacial da formação de estrelas NGC 3324, conhecida como Nebulosa Carina. Foto: NASA.

Quando o James Webb finalmente foi lançado, em dezembro de 2021, tudo ocorreu sem problemas, marcando a era de sucesso do projeto espacial. Hoje, acompanhamos novas descobertas e novas imagens, que marcam uma evolução impressionante para a ciência contemporânea. “Um momento histórico para a ciência e a tecnologia, para astronomia, exploração espacial e para toda a humanidade”, destacou com entusiasmo, ao citar o projeto Webb, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

*Com informações do The New York Times.

Beyoncé rejeitou edição de pôster que a fazia parecer mais magra: “Essa não sou eu”

0
Foto: Divulgação.

Sempre contundente em seus posicionamentos, Beyoncé não gostou nenhum pouco de ver seu corpo editado digitalmente num pôster do filme ‘Austin Powers’. Dentro do longa de comédia, lançado em 2002, a artista estreou nos cinemas como a personagem Foxxy Cleopatra. A informação do descontentamento de Queen B só foi divulgada 20 anos após a estreia do filme.

“Quando estávamos filmando, alguém trouxe para ela um pôster que promoveria o filme”, revelou Kate Biscoe, uma das responsáveis pela edição de maquiagem do longa. “Ele mostrou para ela, tipo, ‘Você gostou?’ e ela meio que disse, ‘sim.’ O homem retrucou ‘qual é o problema?’ e Beyoncé completou ‘você me deixou muito magra. Não sou eu”.

Pôster do filme ‘Austin Powers’. Foto: Divulgação.

Numa rara mudança de imagem para os anos 2000, Briscoe acrescentou: “Ela se afastou para fazer a cena, e eu olhei para ele e sorri, tipo, ‘é a primeira vez que você pede a uma atriz para aumentar seu corpo?’ Ele me disse: ‘Sim. Vai me custar milhares de dólares, mas vou fazer isso‘”. O produtor do filme, John Lyons, declarou que Beyoncé teve um “regime físico e dieta muito difíceis” para entrar em forma para o longa. A cantora fez uma dieta de 1.200 calorias por dia.

“[A equipe de Beyoncé estava] bem ciente das expectativas que a indústria da música quanto Hollywood frequentemente têm sobre a aparência de mulheres jovens e bonitas. Eles foram inteligentes em fazer com que essas ideias funcionassem para seus fins”, acrescentou Lyons. À época, Beyoncé tinha apenas 19 anos, mas já se portava como uma grande estrela pop. A equipe da artista entrou em contato com os produtores do longa e todas as alterações exigidas pela cantora foram atendidas.

“Tudo que eu faço é bom”, diz Lizzo ao lançar o álbum ‘Special’

0
Foto: Divulgação.

Lizzo está em todos os lugares. Celebrando o sucesso mundial da música ‘About Damn Time’, a artista lançou nesta sexta-feira (15) seu novo álbum de estúdio, ‘Special’. “Caso ninguém tenha te dito isso hoje, você é especial. Caso te façam acreditar o contrário, saiba que você é especial. Fico feliz que você ainda continua conosco”, canta a artista na faixa título do álbum. O projeto chega celebrando a fase atual da cantora e toda sua glória enquanto mulher preta. “É um álbum sobre amor. Enquanto em Cuz I Love You eu cantava sobre quem eu almejava ser, em Special faço uma celebração de quem eu sou”, definiu a artista.

Sem modéstia, Lizzo concedeu uma recente entrevista ao programa ‘Apple Music 1’. Durante participação, a artista deixou evidente o orgulho em torno de suas produções. “Eu amo este álbum. Vamos. Eu sou muito boa em música, cara. Eu apenas diria isso. Eu estudei música na faculdade. Eu escrevi músicas minha vida inteira. Estou orgulhosa. Nesse processo, eu fiquei tipo, ‘Eu tenho o álbum, ok? Vamos lançá-lo. Os singles estão prontos’. E essas músicas nem entraram no álbum. Então, estou orgulhosa de quão paciente eu fui comigo mesma e com minha arte”, destacou ela.

“Eu tirei um tempo para escrever as músicas que precisavam ser lançadas, as histórias que eu queria compartilhar, que as pessoas deveriam ouvir. Quero dizer, tudo que eu faço é bom, só não significa que é a música certa para o álbum”, enfatizou Lizzo. “Então eu tenho versos, e eu tenho alguns versos quentes e eu tenho estrondos, mas… E eu tenho algumas músicas melancólicas, eu tenho algumas músicas muito sombrias também que não fizeram isso. Mas essas são as músicas que deveriam acontecer”, disse a cantora. “Eu acho que o amor é o coração deste álbum. Acho que tudo que eu fazia antes de Special foi em busca do amor. E era como, porque eu te amo era um álbum quase autobiográfico sobre quem eu quero ser“.

O álbum ‘Special’ está disponível em todas as plataformas de streaming.

Histórias de família negra nordestina viram programa de podcast; confira

0
Foto: Felipe Ramos

A história dos familiares do cientista político e fundador da produtora Griot Podcasts, Caio Cavalcante dos Santos, traz à tona versões de um Brasil que não conhecemos ou que preferimos fingir que não existe. Entender a sua árvore genealógica é o ponto de partida do Raízes – toda família tem História para contar, podcast com 10 episódios que contam a história dos parentes de Caio, mas também tocam na história de muitas outras pessoas, estimulando-as a entrar nessa busca pessoal também. O programa foi um dos vencedores do 1o Sound Up Brasil em 2021, o programa de aceleração de podcasts do Spotify.

O primeiro episódio será lançado no dia 18 de julho na plataforma do Spotify. Semanalmente a história de algum dos familiares de Caio será apresentada em seu contexto de forma quase crua. Não ocultar as partes negativas e incômodas das narrativas é um dos pilares da produção. Tudo começa com uma mulher indígena que caminhou com seu filho no braço até uma árvore e, lá, subiu nos galhos, amamentou seu filho e faleceu. Seu filho foi resgatado por uma família que morava próximo a essa árvore e o criou. Conhecido como Luis Caboclo, Luis Francelino da Silva é o bisavô materno de Caio. Depois da história dele, conheceremos a história dos avós, dos pais e dos tios com todo o contexto histórico e social da época.

As temáticas da pobreza, religiosidade, costumes conservadores e afetividade guiam essas histórias entre si e também entre as do ouvinte. Afinal, o programa parte da tese de que toda família tem História para contar e, juntas, também contam a História do Brasil. “Raízes é um podcast feito para contar histórias de família. Principalmente das famílias não brancas pelo Brasil que costumam ser esquecidas com o passar do tempo”, defendeu o podcaster quando recebeu o resultado do Sound Up BR do Spotify.

Ilê Aiyê e Awurê fazem encontro histórico no Rio de Janeiro

0
Foto: Diego Aires.

Duas referências da cultura afro brasileira, o bloco afro Ilê Aiyê e o Awurê, se unem pela primeira vez no dia 12 de agosto em um grande show na Fundição Progresso, casa de eventos localizada na Lapa, centro do Rio de Janeiro.

O grupo Awurê nasceu em 2018, em Madureira, local considerado um dos maiores redutos de arte e cultura negra da cidade que reúne as maiores vertentes do samba, da black music e demais manifestações afro brasileiras. A principal diretriz do grupo é evidenciar os ritmos brasileiros e sons africanos. O grupo conquistou ao longo de sua trajetória um público cativo, diverso e apaixonado lotando grandes espaços no Rio de Janeiro e São Paulo.

Recentemente, em parceria com a Cultne.TV o grupo lançou o documentário “Awurê na Bahia: A rota do Samba de Roda”, apresentando e difundindo as origens do samba de roda e rota dos tambores. “A conexão com a cultura afro baiana é constante através das religiões de matrizes africana, da qual o Awurê se originou. Estamos prontos para um grande acontecimento, destaca a vocalista do Awurê, Fabíola Machado.

Grupo Awurê. Foto: Diego Cunha.

Ilê Aiyê é o primeiro bloco afro do Brasil e se consolidou como uma das expressões culturais do Carnaval de Salvador. Fundado em 1974 por moradores do bairro do Curuzu, constitui um grupo cultural que promove a expansão da cultura de origem africana no Brasil. Ilê Aiyê é luta e resistência entoando vozes no combate à desigualdade racial e à violência contra a população negra. Suas práticas cotidianas de produção, divulgação, compartilhamento e fortalecimento da cultura afro-brasileira e, especialmente, de empoderamento da mulher negra, apresentam-se como tempos/espaços de ações de luta antirracista. A eleição da Deusa
do Ébano na Noite da Beleza Negra é um importante exemplo dessa função social desempenhada pelo bloco.

“Nossa parceria com o Awurê ressalta a importância da unidade entre o povo preto, destacando a fundamental importância de avançarmos no fomento cultural e nas ações antirracistas no país.” ressalta Vovó do Ilê, presidente do bloco afro.

A Cultne TV vai trazer com exclusividade os bastidores e pontos altos do show, em tempo real, em sua conta do Instagram. O encontro será gravado e poderá ser visto completo posteriormente, com acesso gratuito, na Cultne TV e nos canais do Awurê e Ilê Aiyê.

SERVIÇO
Data: Sexta-Feira, 12 de Agosto de 2022
Local: Fundição Progresso
Endereço: R. dos Arcos, 24 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Horário: 20 horas.
Atrações:
Dj: Bieta
Awurê
Ilê Aiyê
Audiovisual: Cultne.TV
Ingressos: Venda online através da plataforma Ingresse.com

ÀVUÀ lança “Famoso Amor”, novo single que antecipa a chegada de seu álbum de estreia; Veja vídeo

0
Foto: Thiago Santos.

O afeto é a seta que guia os caminhos e a sonoridade do duo ÀVUÀ. Resultado do encontro entre os cantores e compositores paulistas Bruna Black e Jota Pê, a dupla se prepara para desdobrar e traduzir as várias possibilidades afetivas em seu álbum de estreia, previsto para o segundo semestre de 2022. E, aos poucos, eles entregam pistas do que está por vir por meio de singles. Após apresentar ao público “Dois Sóis”, que ganhou um videoclipe, mais uma peça dessa trilha sonora chega ao público hoje, dia 15 de julho. Trata-se de “Famoso Amor”, canção já disponível nos aplicativos de streaming de áudio.

“Dois Sóis” e “Famoso Amor” falam de amor de maneiras distintas, porém complementares. A primeira aborda uma esfera mais sexual, física, enquanto a segunda traz o sentimento no contexto a dois para a narrativa. Com composição de Bruna Black e produção de Lucas Mayer e Rodrigo Lemos, “Famoso Amor” simboliza também a intenção que conduz o duo em sua criação. “Partimos do entendimento que falar de amor é revolucionário. Essa música é a forma de trazer isso para o nosso discurso sem medo, além de colocar o afeto para dentro das nossas vidas em todos os apectos”, avalia  Jota Pê. “Queremos evidenciar duas pessoas pretas que têm esse sentimento como uma forma de luta. Mostramos o nosso outro lado como seres vivos, pessoas que merecem viver outras coisas para além dos seus traumas e de más experiências”, complementa Bruna Black.

Formado em 2019, o ÀVUÀ junta dois talentos que partem de experiências pessoais e profissionais diferentes, mas que, como duo, faz transbordar as suas intersecções e distinções em uma música brasileira contemporânea. Em pouco tempo de estrada, eles já colecionam feitos importantes, como uma faixa no álbum ONZE canções inéditas de Adoniran  Barbosa (Dorsal Musik, 2020), indicado ao Grammy Latino em 2021; e também a participação no celebrado (e hypado) canal internacional COLORS, no qual registraram a canção autoral “Comum”. Este é só o começo de um caminho que germina, por meio do afeto, pequenas e grandes revoluções.

ASSISTA:

Ficha Técnica: 

Voz: Bruna Black e Jota Pê

Batéria: Kabé Pinheiro 

Percussão: Kabé Pinheiro

Baixo: Rodrigo Lemos

Violão: Gabriel Selvage 

Diretor criativo: Lucas Jesus @lucasgsus

Diretor: Raphael Fidelis @eunaotodoido

Diretor de Fotografia: Ygor Carvalho @y.carv

Assistente: Fernando Tavares @sigamesepuder

Produção de Objetos: Caroline Sampaio @peleetarjapreta

Gaffer: Renan Alves @gaffersupport

Edição: Raphael Fidelis @eunaotodoido

Color: Sain @saingomes

Figurino:Sarah Elizabeth @sarahpirabi

Styling: Júlia Naconechni @junaconechni

Carlos Negreiros, líder da Orquestra Afro-Brasileira, morre aos 80 anos

0
Foto: Reprodução.

Cantor, percussionista e compositor, faleceu no camarim do Teatro Ipanema, onde tinha acabado de se apresentar, na noite desta quinta-feira (14).

Último remanescente da formação original da Orquestra Afro-Brasileira, do maestro Abigail Moura, Negreiros tinha comemorado seus 80 anos no mesmo palco, há cerca de um mês.

Carlos Negreiros fazia uma participação especial no show “Uma roda para Moacir Santos”, do quarteto da flautista Andrea Ernst Dias. Depois de cantar “Kalunga”, “Noite de meu bem” e “Ifá”, ele se dirigiu ao camarim. Lá, ele acabou tendo um mal súbito e faleceu no local.

“Ele tocou tambores, cantou, dançou. Foi de uma beleza absurda. Se apresentou lindamente, forte, sublime, iluminado. Uma despedida que poucos homens podem ter”, disse a fotógrafa Andrea Nestrea ao O Globo.

Uma referência em ritmos afro-brasileiros, Carlos Negreiros deixa mulher, amigos e admiradores. O velório será nesta sexta-feira (15) no Teatro Ipanema das 10h às 14h, e o sepultamento no Cemitério do Catumbi.

error: Content is protected !!